sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Janeiro

Pois é... Janeiro,

Não existe mais janeiro em 2013, agora só em 2014. As 24 horas não são mais as mesmas, não para mim, elas correm e eu desisti de segura-las. Só me apego à saudade, e quando necessário. Agora, em fevereiro, tenho mais tempo escorrendo pelas minhas mãos. Que expressão clichê. Talvez eu devesse fazer algo de errado, algo realmente relevante e errado, não que eu não erre em algo todo santo dia, ou não faça algo relevante, mas eu queria fazer uma escolha errada que ao menos me virasse a vida.

Não quero desdenhar o que eu tenho, pelo contrário, eu agradeço muito, mas eu quero mais, como sempre. Talvez seja só ansiedade, ou eu conheça bem meus limites e decisões de tomada. Eu estou exatamente onde queria estar quando eu me imaginava antigamente nesta idade, só que agora com esta idade, anseio outras coisas, e talvez elas demorem um pouco.

Eu pedi essa responsabilidade, mas eu também peço para arcar com as consequências, sozinho. Eu tenho que me formar, eu tenho que terminar um documentário, eu tenho que trabalhar, eu tenho que pagar contas e tenho que agir aceitando as escolhas dos meus próximos, com exceção da graduação o resto vai continuar praticamente pelo resto da minha vida. Mas também há o fator querer, e eu quero muito viver viajando pelo mundo, amando pessoas amáveis, comendo boas comidas e fazer o que puder para tornar a minha volta um lugar melhor.

As vezes eu sinto vontade de derrubar drasticamente o pilar que me sustenta, não sei se é pra construí-lo de novo maior e mais forte ou talvez por auto punição, essa vontade vai continuar existindo, e acho que vou derruba-lo algumas vezes. Eu acredito, de verdade, o que eu for fazer vai ser o melhor pra mim. E eu sei, por que aprendi a pensar, e continuo aprendendo a pensar com a minha própria cabeça.

No contexto que segue, digamos que por mais dramática que seja a situação, nada mais parece ter justificativa para pânico e desespero, e prefiro assim, essas crises emocionais são relativas, e nunca ajudaram em momentos de decisão e tragédias. Espero que isso não influencie na minha pró-atividade que já não é tão 'ativa'. 

Tomara que, no passar do meu fevereiro, que já não bastasse é o menor dos meses, as horas passem mais carinhosamente e março venha feliz e abril esperançoso e assim por diante. Por que janeiro já foi.

CARPE DIEM