Hoje, após quase dois anos de terapia, chorei pela primeira vez na sessão. Afinal, não tem um dia, dos últimos sete, que eu não tenha chorado, e muito.
Não sei se é o acumulo por ter vivido tanta coisa nos últimos dois anos, mas, se for, a responsabilidade é minha do mesmo jeito.
Ainda, é o que é.
Só acho, novamente, que eu merecia mais, mas em meio a dúvidas, incertezas, tristeza e raiva, me surge uma frase na TV, na minha cara: "nunca estamos preparados para o que queremos".
Pronto.
E é isso. Eu tive o que queria com ambas as duas últmas pessoas que amei. Ambos incríveis, ambos boas pessoas, lindos, carinhosos, esforçados, dispostos, honestos... Enfim.
Além dos relacionamentos, eu também tive o que quis quando consegui grana para ir a Europa novamente o que acabou se tornando um pesadelo.
Então, não posso dizer que eu não tive o que eu quis, o que me leva a pensar que eu preciso querer de forma mais específica, talvez.
Enquanto isso, em relação ao trauma mais recente, é um dia de cada vez me agarrando ao que me faz sentir mais forte, ao mesmo tempo em que tento me permitir a sentir o que preciso, por que não é fácil.
As últimas 48 horas vivendo neste apartamento, onde ficavamos juntos dia e noite, é quase uma tortura. Seu lado da cama, seu lado do sofá, sua xícara de café, nossas idas quase diárias ao supermercado, a caminhada, também quase diária, na praia.
A presença dele era tão forte que chega a me fazer sentir raiva e, então, culpa, por permitir que um relacionamento começasse tão intenso quanto este foi. Tenho certeza que teríamos chance se começassemos de uma forma diferente. Agora é tarde.
Sigo trilhando meu caminho sozinho de novo, com muitas lágrimas nos olhos e aspirando ter, sim, o que eu mereço, independente se é o que quero agora ou não, apenas desejando que sejam coisas boas.
Carpe Diem
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