segunda-feira, 12 de junho de 2017

As pessoas

Não dá pra entender porque as pessoas, depois de tanto tempo, ainda agem assim. Definitivamente não da pra compreender por que é tão difícil existir paz, ou por que ela é tão relativa para cada um. O maldito livre arbítrio é complexo demais, é doloroso. Não deveria ser difícil, eu repito, não deveria ser difícil se colocar no lugar do outro ser, seja ele quem for. talvez o problema seja o instinto, no final das contas. Eu não ficaria surpreso se fosse.

Eu não posso culpar ninguém, eu não quero que ninguém sofra e ao dizer ou pensar sobre isso eu lembro, como se fosse hoje que, quando eu rezava, depois de decorado o pai nosso e ave maria, que eu pedia para Deus proteger todos, por que não fazia sentido pedir proteção apenas para os amigos e a família. É tão difícil assim? Ter consciência de que todos precisam ser protegidos e isso começa por nós é difícil?

É incrível como as pessoas são diferentes. Existe o preconceito, a raiva, a violência, a dor e as pessoas querem combater tudo isso com mais disso. Eu sou só um, só posso falar por este que sou eu, mas não é possível que não haja um consenso. Você entende o que eu quero dizer? Quantas pessoas já passaram pela terra buscando nos ajudar e ajudaram, tem suas palavras ecoando até hoje. Mas o maldito por quê: Não existe o consenso de paz e harmonia?

Isso tudo está ligado diretamente a vida e morte alheia, sabe? Se você não está de acordo já é mais do que suficiente para causar intriga, e então isso pode ser um simples comentário que fere os sentimentos de alguém ou, na pior das hipóteses, motivo suficiente para tirar a vida de alguém. Não devíamos ser assassinos. Mas quem sou eu pra dizer? Eu mataria um boi sem pensar duas vezes para não morrer de fome, aos olhos de um indiano ou vegano, eu poderia ser condenado, não é? O fato é que pra mim, seres humanos não deveriam ser assassinados, nem torturados, nem machucados, nem furtados, nem humilhados, nem violentados, nem ignorados, nem... você entendeu.

Imagina se todos fossem assim? Mas não, isso não pode virar um clichê de novo. Amanhã eu vou acordar, viver e agradecer, e tentar não estragar tudo. E eu acho que eu posso fazer minha parte, não prejudicando ninguém. E, bom, hoje em dia, apesar de agradecer cada pequena coisa que eu recebo, são poucas as noites que eu lembro de rezar. Se eu for parar pra pensar nas consequências, [ironia] eu peço perdão por isso ter feito com que as coisas no mundo terem piorado [/ironia].

Por fim, eu ainda me preocupo em morrer, mas aquele medo irreal sumiu (por enquanto), acontece é que eu inventei outro motivo pra temer a morte: não conhecer o bem e o amor suficiente no meio de tanta bagunça.

Carpe Diem