quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Retrospectiva, Resoluções e "Dexpectativas"

Acabou tudo por aqui, 2014. Um ultimo texto. E, logo, um novo tópico irá aparecer na coluna direita da tela, um tópico na diagramação do blog, um 2015 bem tímido no topo do Arquivo do Sam. E, sobre este ano, só posso pensar o quanto aconteceu nesse quando. Foram muitas coisas, quase todas registradas, cada qual na sua devida rede social. Mas aqui é que eu deixo registrado o que não importa aos outros, só a mim. Aqui eu registro o que faz bem, o que fez bem e tão pelo contrário: O que dói e doeu, o que aprendo e desaprendo etc.

Só que por cima de tudo isso cabe meu agradecimento. Acho que estou indo pelo caminho certo, mesmo que com tantas dúvidas e ansiedade. Tenho me sentido vivo mesmo com tanta dor. Me sentido muito humano mesmo com tanta coisa estranha acontecendo. Muito Obrigado 2014. Obrigado a cada sorriso, a cada lágrima, a cada abraço, a cada palavra, a cada festa, a cada filme, música e tudo, tudo, que fez com que eu pudesse estar aqui, sentado, com saúde e feliz, para seguir.

Sempre que houver esse momento, em que eu possa expressar o meu amor e pedir por amor, eu vou agradecer. E espero que sempre haja uma data,  palavras, perfumes, olhares e outras coisas na vida para que eu continue vivendo e, principalmente, amando. O dia pelo dia e, agora, o ano. Vou sempre pelo amor, por que através dele o tempo não existe. Carpe Diem! Natal feliz! Virada próspera!




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

How I met... Someone

Alguém que eu não precise convencer de que valho a pena. Alguém que me perceba e, sem hesitar, saiba que sou eu e só eu. Alguém sem dúvidas. Eu quero olhar pra trás e agradecer por não ter dado certo com ninguém antes. E perceber que nunca vai existir ninguém depois. Alguém. Amém.

“- Existe uma palavra em alemão: Lebenslangerschicksalsschatz. E a mais próxima tradução seria ‘O tesouro do destino ao longo da vida.’ E Victoria é  ’wunderbar’, mas ela não é minha Lebenslangerschicksalsschatz. Ela é minha Beinaheleidenschaftsgegenstand, sabe? Isso significa ‘Aquilo que é quase aquilo que você quer, mas não completamente.’ E é isso o que Victoria é pra mim.

– Mas como sabe que ela não é Lebenslangerschicksalsschatz? Talvez com o passar dos anos ela se torne mais Lebenslangerschicksalsschatz.

– Não, não, não. Lebenslangerschicksalsschatz não é algo que se desenvolve ao longo do tempo, é algo que acontece instantaneamente. Atravessa você como água de um rio depois da tempestade, preenchendo e esvaziando você ao mesmo tempo. Você sente isso em todo o seu corpo. Nas suas mãos. No seu coração. No seu estômago. Na sua pele. Já se sentiu assim com alguém?

– Acho que sim.

– Se tem que pensar a respeito é porque não sentiu.

– E tem absoluta certeza que encontrará isso um dia?

– É claro. Eventualmente todo mundo encontrará. Só que nunca saberá onde ou quando.”

(How I Met Your Mother)


domingo, 21 de dezembro de 2014

Eu não quero conversar sobre isso

I can tell by your eyes
That you've probably been crying forever
And the stars in the sky don't mean nothing
To you, they're a mirror


I don't wanna talk about it
How you broke my heart
If I stay here just a little bit longer
If I stay here won't you listen to my heart?
My heart


If I stand all alone
Will the shadows hide the colors of my heart?
Blue for the tears, black for the night's fears
The stars in the sky don't mean nothing to you
They're just a mirror


I don't wanna talk about it
How you broke my heart
If I stay here just a little bit longer
If I stay here, won't you listen to my heart?
My heart

Rod Stewart


sábado, 20 de dezembro de 2014

Sossego

A ansiedade constante e o estresse de semanas cansativas fazem com que as verdades saiam fluindo pelos dedos. Porém, depois de uma noite muito divertida, um sono merecido, um sábado inusitado e duas semanas de folga pela frente, a positividade e a permissão voltam a confortar aqui. E é melhor que tenha surgido logo, por que assim tudo pode ser aproveitado com mais intensidade.

Independente de não ser suficiente, eu lembrei que sou auto suficiente. Independente de não ser páreo, eu lembrei que sou descabido. Meu Deus, como é difícil viver fora da zona de conforto, mas é aqui que a mágica acontece, e é tão óbvio. De qualquer modo, eu não abro mão de agradecer por tudo, e eu disse que não dou a mínima antes, não disse? Até por que quando eu percebo que tudo está como deveria estar, eu fico tranquilo, e tranquilo eu fico feliz, e feliz, eu consigo fazer várias coisas boas etc.

Preces tem me ajudado muito. Preces à mim, preces ao próximo. Estou sossegado hoje, e se há dias em que não ser suficiente parecem me consumir, os dias em que isso não importa são bem mais frequentes. Vou aproveitar o dia. Pois, tem alguma coisa acabando que precisa de um fim mais bonito, enquanto uma outra coisa já começou fascinante. O agora e o seguinte. No mais, se não houvesse dias como ontem, não haveriam tantos dias como hoje, e eu agradeço de novo. Agradecer é muito bom.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Páreo

E quando a realidade bate à minha porta, não tem como fugir. Na verdade, ela sempre bate. A porta é de vidro e totalmente translúcida, então eu a vejo bem e só ignoro, mas ela ronda e não dá pra escapar. A realidade da qual eu meu refiro, dentre as existentes em diversas fases da vida, por incrível que pareça, é a de desencaixe social. Não me sinto páreo para nada. 

Não sou páreo para a beleza imposta, não sou atraente o suficiente. E não sou inteligente o suficiente, não sou esperto o suficiente, não sou adequado o suficiente, não sou nem burro o suficiente, nem feio o suficiente, não sofro o suficiente, não tenho dinheiro o suficiente, não me destaco o suficiente, nem me escondo o suficiente, não amo o suficiente, nem sou cretino o suficiente, não sou feliz nem infeliz o suficiente. Embora não há conformismo, e eu agradeça,  há tristeza.

Eu começo por ignorar a relação de padrão que existe, em todos os sentidos. Embora não me deixe deprimido, me faz enxergar como não sou competitivo, pra variar, o suficiente. O mal estar causado em mim, graças a chance que eu tenho todas as manhãs, é pelos dias em que fica claro que a ansiedade me machuca. O fato de eu não dar a mínima em ser bom ou ruim o suficiente, mas mesmo assim, me sentir deixado de lado pelo mundo, é constante.

Todos os dias, sem exceção, eu penso que seria feliz com o mínimo possível, mas o mínimo está inalcançável. A mediocridade toma conta dos meus dias e eu me recuso a deixar, por vício, o que a sociedade me impôs. Mais, cada vez mais de tudo. Sobreviver do que eu poderia cultivar, ser feliz ao lado de alguém durante os dias da minha vida, apreciar o por do sol e um céu estrelado, sem precisar me conectar com um mundo surreal. Tudo isso, ou só isso, deveria ser o suficiente.

Eu não faço nada de espetacular, não tenho nada a oferecer, a não ser sentimentos. Não posso estar disponível a qualquer momento, não posso sair e fazer o que simplesmente me der na telha. Não posso me dar ao luxo de viver exclusivamente para o que eu amo e não posso nem viver para quem eu amo. Mas, mesmo assim, a esperança de viver pelo que sonho reside, através do simples fato de que não me custa.

De qualquer modo, ainda sobrevivo por pura ansiedade. O que eu tenho a dizer sobre isso é: eu realmente não me importo por não ser nada o suficiente, nem páreo para nada, mas sim, eu me importo por não conseguir coisas tão fáceis que estão ao alcance de tantas pessoas. Eu juro que não tem nada haver com dinheiro, poder ou glória. Eu estou falando de realizar sonhos, de não sentir que seus dias 'vão em vão' e, principalmente, do motivo pelo qual eu vivo e tento ser alguém melhor: encontrar e viver ao lado do amor da minha vida, e eu não vejo mais outros motivos pelo qual viver.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Expediente vs Estrada

Ocupar o tempo não é uma coisa tão fácil quanto parece. E o tempo não é tão curto quanto parece. Definir um expediente saudável e correto, segundo os meus padrões, é tão trabalhoso quanto qualquer graduação, relacionamento ou emprego. Por isso, na busca por me servir de prazer com algumas atividades, surgem barreiras, algumas que podem ser chamadas de fracasso, e o engraçado é que o fracasso é só uma etapa, mas engana bem para os que o encaram como final.

O expediente é tão variável: Conhecer pessoas novas, lugares novos dentro da mesma cidade, experimentar uma rotina mais saudável, seja na alimentação ou nas atividades físicas, se dedicar mais ao trabalho, explorar novos rumos acadêmicos etc. A disciplina é a base de todo o processo, desde ler mais à agir mais.

Por isso, às vezes penso que eu trocaria todo o expediente com fracassos e sucessos, pela estrada, que me atrai muito, que pode me levar a tantos lugares distantes, mas eu sinto e insisto que não é momento. Pois eu sei que até pra chutar o pau da barraca é preciso muito estudo e preparo. Pra mim precisaria. Eu não quero me frustar, prefiro passar algumas vontades à seguir completamente minha intuição, afinal o expediente estará em qualquer lugar que eu for.

Nessa luta entre expediente e estrada, está um fator chamado ansiedade, resumindo: é o medo de morrer logo e não aproveitar o que está aí. Mas, se eu não morrer, existe vida após os 30, muita vida! Só que é difícil abrir mão de algumas coisas, sacrificar a juventude, e eu sei que eu nem vou conseguir me privar de tudo, mas o foco, ou melhor o alvo, é a felicidade, então no expediente ou na estrada, sempre haverá algo de bom e sempre haverá alguma aflição. 

Eu não sei o que eu faria se não pudesse me explicar por aqui, as vezes nem eu mesmo aguento a quantidade de coisas que vaza pelo meu duto cerebral. As vezes não faz muito sentido, mas pelo menos isso funciona pra algo. É um alívio poder contar com as palavras e com a formação que me cabe. Por fim, vou colaborando, organizando meu expediente, sonhando com a "estrada", tudo com muito amor.

Carpe Diem

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Couldn't lie



I feel something so right
Doing the wrong thing

I feel something so wrong
Doing the right thing

I couldn't lie, couldn't lie, couldn't lie
Everything that kills me makes me feel alive

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Natural de

Nunca tive um lugar onde eu poderia dizer: Sou de lá. Nunca pensei que isso seria um problema, e é até engraçado, por que, quando perguntam "de onde você é?", fico confuso, nunca sei exatamente como responder. Eu sei, eu sei, que o certo seria responder o nome da cidade onde eu nasci, mas eu não sinto isso, não sinto essa naturalidade.

Saí cedo da minha cidade natal, morei por muitos anos em um cidade próxima, mudei pela segunda vez pra um lugar longe, mudei pela terceira vez para outra cidade que eu já conhecia, e até gostava, e sempre no mesmo estado. E, pela quarta vez, quando saí do estado de Mato Grosso, foi a mudança sem meus pais, para viver a tal vida de "adulto", no Goiás. Por isso, não sinto que sei responder a pergunta de onde sou. Do Mato Grosso, pode ser, mas se fosse pra escolher, seria do mundo, naturalmente. 

E um lar, pior ainda, por que em cada uma das cidades que morei mudei para, pelo menos, três casas. Tem sempre a que eu mais gostei, e tal, mas nunca tive ou terei um lugar para onde eu possa voltar, uma casa onde possa ver um quarto que foi meu, objetos velhos que causam nostalgia, pais para me acolher, um lar, uma proteção. Sempre em frente, é a minha única escolha.

Mas, apesar de tudo isso, que é um pouco triste, pelo menos eu acho um pouco melancólico, aprendi muito. Eu sei que aprendi muito sobre a vida, também encontrei pessoas incríveis, e elas esbarram em mim a todo momento. Aprendi que a vida não é, nem de perto, estática, que sempre é preciso tentar coisas novas, aprendi a me virar sozinho (eu me viro até bem) e, ainda, que você descobre o valor de se perder em se perder.

"É incrível se perder, aliás"

Eu desenvolvi minha confiança, minha habilidade de ouvir e falar com as pessoas, saber que eu preciso delas, conhecer caminhos, e eu gosto disso. Eu acho que se isso me escolheu, pode ser que seja destino, e tem um lado não tão bom da inconstância, mas não tem nada como partir, atravessar, percorrer. 

Assim, onde quer que eu esteja, desenvolverei laços afetivos, cativarei novas pessoas e elas também irão me cativar. Conhecerei o que pra mim é uma das coisas mais incríveis que alguém pode conhecer: novas culturas, novos paladares, novos animais, plantas, novas formas, tudo de novo e o que for possível, que possa ser tocado, comido, cheirado e sentido.

E, no fim, na hora de voltar, se é que eu posso me dar ao luxo de dizer isso, terei diversos lugares para onde ir e pessoas para encontrar.

Carpe Diem

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Última

Tive o tempo que precisei para pensar sobre você, te conhecer e saber de nós. Nove meses é o tempo suficiente pra gerar uma vida. Deu pra perceber, falo por mim somente, que foi a primeira vez que tive tanta certeza, e eu descobri que isso é normal, infelizmente. Depois, pra me ajudarem me perguntaram o que eu sentia, e melhor, se eu tinha orgulho de você, se te admirava, e a resposta, ainda que me enrubescesse, era não e não. E não para outras perguntas também.

Eu assisti diversas vezes o pôr do sol pensando em mais um fim, e chega pra mim. Foram tantos textos sobre você, em proporção quase um prelúdio, mas este é o último. Agora tudo deve começar a ter som e cor, findando o silêncio e ausência de luz no meu interior. É tão ruim lembrar que errei, mas de todos os erros, o pior foi ter acreditado tanto em você, te dado mais crédito que a mim mesmo, isso não foi certo.

Não é bom descobrir estar errado. Nem ter estado. Você me parece um erro recorrente e eu sei que eu continuaria me machucando. Preciso lembrar dos momentos ruins e dos seus defeitos agora, e é uma pena. Eu não aguentaria permanecer mais por muito tempo, e não era saudável. Mas não consigo ficar totalmente feliz por você ter se livrado de minha companhia. Afinal, eu conheci suas partes inimagináveis, o bem e o mau, e você também.

Aquele disfarce tão bem colocado que até você mesmo acredita, eu sei o que tem por trás, ok? Bom, quer saber? Acho que você ficou com medo de acreditar demais. Preferiu escolher o caminho por onde sua fantasia continua mais real, e dizer que não via mais sentido naquilo, mas só não conseguia encarar a realidade que os homens encaram todos os dias, lutando pra ficar com quem se ama, você preferiu... enfim, você entendeu.

Tenho uma pequena impressão de que este texto também serve pra mim. Na verdade, tenho clareza disso. Mas a diferença é que vou continuar escrevendo sobre causos aqui e esta postagem, bem, ela é a última pra você, meu último desabafo e última confissão. Existem infinitos temas pra serem postos em palavras, e a partir de agora, tudo que eu sentir em relação a você, vai ficar só dentro de mim, e talvez o mar saiba também.

CARPE DIEM






segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

300 limões

Eu me sinto... bem. Afinal, o que é verdadeiro não vai, o verdadeiro permanece. A razão não tem nada haver com isso, por que se não, não haveriam as possibilidades. E eu não poderia deixar que ninguém me fizesse sentir como se não eu merecesse o que quero. Não é justo. Também pude perceber que quanto mais eu me importava, mais eu achava que tinha a perder, mas não. Não. Eu mereço o que quero.

Os 300 limões que recebi foram usados, todos, da forma correta. Limonadas, caipirinhas, remédios... Nunca fiz cara ruim pra eles, obrigado. O importante foi fazer a diferença, e o medo que eu tinha se foi, pra longe. Fazer a diferença ao meu redor, um pouquinho, valeu a pena, obrigado, obrigado e obrigado.

Ainda, não dá pra deixar de amar, isso jamais, por que o que causa a dor não é isso, mas sim a falta dele. Então, não está mais tão difícil. Amor eu tenho de sobra. Muito amor sexual, e nunca faltou. Amor fraternal, então, eu distribuo. Meu amor ágape, está em vigor, também, graças a Deus. E o Amor próprio, esse eu nunca tive dúvidas, eu me amo, então a dor... que dor?

O ideal é aproveitar o lado bom de cada coisa, né?! Se não, realmente, qual seria o sentido? Eu também não via mais, ele estava certo. Agora, vejo. E por mais que seja difícil planejar, observar e me proteger, vou chorar quando eu quiser. Por que eu não me importo mais, por que eu sei do que preciso, o que eu quero, o que eu mereço e eu sei como consertar aqui dentro. É isso.

Sempre aproveitarei o dia!