sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Só queria contar um pedaço da minha história só. Pra desabafar sobre algo que acho que poucos contam. Eu vivi uma ascensão e uma queda na vida. Os meus primeiros anos foram parecidos com aquele que muitos contam: simples, sofridos e humildes. Mas graças a Deus e ao trabalho de minha mãe e meu pai, consegui ter uma infância e adolescência rica. Rica de educação, criação e bens materiais também. Lembro demais de como meu pai trabalhou e conseguiu montar uma base tão bem estruturada para que a nossa família crescesse junta e, mesmo com as grandes falhas dele, eu fui muito bem preparado pra ser uma pessoa de bem. Essa parte da história é linda, é tão bom falar de boca cheia que eu nunca passei necessidade nenhuma nessa época, meu pai e minha mãe fizeram um grande trabalho, e eu respeito muito. Porém, sempre tem um porém, depois dos meus 16, 17 percebi meu pai fazendo escolhas que estavam custando caro pra família, isso nos afetou profundamente. Nos anos seguintes, perdemos todos os bens materiais que tínhamos conquistado. Mas aquela velha história, tudo que aprendemos, ficou dentro de nós. E aí que entrei na faculdade aos trancos e barrancos, trabalhei durante o dia, estudava durante a noite e acredito que isso tenha sido uma das melhores coisas que eu tive que fazer, eu fui forte. Depois de me formar, eu não sei com que coragem, eu não lembro de como enfrentei isso, mas decidi me mudar de cidade sem garantia de algo fosse dar certo. Então eu me mudei, e trabalhei e me demiti e trabalhei e fui demitido e trabalhei e não recebi e trabalhei e me demiti novamente, tudo isso por que eu estava procurando as condições perfeitas. Mas aí hoje, voltando pra casa de uma reunião, pegando ônibus num sol escaldante, eu percebi que acho que as condições perfeitas nunca vão existir. Por que, quem teve que começar tudo do zero como eu (imagina quem começa no negativo), sem carro da família, sem mesada do pai, sem alguém pra te indicar pra um emprego dos sonhos, tudo vai ser difícil e eu já devia estar acostumado. Bom, é isso que acho que não contam, que você tem que ralar muito, mas muito mesmo. E eu acho que ser criança era a condição perfeita, e sou grato por ter tido a minha mais perfeita possível. Agora é só ralar, pra poder comer, e eu como muito. E pagar contas, boletos que saem não sei da onde. E aí você tem ansiedade, depressão, gripe, câncer, as pessoas morrem no andar de cima, são vítimas a todo momento, você é assaltado, assiste passivo às corrupções diárias debaixo do seu nariz e lá no congresso, e aí você trabalha, e vive, pra tentar ser feliz e ainda consegue. E eu ainda consigo ser feliz, acredita? Só queria dizer que tenho esperança só.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Desistir

Desistir nunca pareceu uma opção. Afinal, do que é que eu vou desistir, me fale?! De viver? Isso é suicídio, pelo amor de Deus. Desistir, desistir, desistir... Essa palavra só me faz pensar em quando meu pai dizia que "o resignado trabalha dobrado". Gente, desistir de um trabalho e, na pior das hipóteses, viver na rua, daria muito mais trabalho, é ou não é? Desistir de um título implica no trabalho dobrado! Desistir de alguém que você ama, te faz incompleto. Tudo isso a longo prazo.
Jamais irão me convencer de que desistir da menos trabalho do que persistir e resistir.

A cada segundo em que eu penso em desistir, e penso nisso todo dia, eu olho para trás e penso que seria tudo em vão. Todos os erros que cometi, todas vitórias que consegui, todas pessoas que motivei, cativei, conquistei, todo estudo, tempo e o pouco dinheiro investidos. Desistir para quê?!

Que fique claro, óbvio, que eu, quem escrevo aqui, não tenho mais crédito nenhum, nem com amores, nem com bancos, nada. Meus créditos acabaram. Não tenho fundos de garantia, pais que possam me bancar, nada. Sou eu por eu e eu mesmo. Então, a cada manhã, e eu agradeço muito por isso, acordo disposto a fazer com que o dia seja melhor que o anterior. Afinal, por mais ignorante que eu seja, eu sei bem quão livre sou dentro dessa prisão que é o sistema. 

E sei além de tudo, e muito mais, que dentro da minha cabeça, no meu corpo e minha alma, quem manda sou eu, quem sente sou eu. Sou feliz e triste, e sinto muito. Os dias estão mais difíceis do que nunca, ao mesmo tempo que melhores do que nunca, e desistir não parece uma opção!

domingo, 18 de setembro de 2016

Uma visão sobre uma visão

Eu penso que já desisti de entender o porquê de alguns sentimentos ou acontecimentos serem cíclicos, bons ou ruins, vem e vão. Admito que queria poder ter mais controle sobre isso. Ontem, por exemplo, eu estava fisicamente psicologicamente abalado, foram acontecimentos e escolhas ruins, um atrás do outro, que me fizeram sentir uma pessoa sem firmeza, desestruturada, mas como eu disse, coisas vem e vão.

Hoje, apesar de ainda estar me sentindo mal fisicamente, com dores e sensações ruins, psicologicamente parece que encontrei paz, não é nada anormal, essa paz eu encontro diversas vezes, quando estou bem comigo mesmo, quando me sinto valorizado, quando pensar positivo traz um esperança real de coisas boas. De qualquer modo, essa paz não tira da minha cabeça que existe algo de errado comigo, mas sei que é algo que posso consertar, é só aquela sensação de que não estar tudo 100%, e nem deve, agora.

Isso também passa.

Pelo menos eu sei que, independente de pra onde estes sentimentos e sensações estejam me levando, eu confio, eu estou totalmente confiante. Eu estou falando sério a respeito do meu destino, que não é nada mais nada menos, que a soma das minhas escolhas falhas e certas. Eu só não quero sofrer demais e continuar independente. No mais, continuo navegando sem direção e aportando, vez ou outra, onde manda o coração.

Carpe Diem

sábado, 10 de setembro de 2016

Equilíbrio

Talvez a palavra de todos os tempos seja o equilíbrio. Esta palavra, ou melhor, o significado que ela traz, revela tudo que precisamos. É necessário um equilíbrio ao lidar com as o que nos rodeia, desde necessidades fisiológicas como a alimentação, à coisas inexplicáveis, tais quais vem do nosso interior e nossas ações, o modo de agir, escolher.

É importante dar exemplos, mas não esquecer que isso pode ser uma verdade universal. O equilíbrio deve estar em tudo. Nada que traga pouco demais ou em exagero parece ser uma boa ideia. Os exemplos que se encaixam, que podem servir: É preciso que você se ponha no lugar das pessoas, seja empático, mas, ao mesmo tempo, não pode sequer pensar em compará-la a você.

Cada um possui o dom de escolhas diferentes, cada um tem seus próprios pesos e medidas e é isso que faz com que soframos as consequências de nossas ações, boas ou ruins. Não há muito o que falar sobre isso a não ser que seja pra escrever um livro, pois a palavra equilíbrio deveria ser levada em consideração para sempre dentro de nós.

"Tudo que tem um começo, tem um fim. Faça as pazes com isso e você ficará bem." - Buda

Tá vendo? Equilíbrio!

Carpe Diem

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Pássaro 'quebrado'

Clipped wings, I was a broken thing
Had a voice, had a voice but I could not sing
You'd worn me down
I struggled on the ground
So lost, the line had been crossed
Had a voice, had a voice but I could not talk
You held me down
I struggle to fly now

But there's a scream inside we all try to hide

We hold on so tight, we cannot deny
Eats us alive, oh it eats us alive
Yes, there's a scream inside we all try to hide
We hold on so tight, but I don't wanna die, no
I don't wanna die

And I don't care if I sing off key

I find myself in my melodies
I sing for love, I sing for me
I'll shout it out like a bird set free
No I don't care if I sing off key
I find myself in my melodies
I sing for love, I sing for me
I'll shout it out like a bird set free

Now I fly, hit the high notes

I have a voice, have a voice, hear me roar tonight
You held me down
But I fought back loud

I sing for love, I sing for me

I'll shout it out like a bird set free

SIA