domingo, 30 de abril de 2023

Fechando abril

Antes que o mês acabe sem um texto meu, e eu me comprometi a escrever no mínimo um por mês, deixo aqui meu registro sobre sentimentos atuais. Um deles é que faz anos que não me sinto triste de forma gradual. Por maiores que sejam as adversidades atuais, não lembro a última vez em que experimentei vivências infelizes que durassem, sei lá, mais de três dias.

Por exemplo, as últimas dessas vivências, nos últimos meses e que duraram menos do que este período de 72 horas, foram a minha sensação de perceber que eu não conseguiria viver em Portugal da forma que eu gostaria, o que fez eu voltar ao Brasil, e o primeiro desentendimento que tive com meu atual namorado. 

Não quero, nem preciso, detalhar os motivos destes acontecimentos, mas eu lidei com eles de forma muito madura. Afinal parece ser isso: maturidade. Longe de achar que eu estou "pronto" como ser humano, mas pra mim as coisas estão bem mais claras agora.

É claro que eu quero que eu quero que essa sensação de "não infelicidade" dure, mas também compreendo que podem acontecer coisas ainda mais fora do meu controle do que já são e que vão me fazer passar por momentos difíceis, isso é inevitável.

Mas, assim como eu sempre me preparo para escolher o que vou comer quando enfrento uma fila em um lugar que eu ainda não conheço, já que as pessoas sempre demora a se decidir na vez delas, vou também preparar todo meu psicológico para quando precisar enfrentar problemas reais, se vierem.

Infelizmente não posso dizer o mesmo da minha conta bancária, já que nunca consigo guardar dinheiro. Em compensação, espero que o meu psicológico, meu coração, meu espírito, seja o que for ou tudo que fora, tenha saúde e força para enfrentar tudo que vier.

Acho que tudo isso que eu escrevi cai bem para o momento, que é um bom momento onde não tenho problemas reais à vista.

Acho que hoje eu nem ao menos direi para que aproveitemos o dia, mas sim que aproveitemos momentos reais importantes e impossíveis de serem calculados com o tempo que e como conhecemos.

A tristeza é importante - obrigado disney - mas a infelicidade espero que seja sempre evitável.