Depois de assistir Atlas do Coração da forma mais focada que eu pude, comecei a perceber que, por mais que eu seja uma pessoa minimamente educada, com certas consciências, que sabe se comunicar bem, eu definitivamente tive que aceitar que eu não conheço quase nada sobre emoções, principalmente as minhas.
Como uma criança na pré-escola precisei , didaticamente, escrever o que eu tenho sentido recentemente para tentar entender o que acontece comigo. E eu digo o que acontece comigo nos últimos 34 anos. Pra ser honesto, no últimos 17, quanto comecei tanto a trabalhar, quanto a namorar. Quase nenhum trabalho meu dura, quase nenhum relacionamento amoro tampouco.
Tenho amizades reais de décadas e minha relação com minhas irmãs e meus pais é ótima, mas alguma coisa acontece quando o profissional e o romântico entram na parada. Pude entender, afinal, não de forma correta ainda, mas como suposições, que eu sou uma pessoa ansiosa. Posso não ter crises de ansiedade, mas eu sou sou uma pessoa completamente ansiosa.
Ansiedade que, quase sempre, se aparece com minha aspiração por controle, e é aqui o pulo do gato, eu não tenho um pingo de vontade de controlar nada que se refere à minha família ou amigos, já nas relações amorosas e profissionais eu sou completamente controlador, eu preciso admitir.
Por vezes, esse controle funciona na vida profissional, até chegar aos meu susperiores, quando chega a eles, eu sempre sou demitido, por que desacato e sou extremamente irreverente, arrogante, duro, irritado, e não nego que eles mereçam, mas eles tem o poder e o usam me tirando o que eu preciso pra viver, que é o dinheiro.
Já nos relacionamentos amoroso, o controle não serve de quase nada, pra não dizer zero. O pior de tudo, é que eu não sei se um dia serei capaz de abrir mão desse controle, o que deverá custar muito caro pra mim no futuro se eu não conseguir domar esse impulso quase instintivo.
Além disso, tenho percebido, com a ajuda de um gráfico também didático, que a grande maioria das minhas emoções tem aparecido de forma negativa, embora sejam naturais. São elas: ansiedade, controle, medo, raiva, desespero, angústia, abandono, preocupação, nervosismo, tristeza, frustração, recentimento, revolta, inveja, arrependimento, culpa, vergonha, confusão, abalado e insegurança.
São vinte, vinte emoções "negativas" contra as poucas "positivas" que me ajudam a me sentir melhor: esperança, nostalgia, otimismo, orgulho e entusiasmo. Todas essas aparecem também frequentemente.
Acho que todas me ajudam, de certa forma, a levantar da cama todos os dias e tentar viver da forma mais plena possível, afinal são sinais do meu próprio corpo pra mim. A questão é que eu tenho convivido com essa dor no peito constantemente quando estou sozinho, o que me faz odiar estar sozinho.
Mas é isso, por hora. Eu tenho exatos dois meses para trabalhar isso (na verdade tenho a vida toda). Mas estes dois meses são os meses que me dei na cidade onde vivo atualmente. Neste dois meses tenho casa, conforto, comida e, na teoria, paz, e posso usar ao meu favor pra, quando eu for embora, ter mais força para lutar pelo meu futuro, meus planos de curto e longo prazo.
Acredito que eu preciso muito trabalhar o emocional, pra lidar com os próximos obstáculos, os próximos desafios. Eu imagino que as coisas não ficarão mais fáceis, mas se eu puder conhecer melhor minhas emoções e lidar melhor com as adversidades da vida - sem fazer tantas apostas altas em um curto espaço de tempo - acredito que terei, finalmente uma vida plena.
Acho que viver bem é mais sobre lidar de forma madura com tudo, do que esperar que só coisas boas aconteçam. Eu acho por que eu falhei muito em algo que parece ser tão simples como isso, mas não é.
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