sexta-feira, 11 de março de 2016

Será que é porque é sexta?

Eu acordei hoje, cansado de dormir, arrumei minha cama sozinho - é eu faço isso - entrei no banho, me arrumei conversando com o espelho, tomei meu café com leite e meu pão preto com manteiga - é as vezes eu faço café em casa - e pronto, pronto para um novo dia sem você.

Eu fui caminhando firme sob meus pés, faço o suficiente para me obedecer. Saio à noite, vez ou outra e, quando chego, durmo com ou sem as luzes, com ou sem barulho, sozinho ou acompanhado. Depois, faço tudo que tenho que fazer, mantendo você em minha cabeça, fuck. Mas estou ótimo.

Minhas mãos, elas começam de novo, sempre. A vida é isso. Eu entendo, eu sou totalmente compreensível com tudo. Eu sempre encontro paz. Eu sempre vou onde quero ir e faço o que quero fazer.

Mesmo falando sobre você agora, já consigo faze-lo sem chorar. Eu fico em casa sozinho por horas a fio e não vejo problemas em passar todo esse tempo lendo e aprendendo coisas novas. Já rio um pouco mais alto também, sem você.

Quase não tenho medo agora. Pois o escudo que passei tanto tempo construindo, me serve. Mas, será que é só porque é sexta é que eu sinto essa vontade de dizer? Será que é só porque é sexta que eu me permito, mesmo sabendo a falta que cada um de nós sente? Mesmo que, por incrível que pareça estamos indo bem com isso? Não, é muito mais.

O mais estranho é que estamos sempre no fim. O que me deixa louco, é que percebi em minha cabeça
que eu sempre tenho orgulho de dizer "eu estarei com você", mesmo não sabendo exatamente o porque disso tudo.

Carpe Diem

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