quinta-feira, 24 de março de 2016

Intercom Centro-Oeste 2010, 2011 e 2012

Que engraçado lembrar das viagens dos 'Intercoms' enquanto tentava dormir debaixo da mesa da agência que eu trabalho, coisa típica dormir ali, aliás.

Intercom é a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação que ajuda os estudantes da área a trocar conhecimento entre pesquisadores e profissionais atuantes no mercado.

Eu participei de três edições do Centro-Oeste, região que estudei, e marcaram a minha vida na faculdade.

O que foi aquilo? Eu conheci nossa região da melhor forma possível: de ônibus, com colegas e pouco dinheiro. Como tem história pra contar.

E eu quero deixar registrado aqui, um pouquinho de como foi em cada uma.


Intercom 2010 - Goiânia - GO
A primeira vez que entrei numa boate gay, foi isso que aconteceu. Estudar, apresentar trabalhos e projetos que é bom, nada, né?! Bom, realmente não me envolvi em nenhum projeto e lembro bem que minha consciência era apenas "viajar de graça e ficar com a Weena, Panm e Letícia como se fossemos adultos independentes", e foi isso que aconteceu.

Eu já conhecia Goiânia como a palma da minha mão, porém nunca tinha conhecido a UFG, o campus Samambaia, e isso também foi ótimo. Foi uma experiência maravilhosa conhecer outros estudantes. Mas o mais divertido foi, sem dúvida, conhecer uma boate gay de verdade e, claro, chorar lá dentro.

Foi divertido, SIM, mas não foi nessa noite que peguei alguém, só bateu a bad, por que eu estava apaixonadinho por um pessoa. Como é bom lembrar. Como é engraçado também recordar que foi algo que pra mim, hoje em dia, é tão comum.

Aquela viagem, em 2010, foi foda.


Intercom 2011 - Cuiabá - MT
Finalmente conheci a capital do meu Estado. Cuiabá. O melhor de tudo é que chegamos e ficamos por três dias, os três dias mais frios do ano, até então. Ou seja, amei a capital e não precisei sofrer com o famoso calor de que todos falam.

Desta vez, eu já estava mais habituado com ambientes noturnos, então fomos logo pras duas melhores boates da cidade, uma em cada noite. Foi divertido em dobro, com certeza. Mesmo sem a Panm, sem a Weena e sem a Letícia, tive a companhia de colegas do meu curso, e conseguimos transformar aquilo numa grande aventura.

Conhecer aquela cidade com a minha turma foi épico. Mesmo que digam que Cuiabá não é boa, consegui conhecer tudo de melhor que ela poderia oferecer, e eu aproveitei cada segundo daquela experiência.


Intercom 2012 - Campo Grande - MS 
Quando a Panm encontrou a pessoa com quem ela é casada até hoje. E isso faz com que cada viagem se tornasse melhor que a última, mais nostálgica e mais dolorida de lembrar. Campo Grande é maravilhosa, que cidade limpa e organizada. E o melhor: pegamos três dos dias mais frios do ano, de novo.

Comemos e bebemos muito, fizemos compras, pois eu já estava fixo na Todeschini e tinha um bom salário. E é interessante acompanhar essa evolução. Voltando ao que interessa, fomos em busca de uma boate, para deixarmos nossa marca, claro. Foi difícil.

Lembro que pegamos um táxi, e dessa vez a Panm estava, e fomos buscar algum lugar aberto, até que, depois de muito tempo, encontramos o clube SIS. Ou ele nos encontrou. Lá, depois de entornar várias bebidas que levavam o nome de Divas do Pop, cada um arranjou seu par. Só que a Panm mal sabia que o dela seria quem hoje ela pode chamar de esposa.

Conclusão:

A vida passa e as histórias acontecem. Lembrar dói, mas valeu tudo muito a pena. E esse meu registro nem chega perto de como foi realmente. Só quis deixar registrado resumidamente, como essas viagens foram importantes e marcaram um pouquinho minha história.

Carpe Diem

segunda-feira, 21 de março de 2016

O que eu quero

Eu sei que estou indo, em alguma direção, eu estou indo. Pode faltar foco e disciplina, mas eu sei onde quero chegar. Só não sei que caminho escroto é esse.

Ontem eu fiz uma promessa e pedi ajuda divina (de novo). É que, neste março se inicia uma nova fase, daquelas que sempre acontecem em fevereiro/março.

Meu ano começou há pouco e já estou sentindo a diferença. Eu não posso quebrar a promessa. Eu sempre acredito, e sempre algo bom acontece. Sigo.

Já fiz algumas burradas, acabei de começar. Tomei consciência, volto sempre pra estaca zero, mas alcanço fácil e rápido o ultimo limite, superando-o, cada vez com mais força.

É como nos meus jogos, as vezes tem uma fase bem difícil, é preciso treinar bem antes, e enfrentá-la diversas vezes. Enquanto eu sobreviver, vou continuar fazendo e errando até aprender.

Sempre me asseguro de estar ganhando bem o suficiente, em todos os sentidos. Na minha balança emocional, que nem sempre está regulada. É isso, meus pesos e minhas medidas.

Eu sei que não tem muito o que eu possa fazer em relação a vida. Sair da zona de conforto, não me acomodar, mergulhar de cabeça em algumas coisas, arriscar, é o máximo que posso fazer.

Eu faço. Eu sei que eu não posso ter sempre o que eu quero, ninguém pode. Mas eu faço o possível para conseguir o que eu quero e o que acho que eu preciso.

Isso aqui acaba sendo mais pra desatar nós e falar sobre como é querer algo e como lidou com isso, do que falar sobre o que realmente eu quero.

Mas, se for pra resumir o que eu quero, é simples. Tão simples que cabe na palma da minha mão e em três palavras: Paz, Amor e outro Coração.


quinta-feira, 17 de março de 2016

Sem você

Tudo o que eu quero, eu tenho
...
Eu até acho que encontrei Deus
...

[MAS]
Você consegue me ouvir?
...
Garoto, você é tão viciante
Seu amor é fatal
Me diga que a vida é linda
...
Eu não tenho nada sem você

Todos os meus sonhos e luzes significam...

Nada 

sem você

O verão é agradável e quente
E minha vida é doce feito baunilha
Ouro e prata forram meu coração
Mas queimam no meu cérebro estas imagens roubadas
Você consegue imaginar:

A vida que nós poderíamos ter vivido?

Éramos duas crianças apenas tentando fugir disso [das obrigações]
Dançaríamos a noite toda, nossa música tocaria alta [aquela noite em que te conheci]
E quando crescemos, nada seria com o que parecia [iríamos amadurecer juntos]

Todos os meus sonhos e luzes significam
NADA, se eu não posso ter você

Lana Del Rey

segunda-feira, 14 de março de 2016

Apenas começo

Sempre que quero algo que considero precisar, ou que considero ser importante para mim, o tempo de espera para alcançar é sufocante. Parte deste drama vem da ansiedade, que eu me recuso a tratar com remédios, vou na raça, aprender na pele, por mais que doa; parte vem de apelo por conquista, desejo, reparação etc.

Neste caminho, o universo não alinha tudo para mim, eu tenho que descobrir sozinho. O lado bom é que, além de ser divertido, as vezes, e eu gostar de observar como as coisas se desenrolam, os fatos também não conspiram contra mim. De todo modo, as condições, como este ser que sou, nunca são perfeitas.

Considero que a ânsia que me consome - literalmente - por querer ter o que eu acho que preciso ou que seja importante para mim, pode ser considerada uma doença, que eu preciso tratar de alguma forma, corrigindo e fazendo o possível para suportar ela enquanto acho um modo de me 'curar'.

Nisto, vou reconhecendo que estou crescendo e mudando minha abordagem à medida que ela se desenvolve, mesmo com tantos fatores a minha volta, mudando as condições e resultados dos meus atos. Por exemplo, tantos meses me empenhado em ser alguém melhor, me trouxe resultados que eu não esperava, coisas boas, mas não o que realmente eu procurava.

Preciso continuar me empenhando, ao que parece tenho muito anos pela frente. É engraçado não ter mais aquela visão que eu tinha quando adolescente, de que tudo aos 25 estaria perfeito e resolvido (casado, com casa, carro e uma viagem internacional todo ano). Isso continua sendo uma meta, mas tantas coisas conquistei durante esse período, que nem por um segundo havia passado pela minha cabeça que poderiam existir. Continue assim.

O fato de discorrer sobre essa questão de querer, desejar e 'precisar' de coisas é que ela não é errada, mas a maneira como eu busco tende a ser, a maneira como eu me sinto a respeito dessas coisas enquanto vou atrás delas. É um sofrimento desnecessário e de antecipação que deve ser evitado de alguma forma. 

Talvez aprender a não sofrer com a ansiedade seja um dos desafios da minha vida, afinal, eu não tenho problemas graves, graças a Deus. Eu não sei esperar, mesmo não sendo agitado, eu não sei dar tempo, é um dilema. 


"Algum dia" - O lendário lugar onde suas esperanças, sonhos, metas e aspirações se realizarão magicamente.


Engraçado que, para mim, algum dia nunca existiu. Eu sempre tive a ideia fixa de que, o momento certo era sempre agora. Graças a isso, a maior parte das minhas vitórias foram conquistadas, e uma pancada de erros foram cometidos. Mergulhar de cabeça dá nisso: sensações ótimas e consequências pesadas, boas ou ruins.

Outras coisas que andam comigo e não abro mão, durante este percurso, e que ajudam a drenar a ansiedade, são o otimismo e as motivações. Eu não tenho, quase nunca, discursos negativos em minha cabeça, e sorrio sempre por isso. E tenho motivações, muitas motivações, materiais, emocionais e tantas outras, que me ajudam a tomar um passo de cada vez.

Poder falar a respeito disso, em uma segunda feira chuvosa, me faz refletir em quanta sorte eu tenho, ou melhor, quanta sorte eu tive até hoje. Afinal, em alguns dos meus dias eu lembro que prometi a mim mesmo que eu cuidarei bem de mim, em muitos dos meus dias eu lembro que também prometi me amar, acima de tudo, e a amar as pessoas a minha volta, e em todos os dias da minha vida eu lembro que sou agradecido por tudo, tudo.

E, no fim das contas, o saldo é positivo, os problemas subtraindo as soluções resultam nisso. Uma vida de verdade. E se eu parar pra pensar o porque de quase tudo isso, a resposta é simples: 

Eu apenas começo.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Será que é porque é sexta?

Eu acordei hoje, cansado de dormir, arrumei minha cama sozinho - é eu faço isso - entrei no banho, me arrumei conversando com o espelho, tomei meu café com leite e meu pão preto com manteiga - é as vezes eu faço café em casa - e pronto, pronto para um novo dia sem você.

Eu fui caminhando firme sob meus pés, faço o suficiente para me obedecer. Saio à noite, vez ou outra e, quando chego, durmo com ou sem as luzes, com ou sem barulho, sozinho ou acompanhado. Depois, faço tudo que tenho que fazer, mantendo você em minha cabeça, fuck. Mas estou ótimo.

Minhas mãos, elas começam de novo, sempre. A vida é isso. Eu entendo, eu sou totalmente compreensível com tudo. Eu sempre encontro paz. Eu sempre vou onde quero ir e faço o que quero fazer.

Mesmo falando sobre você agora, já consigo faze-lo sem chorar. Eu fico em casa sozinho por horas a fio e não vejo problemas em passar todo esse tempo lendo e aprendendo coisas novas. Já rio um pouco mais alto também, sem você.

Quase não tenho medo agora. Pois o escudo que passei tanto tempo construindo, me serve. Mas, será que é só porque é sexta é que eu sinto essa vontade de dizer? Será que é só porque é sexta que eu me permito, mesmo sabendo a falta que cada um de nós sente? Mesmo que, por incrível que pareça estamos indo bem com isso? Não, é muito mais.

O mais estranho é que estamos sempre no fim. O que me deixa louco, é que percebi em minha cabeça
que eu sempre tenho orgulho de dizer "eu estarei com você", mesmo não sabendo exatamente o porque disso tudo.

Carpe Diem

terça-feira, 8 de março de 2016

O que eu gostaria de dizer



Pensa. Você pensar que o que gostaria de dizer não cabe em palavras. Você pensar que sente tanto, sente no coração, coisas incabíveis para expressar com as línguas que você conhece, a ponto de achar que é algum tipo de demência.

Normalmente eram coisas que não precisavam ditas, pois eu expressava através de abraços, beijos, carinho e tudo mais. Mas não tem mais funcionado com as pessoas, desisti. Eu volto à estaca zero do relacionamento a dois, à estaca 11 do amor próprio.

Eu preciso resolver muitas coisas na minha vida antes de buscar algo que eu não sei realmente o que é. Pode estar longe ou estar perto, mas, enquanto o céu está fechado ou aberto, os azuis e cinzas são meus tetos, não importa muito as distâncias agora.

Não sei por onde anda meu espelho, é tão legal pensar nele assim. Também sei que me sinto completo, preenchido, as vezes, até pareço transbordar de mim. Vez ou outra acho que estou pronto, outra ou vez agradeço por ainda não.

Sempre tenho novidades, sempre tenho o que contar, sempre tenho pelo que trabalhar, ainda tenho sonhos descabíveis e outros tão cabíveis que realizo todo dia. Ainda tenho desejos, vontades, ainda pratico bondade, maldade. Ainda me puno, mas mais do que tudo, ainda agradeço.

Eu ainda tenho espaço no meu peito para amar, sempre vou ter. Eu estou feliz por não estar completamente feliz. Eu estou satisfeito por não estar, nem nunca ter estado, acomodado. Eu aceito a ignorância minha e a que me cerca.

Embora eu não esteja exatamente no lugar onde eu gostaria de estar (com um grande cargo, bem viajado, com muito dinheiro e nos seus braços), eu estou animado e otimista. A vida é mais do que tudo isso em parenteses, e sempre será pequena diante todo o resto.

Isso, isso não é nada perto do que eu gostaria de dizer/escrever.

Carpe Diem