segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Deus, cuida do meu Vô Carlão

Como são as coisas... Enquanto eu escrevia o último texto que postei, sobre o tempo, sobre o agora, sobre o que eu queria e quero, meu avô, José Carlos da Silva, se despedia da vida. Pelo que todos constataram, ele se foi logo no meio da noite. Meu Vô sofria de diabetes e um problema cardíaco, o segundo que o levou a falecer. Ele morreu dormindo, estava bem no dia anterior, eu não cheguei a falar com ele, mas todos disseram que estava confiante, estava tranquilo, e foi bom assim. Quando a pessoa se vai com alguma mágoa ou rancor creio que não faz bem.
Eu e meu AVÔ não éramos grudados, não nos víamos sempre, mas ele adquiriu uma grande simpatia, uma enorme paciência, uma agradável humildade ao longo dos anos que passamos juntos. A história dele não cabe aqui, e certamente não citarei trechos dela. Mas comigo ele sempre foi um máximo, só lembro coisas boas, só momentos bons com ele. Ele me ensinou algumas coisas, coisas pequenas como piscar um olho só ou coisas mais difíceis como trabalhar em uma fábrica de empacotar arroz, mas todas esses ensinamentos são grandes como o coração dele.
A única coisa que dói, além da saudade imensa das nossas conversas rápidas e nossas risadas, foi a circunstância em que meu Vô desencarnou, infelizmente em um momento também de muita dor, e ele estava sofrendo muito, mesmo que tentássemos acalma-lo ele chorava, porém como eu disse antes, ele estava bem no dia anterior, e isso deve ter acalmado seu espírito e seu corpo.
Minha mãe comentou sobre o corpo ou espírito que não consegue desencarnar, quando está tenso, com preocupações ou desespero, mesmo que precise. Nós somos ignorantes, não sabemos sobre isso o suficiente, mas eu não duvido nem um pouco de que um espírito consiga ir para a luz, para um lugar melhor sem se acalmar aqui na terra, sem estar bem com algo.
Às vezes, ou talvez sempre, só um corpo físico preparado para a morte não é o suficiente. Talvez a alma precise estar um pouco em PAZ, para que ela tenha uma pequena conexão com o Amor maior, de DEUS, que é ele mesmo, e para que seja fácil para o espírito entender tudo que está acontecendo, tudo que precisa saber pra viver a vida eterna com Ele.

Te amo Vô

domingo, 28 de novembro de 2010

Maldito tempo

Queria eu aproveitar cada segundo do tempo que me resta, cada minuto dessa aventura que é a vida, mas o tempo insiste em querer que tudo passe rápido, que tudo seja efêmero a ponto de eu querer me ver logo daqui a cinco ou nove anos. Eu não queria detestar o agora, mas não me deixam escolha. Eu quero dizer que ainda vou buscar uma luz no fim desse túnel temporal. Algo vai me fazer amar o agora. Já amei o agora algumas vezes, mas essas vezes já viraram passado. "E agora?"
Não é pessimismo, mas me vejo cada vez mais preso num emaranhado de desastres, afundando cada vez mais na areia movediça. Eu não quero ter de esperar noventa e cinco por cento do meu corpo afundar para receber uma ajuda heróica. Nem me agarrar à fracas raízes que me sustentaram por pouco tempo. Eu quero uma solução nova, sem precedentes.
Que saber? Eu quero sentir novamente o que é uma pessoa me perguntar qual o meu refrigerante favorito, que me dissesse o quanto sou feio, mas que não me trocaria por nada, que me fizesse propostas suficientes pra eu fugir da realidade por um instante, e esquecer da vida real. Queria sonhar junto e saber que dentre bilhões de seres humanos fui escolhido.
Isso não tem haver com um romance, eu quero sim um amor. Mas é por que não me vêm nada mais confortante à cabeça do que uma pessoa que te ajuda a enfrentar seus problemas só lhe dando beijos e estando ao seu lado física e espiritualmente. Eu gosto de fazer o papel de alguém sempre presente, de que poderia fazer tudo pra ver alguém feliz. Mas eu tô um pouquinho cansado, tudo bem que não tenho 60 anos. Porém ultimamente eu quero fazer o papel de vítima e coitadinho, ser acariciado e dormir sobre o colo de alguém.
A presença dos amigos é importantíssima, mas grande parte das vezes eles estão incluídos nos nossos problemas, afinal, quando eles passam por apuros, eu também passo e sofro. Eles não são incumbidos de neutralizar nossas dores e problemas; os amigos dividem seus problemas, amenizam. Eles também precisam de um amor.
A família... grande geradora de problemas. Família que te sustenta, te educa e leva para um bom caminho, pelo menos na teoria. Você briga, você chora, eu pelo menos, me acabo nesse lar, em todos sentidos possíveis ligados a "fraternidade". Como doem algumas coisas que acontecem em uma casa de família, outras fazem bem, outras nem tanto, são coisas inexplicáveis, onde você só vê sentido quando se torna chefe de uma família. Às vezes nem precisa tanto. Ah! família, um amor totalmente exagerado, e por ser exagerado, gera tantas desavenças, tantos debates e tantos desafios.
Vixi, e o tempo? Ele está passando, e terminando de escrever isso eu voltei a sentir esperança de amar o agora... acho que é por isso que eu escrevo. Foram pouco mais de 20 minutos, escrevendo este texto bobo e escutando o tema do filme "Titanic", mas foram o suficiente pra eu tentar amar o agora, agora, e tentar amar ele amanhã, afinal eu continuo tendo a mim enquanto viver, o "Eu" insuportável e amável humano.

CARPE DIEM 

"Amável tempo"

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Playing God - Paramore


I can't make my own decisions
Or make any with precision
Well, maybe you should tie me up
So I don't go where you don't want me

You say that I've been changing
That I'm not just simply aging
Yeah, how could that be logical?
Just keep on cramming ideas down my throat

You don't have to believe me
But the way I, way I see it
Next time you point a finger
I might have to bend it back
Or break it, break it off
Next time you point a finger
I'll point you to the mirror

If God's the game that you're playing
Well, we must get more acquainted
Because it has to be so lonely
To be the only one who's holy

It's just my humble opinion
But it's one that I believe in
You don't deserve a point of view
If the only thing you see is you

You don't have to believe me
But the way I, way I see it
Next time you point a finger
I might have to bend it back
Or break it, break it off
Next time you point a finger
I'll point you to the mirror

This is the last second chance
(I'll point you to the mirror)
I'm half as good as it gets
(I'll point you to the mirror)
I'm on both sides of the fence
(I'll point you to the mirror)
Without a hint of regret
I'll hold you to it

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

1ª Semana de comunicação - UFMT - Barra do Garças


A primeira Semana da Comunicação, organizada pelo Centro Acadêmico de Jornalismo do Araguaia (CAJA) e professores da UFMT ( Universidade Federal do Mato Grosso) – Campus Universitário do Araguaia,  com apoio das Faculdades Cathedral e Anhanguera/Uniderp, inicia na terça-feira, 16 de novembro. Neste dia, a partir das 19h30, acontece a abertura oficial e logo após a mesa redonda “Redes Sociais e Imprensa”, no Espaço Multiuso do Campus II, da UFMT, em Barra do Garças.
Durante os quatro dias de eventos acontecerão palestras, oficinas e atividades culturais. A participação no evento não terá custos e os inscritos receberão certificados. Toda a comunidade é convidada a participar.
 As inscrições são grátis e limitadas, podendo ser realizadas através do blog focaia.blogspot.com. Mais informações podem ser obtidas no blog ou através do e-mail: focaia.ufmt@gmail.com.

Confira abaixo a programação oficial do evento:





16 DE NOVEMBRO

17:30:            Credenciamento
19:30:            Cerimônia de abertura
21:00:            Mesa redonda: “Redes Sociais e Imprensa”
Debatedores: Prof. Esp. Marcelo Nunes Oliveira (CATHEDRAL)
Prof. Esp. Paulo de Sá Filho (ANHANGUERA/UNIDERP)
Profª. Me. Patrícia Kolling (UFMT)
Mediador: Prof. Me Deyvisson Costa(UFMT)


17 DE NOVEMBRO

17:30:                         Oficinas 1 e 2 (sala 1 e 2)
19:30:                         Palestra “Imprensa em Mato Grosso: história e perspectiva”
Jornalista Onofre Ribeiro (Secretário de Comunicação – MT)
21:30:             Atividade Cultural: Cine Pipoca e debate


18 DE NOVEMBRO

17:30:                         Oficinas 3 e 4 (Salas 1 e 2)
19:30:             Palestra “Olhos de voyer e dedos de flaneur”
Prof. Dr. Benedito Dielcio Moreira (UFMT/Cuiabá)
21:30:                         Atividade Cultural: apresentação de dança de Hip Hop


19 DE NOVEMBRO

17:30:                         Oficinas 4 e 5 (Salas 1 e 2)
19:30:                         Palestra “A produção de verdade no espetáculo midiático”
Prof. Me. Wilton Divino da Silva Júnior (UFG)
21:30:                         Atividade Cultural: Apresentações regionais de música e poesia
22:00:                         Cerimônia de Encerramento


OFICINAS – SEMANA DA COMUNICAÇÃO

Oficina 1: A LINGUAGEM PUBLICITÁRIA COMO FERRAMENTA DE PERSUASÃO
Dia: Quarta (17/11)
Vagas limitadas: 30 participantes (máximo)
Ministrante: Prof. Esp. Marcelo Nunes Oliveira (CATHEDRAL)
Graduado em Comunicação Social - habilitação em Publicidade e Propaganda - UFMT Cuiabá
Especialista em Docência no Ensino Superior e Marketing e Turismo pelas Faculdades Cathedral

Oficina 2: Comunicação administrativa escrita
Dia: Quarta (17/11)
Vagas limitadas: 30 participantes (máximo)
Ministrante: Prof. Ms. Alfredo Lopes Costa (UFMT)

Oficina 3: A transgressão gramatical na linguagem da propaganda
Dia: Quinta (18/11)
Vagas limitadas: 30 participantes (máximo)
Ministrante: Profª Ms. Eloísa de Oliveira Lima (UFMT)
Resumo: Quando se elabora um texto, busca-se obter determinado efeito sobre seu receptor. No caso do gênero propaganda, o objetivo é sempre persuadir. O autor, portanto, alicerçado em seus conhecimentos de linguagem, subverte a norma, na dose certa, como estratégia comunicativa, criando efeitos de sentido que vão além das regras gramaticais impostas.
Palavras-chave: gramática, propaganda, linguagem.

Oficina 4: O perfil do profissional do século XXI
Dias: Quinta e sexta (18/11 e 19/11)
Ministrante: Prof. Esp. Paulo de Sá Filho (AHANGUERA/UNIDERP)
Resumo: Ao contemplar o que nos cerca, observa-se que as mudanças são intensas e constantes, diante disso, torna-se peculiar, definir o perfil do profissional do século XXI, estabelecendo assim as habilidades exigidas. Nesse processo podemos estabelecer três habilidades que são fundamentais, são elas: resolver problemas, trabalhar em equipe e saber falar em público.

Oficina 5: TERMINOLOGIA COMUNICACIONAL: uma análise de termos das especialidades de Jornalismo e Publicidade
Dia: Sexta (19/11)
Vagas limitadas: 15 participantes (máximo)
Ministrante: Prof. Ms. Marcelo Marques Araújo (UFMT)
Resumo: Análise terminológica de algumas definições contidas no “Dicionário de Comunicação” (BARBOSA e RABAÇA, 2008) a fim de contrapor termos do dicionário com o uso desses termos em textos da especialidade comunicação.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Medo. Fé e Dúvida. "Racionalidade".

- Agora, me diga uma coisa: Você nunca 
teve medo?
...
- Tive - respondeu ela após um momento de 
silêncio.
- E o que foi que você fez?
- Fiz o que me foi ensinado: tentei descobrir qual
a parte de mim que tinha medo e por quê.
- E qual delas estava amedrontada?
- Esta. - Dizendo isso, apontou para a sua boca 
aberta. - Aquela que fala e que Vijaya chama de
"Pequena Miss Cibber". A que está sempre falando
das coisas desagradáveis de que me lembro e de 
todas as grandiosas e impossíveis que penso
poder realizar. Esta é a que me apavora.
- Por quê?
- Creio que isso acontece pelo fato de ela estar
sempre falando em altas vozes ou para si mesma
das coisas terríveis que talvez lhe aconteçam. Mas
existe uma outra que não tem medo.
- Qual delas?
- Aquela que não fala, apenas olha, escuta e sente 
o que lhe vai no íntimo e que algumas vezes e de 
modo súbito vê toda a beleza das coisas - acrescentou
Mary Sarojini. - Estou dizendo, Ela vê a beleza durante
todo o tempo, mas eu nada vejo a não ser que ela desperte 
a minha atenção. E é nesse momento que, de repente,
passo a ver tudo lindo! Tudo belo, muito belo!...

______

O pensamento é o produto do trabalho
Que os três milhares de células cerebrais
Lançam no espaço.
Bilhões de jogos de bilhar
Assinalados, Fé e Dúvida.
Um amontoado de Dúvidas e a minha Fé,
Minhas enzimas e a minha Lógica
Minhas Visões e a epinefrina rosa,
Meus crimes e a epinefrina branca.


Não passo de um delicado arranjo
E na proporção de dez para vinte e sete
Cada átomo, na sua complexidade, 
Deve ser o meu profeta.


__________


Não podemos racionalizar excluindo a nossa
irracionalidade básica. E o melhor que temos 
a fazer é aprender a arte de sermos irracionais
de uma maneira razoável.
...
A graça de uma dançarina e a artrite que
surge após terem decorrido quarenta anos
- ambas as coisas são funções do esqueleto.
Graças a uma inflexível moldura óssea a
moça é capaz de executar piruetas. E é por
causa desses mesmos ossos que a sua avó
fica condenada à cadeira de rodas. De
modo análogo, um firme alicerce cultural
é a condição essencial a toda originalidade
individual e a todo poder criador. Mas essa
 cultura básica é também o seu mais terrível
inimigo. A coisa sem a qual não nos podemos
transformar em seres humanos plenamentes
desenvolvidos é, frequentemente, a mesma
que impede esse desenvolvimento.




Trechos do livro "A Ilha" de Aldous Huxley.