domingo, 31 de maio de 2015

Copo com marcador

Alguns dizem que, filosoficamente, há duas maneiras de enxergar um copo com água pela metade: Ou ele está meio cheio, para os otimistas ou meio vazio para os pessimistas. Eu, que sempre tomei pra mim, claro, a visão de que ele está meio cheio, por que acho que o otimismo tem muito haver com funcionalismo, acabei refletindo sobre a possibilidade de que a água no copo seja inconstante e, usando a mesma filosofia, a teoria fica ainda mais interessante.

Perceber que a quantidade de água no copo nem sempre está pela metade, mostra melhor como somos complexos e como a realidade no atinge. Pessoas tem em seus 'copos', às vezes, menos, bem menos, da metade com água e outros tem um copo quase cheio. Mesmo assim a percepção será única e as variáveis intermináveis. Pessoas otimistas ou não, como o copo cheio, pessoas pessimista ou não com o copo quase vazio.

O necessário é entender que as percepções de realidade são diferentes, percebemos que aquilo que serve para nós, como verdade, satisfação, realização, não é aceito da mesma forma pelo próximo. É preciso aprender a entender melhor o outro e, se for o caso, utilizar o mesmo filtro de realidade dele para ambos entrarem em sintonia e fazer, aos poucos, com que se entenda qual o melhor ponto de percepção, partindo primeiro do ponto de percepção dele, ou o seu.

Eu vejo certa quantidade em meu copo. Não fico feliz em percebê-la como realidade. Mas sou otimista. Mesmo reclamando, estando com medo e com muitos motivos pra reclamar e sofrer, digamos assim, eu sei diferenciar o otimismo do dia de hoje, por exemplo. É diferente, mas sei como me sinto, quando sei que tudo vai melhorar, porém não está melhor agora. Isto é, aceitar a realidade e o presente de uma maneira ruim. Sei que preciso estar bem agora. Mas este sou eu, nada bem hoje, muito feliz amanhã! 


Carpe Diem

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O Lobo e o Raposo

Foi um Match perfeito. Porém, o lobo mal sabia controlar aquele inventário e, aos poucos, sentiu prazer em desprezar grande parte do que aparecia. Enquanto se surpreendia em também ser desprezado, percebia como estava esfomeado. Saiu de sua toca, caminhou pela floresta e viu, na água parada no fundo de um poço qualquer, a imagem da lua refletida. Julgando que era um queijo, deu pulos de contente. (Vamos fingir que lobos comem queijo!)

O poço tinha dois baldes; enquanto um descia, o outro subia. Então, o lobo meteu-se no balde que estava em cima e desceu até o fundo, mas, ao chegar lá, verificou que tinha sido enganado. Não havia queijo nenhum. E não sabia então como sair do poço.

Nisto, apareceu ali um raposo para beber água. Ao vê-lo, o lobo disse-lhe num tom muito amável:

- Desça até aqui, raposo! Vou oferecer-lhe este queijo com muito prazer.

O pobre raposo caiu na armadilha e, metendo-se no outro balde, começou a descer. E, enquanto descia, o balde em que estava o lobo subia, trazendo-o para cima.

Agora, com o raposo no fundo do poço, o lobo volta à sua vida normal. Provavelmente não irá cair no truque da lua novamente. Enquanto isso, o raposo, refletindo, como a imagem da lua, mas também com o coração, pensava:

- Não poderei enganar outro bicho, isso não é justo. Da mesma forma que ajudei o lobo, espero ser ajudado, mas sem trapacear!

Bom, o raposo ainda se sente no fundo do poço e, não, não há lobo para culpar. O raposo sabia o que estava fazendo, ele sabia que não havia queijo nenhum, só não raciocinou da maneira correta. Apenas pensa que, não pode existir tanta maldade em todo lugar e por tanto tempo, não é possível.

Não pode ser que dedicar a alma, acumulando tantas tentativas, acabe por pesar mais o ódio que o amor. Agora, no fundo do poço não há outra alternativa a não ser subir, e o raposo sabe o que fazer. Será um Match perfeito. 

dileydiflorez

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Acostumar

Nos primeiros dias pensei que ia morrer. Estava até animado com a ideia. Planos e expectativas explodiam na minha mente, mas com o passar das horas, a cada dia, mais precisamente no fim da tarde, ia chegando uma depressão interna, um sentimento de "o que estou fazendo aqui?", que eu vou te contar. Dores no estomago, inquietação, tontura, enjoo, tudo isso pelos simples fato de estar vivendo algo novo.

Eu estava feliz, estava cheio de projetos e empenhado. Mas aquela sensação de morte era cruel. Como disse, foi só nos primeiros dias. Depois me acostumei, como qualquer ser humano enfrentando algo novo. A sensação de morte e estresse foram substituídas pelo acolhimento, sensação de bem estar e algo muito familiar. Foi assim, a minha adaptação ao novo horário de trabalho. Afinal, quando entrei na Redação do jornal não sabia como era trabalhar sem ter hora pra sair, podendo ficar, às vezes, até as oito, nove da noite.

A experiência eu já domei, a sensação está ok. Agora, pretendo aproveitar o dia, sem pensar na hora que é, seja hora de chicote no lombo ou de cafuné.

domingo, 24 de maio de 2015

Depois de tanto tempo, um adeus

Lembro como se fosse ontem que, por um erro, acabei o tendo. Se não fosse aquele pequeno erro aumentando o valor da minha folha de pagamento, jamais teria conhecido tantos sentimentos que ele me proporcionou. Nos meu dias de folga, nas minhas horas de descanso, lá estava ele para me fazer companhia, me fazendo enxergar a vida de outros modos, vezes surreal, vezes perigosa, era como se existissem outros mundos, onde pudéssemos lutar, juntos, contra o tudo que estava errado. 

Ele esteve ao meu lado durantes anos, acompanhou minha trajetória de vida, saindo da casa de meus pais, enfrentando a tal vida de adulto, e por vezes o deixei de lado, por que havia muito trabalho a fazer. Recentemente estivemos mais próximos do que nunca, mas por vários motivos decidi que já era hora de dizer adeus. Me desapegar, essa era a palavra certa. Eu sabia que ele encontraria um destino melhor e sabia que eu precisava respirar por novos horizontes. 

Pois então, hoje, eu vendi meu vídeo game, e ele se foi tão rápido com a oferta. Claro! Sabem que ele não tem valor. Mas eu serei sempre grato pelos momentos de felicidade. Obrigado!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Motivo de estar aqui

Eu só quero estar ali, deitado, só ou com alguém que eu escolhi. Sou egoísta, sim, mas não me associo a tudo de ruim, eu só não quero ter aonde ir, se não for com a certeza de que algo ou alguém bom acontecerá. Já disse diversas vezes como é bom estar perdido, mas ao me encontrar em alguém a sensação é melhor ainda. Se agarrar a alguém e sentir-se agarrado, unidos e se ajudando, de certa forma, precisa ser com muita intensidade, não quero pouco. E também não é só daquela ajuda nos momentos ternos da relação, eu digo de enfrentar medos e defeitos que nos prejudicam.

Quero ainda descobrir coisas e, junto a alguém, aprender também. No meu coração já está fixa a ideia de união e na cabeça, mesmo com alguns obstáculos, o foco é o mesmo. Os obstáculos existem por que, mesmo toda forma de amor valendo a pena, a consciência nem sempre age da forma mais humana e verdadeira. É, estou preparado para amar e olha que sem pressa, por incrível que pareça. Também, já estive quase sempre, na verdade.

Enfim, seja como for, terei o que sei que mereço, o que minhas atitudes trouxerem de consequência, boas ou ruins. Enquanto isso, vou aprender outras coisas, sozinho, pelo jeito. Diferenças e divergências, quando sou só eu, ok. Aprender a amar, aliás, não quer dizer o mesmo que estar preparado, mas faz parte da vida de qualquer um. Bom, aprender a amar é pelo motivo que eu estou, justamente, aqui.

Carpe Diem



terça-feira, 19 de maio de 2015

Listen, baby

Não há montanha alta
Não há vale profundo
Não há rio largo o suficiente, baby

Se você precisar de mim, me chame
Não importa onde você esteja
Não importa a distância (não se preocupe, baby)
Apenas chame meu nome
Estarei lá depressa
Você não tem que se preocupar

Porque, querida
Não há montanha alta o suficiente
Não há vale profundo o suficiente
Não há rio largo o suficiente
Que me impeça de te alcançar, baby

Nem o inverno mais frio pode me deter, baby
Agora, agora, baby
(Se você estiver com problemas
Estarei lá rapidamente
Apenas cante por mim)

Meu amor está vivo
Bem dentro do meu coração
Embora estejamos separados por milhas

Se você precisar de uma ajuda
Estarei lá rapidamente
Tão rápido quanto puder

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Um dia infinito

Era hora de voltar ao trabalho, o horário de almoço estava no fim e eu estava com a alma aconchegada, pois era uma época de bons tempos. Tomava o rumo do serviço e, durante o percurso, lembrava das noites felizes que eu estava tendo, dos dias de trabalho que me rendiam um bom dinheiro, uma boa relação social e outros frutos. Enquanto passava por algumas ruas e outras avenidas me vinha na cabeça o que ainda estaria por vir. Aquilo era diferente. Tantos anos sem fazer planos com alguém e, de repente, tão rápido, várias possibilidades, eu estava me apaixonando.

Quase em frente ao meu local de trabalho, e eu já estava pensando por que ele não havia me respondido a mensagem que enviei aquela manhã. Devia estar ocupado, ele era um profissional dedicado e muito reconhecido pelos seus clientes. Então me despreocupei, até o momento em que eu dirigia lentamente por um cruzamento e via a cena de um acidente que acabara de acontecer. No chão, um jovem loiro, forte e vestido de preto. O coração já saindo pela boca, pois não foi nem suspeita, foi constatação: era ele, lá!

Louco para estacionar, demorei alguns minutos, não poderia simplesmente deixar o carro no meio da rua e correr. Talvez tenha sido melhor não ter feito isso, mesmo. As pessoas que presenciaram a cena disseram, depois, que foi muito grave. Quando estacionei, a ambulância já o havia levado. Saí mais louco ainda atrás de informação, acabei sendo a pessoa que informou os outros, por que eu havia sido o único conhecido que praticamente presenciou o acidente.

Bom, aquele dia não acabou. Precisei visitar uma obra, não consegui medir uma parede sequer. Precisei ir ao pronto socorro. Lá, todos os amigos já esperavam junto da família, desesperada. A chefe e os colegas de trabalho dele, estavam tão apreensivos e choravam muito, era o mais adorado entre os funcionários. Mesmo com todo aquele amor reunido, o coração do Júnior não resistiu muitas horas, por mais que estivesse batendo incessavelmente, de acordo com os médicos. Batendo por mim, talvez, e pelos outros todos. A morte cerebral foi eminente, não houve chance.

Era fim de tarde, mas que o dia não acabava, não acabava... nunca. foi um dia infinito. Sem apetite, sem sono, sem vida. Às vezes o destino prega peças, faz você passar por experiências estranhas. Nem vou me dar ao trabalho de me perguntar qual foi o sentido disso tudo, muito menos de dizer como o Júnior era uma pessoa maravilhosa, apesar de tudo. Eu só sei que eu encontrei amor, definitivamente, em um lugar sem esperanças e isso fez com que o dia infinito não fosse nada diante do que ele pôde me proporcionar.

Se eu não pude dizer antes, depois de tantos anos, aqui está: O meu obrigado!

sábado, 2 de maio de 2015

Folhas de outono

"Escalarei montanhas para obter novas perspectivas. Quero a paz da vida e da natureza em mim, como a luz do sol flui nas árvores. Quero o frescor soprado pelos ventos, e a energia que emana das tempestades. Quero que minhas preocupações caiam como folhas de outono."

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Snap Out Of It

Forever isn't for everyone


Is forever for you?
It sounds like settling down or giving up
But it don't sound much like you, boy