sábado, 31 de dezembro de 2016

Metas para 2017

Nada mais justo do que colocar aqui no meu diário imortal o que quero para o ano de 2017. O que pretendo e o que coloco no escopo para tentar me adequar cada vez mais a essa vida adulta. Vamos lá:

01 - Ser menos ansioso; isso com certeza precisa estar em todas as resoluções, meu coraçãozinho não vai aguentar muito se continuar com tanta ansiedade.

02 - Menos sexo, mais amigos. A camisinha ta cara e os remédios pra DST's também, mas não é só isso, preciso de mais companheiros para me divertir fora da cama.

03 - Conseguir comprar meu Notebook, TV e PS4. Eu preciso de games e Netflix em alta resolução pra conseguir um resultado melhor na resolução de número 2.

04 - Viajar para, pelos menos, dois lugares que eu nunca tenha ido. Mesmo que seja dentro do Estado onde moro, acho válido.

05 - Ler pelo menos seis livros. Pra séries e filmes não preciso nem de resolução, mas sinto falta de ler bons romances e ficção.

06 - Me desconectar de todos os aparelhos tecnológicos e, consequentemente, me conectar a natureza o máximo possível. Amo games, mas natureza né, menino!

07 - Comer menos, bem menos, doces e tudo que inclua açúcar e conservantes. Eu não vou passar dos 80 kg, mas não vou mesmo.

08 - Ouvir mais as pessoas. Já é algo que eu tenho feito há um tempo, mas nunca é demais lembrar disso, ouvir é sempre bom e melhor do que ficar falando.

09 - Não gastar mais do que eu ganho. Aliás, poupar pelo menos 8% do que ganho. Essa é uma das mais importantes, todo fim de mês foi uma tragédia em 2016.

10 - Largar de ser trouxa. Isso inclui dizer não mais vezes e ser firme, decidido e continuar independente em todos aspectos.

A última nem vou enumerar, por que é especial e vitalícia: TER FÉ!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Mente fervente

Nossa, parece que esse negócio de natal, ano novo e tudo mais deixa um peso na mente igual ao do estomago depois de tanta comida que a gente come. É muita coisa pra pensar em fazer, pra pensar só de pensar e eu não estou conseguindo lidar.

Eu acho que isso tudo é consequência de coisas que ficaram pendentes e de alguns defeitinhos meus. Ansiedade e dificuldade de dizer não, agora tudo cai como uma bomba. O pior é que não sobra dinheiro nem pra fugir.

É uma certa pressão ocasionada por querer agradar a todos e achar que assim esta agradando a si. Mas o que eu realmente queria, mesmo, era deitar em um colo e ler um bom romance ouvindo a música mais suave que você respeita.

Eu bem poderia fazer isso, não é?! Mas por que tudo parece ser mais difícil do que é?! Por que tantas dúvidas habitam em mim e não me deixam viver a porra de uma vida normal. Eu vejo pessoas velhas e me pergunto 'como conseguiram chegar ali sem enlouquecer?' e me pergunto:

Tem algo de errado comigo? Eu vou conseguir ganhar dinheiro o suficiente pra fazer tudo que quero? Eu vou fazer tudo que quero enquanto trabalho pra ganhar o dinheiro pra fazer o que quero? Deus existe? Eu existo? O que acontece se eu morrer agora aqui, de repente?

Todo santo dia eu perco tempo me afundando em questões sem respostas. Questões que eu não deveria sequer imaginar. Todo santo dia eu penso, ao menos, que eu quero viver, viver cada respiração da qual eu eu tiver força.

Eu sou grato por tudo, mas eu preciso de um descanso mental. Eu preciso de soluções que me deixem em paz comigo mesmo. Eu preciso de tanta coisa que minhas mãos não tocam. Mas tudo bem! Quando chega a noite eu consigo dormir e amanhã é outro dia!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016 e antes, talvez

Bom, o ano não acabou e pode muita coisa acontecer em quatro dias. Mas algo que me inquieta é ver pessoas achando que o ano de 2016 foi ruim. Claro que foi, considerando que dividimos as coisas em um linha do tempo gradual. Mas eu sempre tento fugir disso, afinal, não faz tanto sentido pra mim pensar que é coisa do ano. Eu acredito, na verdade, que é uma fase, e que foi se intensificando com o passar do tempo.

É tudo uma fase que está longe de terminar. Este é um momento em que o velho (não necessariamente obsoleto) começa a se despedir, dando espaço o novo (não necessariamente bom). Ou seja, pessoas começam a morrer, poderes trocam de mão, a tecnologia avança e outras coisas como clima e superpopulação começam a fazer a diferença no planeta. As energias se renovam, sendo boas ou ruins.

Este ano talvez tenha sido uma prévia do que vamos enfrentar. O tempo vai, vez ou outra, dar uma trégua, mas tudo pode acontecer a qualquer momento, e a geração que nos tornamos vai dando espaço para outra, e outra. Assim, eu não sei muito o que dizer sobre isso, mas me preocupa um pouco. Muita coisa pra lidar, pouco tempo pra viver.

Bom, meus jovens, a máxima contínua a mesma: o ideal é fazer o que te faz bem de verdade, não machucar ninguém e...

...Carpe Diem.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Adaptação

Como é possível que a adaptação seja algo tão difícil de se escapar? É, parece que ela não é previsível, afinal. Fico me imaginando como se dariam outras pessoas no meus lugar: amigos, familiares ou conhecidos. Penso que alguns tornariam o que tenho em mãos em uma vida de sucesso e fartura e, que outros, morreriam de fome, definhando no fracasso. Acontece que ninguém está ou estará no meu lugar, por mais que haja empatia.

Neste momento a minha vida se resume eu trabalhar para pagar o essencial da vida capitalista. 60% cravado com contas relacionadas ao meu estilo de vida (despesas de moradia, transporte, saúde e comunicação), uns 30% totalmente revertidos em comida e o resto que ultrapassa os 10% (sim eu gasto mais do que ganho) em lazer. Não sobra para guardar, não sobra para viajar, não sobra para investir e não sobra ostentar. Mas acredite se quiser, eu sou feliz.

Como todos, eu tenho prioridades, então não estou reclamando. Mas o fato que me intriga é como eu sou afetado pela condição social da adaptação de um forma tão estranha, uma vez que com que, de forma alguma, eu duvide que exista algo divino por trás. Destes três anos e meio tendo que pagar todas as minhas contas eu estivem um par de meses desempregado ou ganhando pouquíssimo e eu sequer passei um dia de necessidade.

Tive muito medo muitos desses dias e sinto que me tornei uma pessoa mais fraca devido a pressão da vida adulta. Eu era muito mais corajoso quando adolescente, mas percebi que é fácil ser corajoso quando você acha que não tem muito a perder. A crise dos 25 mexeu profundamente comigo e a forma como me adaptei a tudo nestes últimos anos me fez descobrir mais sobre mim, coisas boas e ruins.

A adaptação é algo extremamente assustador, eu sinto as vezes que as coisas se organizam por si só a meu favor a medida que vou me adaptando com as situações. E as coisas que acontecem contra mim são coisas vindas de situações terceiras, quando se trata de sobreviver. Porém, em ambas circunstâncias as consequências dos meus atos prevalecem, mas eu não posso prever o que vem. Só que depois que vêm, eu sei se vou me arrepender ou agradecer, e isso não importa muito.

Quer dizer, agradecer importa muito, eu me sinto bem agradecendo e não me sinto culpado me arrependendo, muitos não agradecem, muitos não se arrependem, ou mentem. Eu me arrependo de muita coisa, tanta coisa podia ter sido diferente, mas será que seriam? O que continuaria acontecendo? e o que mudaria? Eu nunca vou saber. Agora, eu só tento agir de forma que eu não me arrependa futuramente, mas algumas coisas não consigo controlar.

Será que são esses acontecimentos, esses impulsos que não controlamos que definem o nosso destino? Será que ele é realmente uma ponte que construímos, ou a ponte já está construída? Perguntas demais. Hoje é domingo, tenha dó. Eu sei de uma coisa, eu descobri uma coisa: eu quero viver, viver o máximo que eu puder, e não chore ao ler este texto se eu já tiver ido embora sem ter vivido muito, o meu desejo é diferente da realidade em que vivo, assim como meu sonho em encontrar a pessoa amada que me ama tão igual de volta.

É por isso que eu aproveito cada dia melhor forma que posso, e aproveitar, pra mim, são coisas simples como subir num pé de amora e comer quantas eu puder, ou cozinhar para alguém especial, ou fazer alguém rir, ou ir ao cinema me arrepiar e chorar, abraçar, abraçar e abraçar e tantas outras coisas das quais eu gosto tanto e me tornam uma pessoa feliz e realizada. Escrever neste blog também é uma delas, espero que ele fique aqui por muito tempo depois que eu me for, isso é uma coisa que eu penso. Tem muito de mim aqui.

Mas chega de falar disso. Eu quero viver. Não só sobreviver. Eu quero muito ainda. E já que a adaptação faz parte disso: enjoy.

Carpe diem

domingo, 18 de dezembro de 2016

Meu presente antecipado

Bom, de acordo com as leis dos relacionamentos, sejam eles quais forem, invetadas por nós mesmos, digamos que eu já devia estar em outra, afinal, ficamos menos de um mês. Mas eu tento ser o diferentão então quero te presentear com algo que considero valioso pra mim: minhas palavras. Eu só queria te dizer que o mês de novembro foi um dos melhores meses para mim, por que você estava lá. Eu gostaria de vivê-lo mais vezes se possível, mas não posso. Então eu queria te agradecer.

Mas, antes de agradecer eu queria dizer que eu te entendo. talvez tudo não aconteceu pelos mesmos motivos que eu penso, mas quando eu tinha sua idade (isso soa tão estranho, eu sei), eu também estudava, trabalhava e estava na sua vibe. Eu não estou me enganando sobre nada, juro, eu só acho que talvez isso tenha ajudado na minha falha por conquistar você, assim como minha ansiedade.

Bom, eu quero agradecer, por que você meio que renovou minha convicção sobre gostar de alguém. Se passaram dois anos e visto que a vida é curta, dois anos é muito tempo sem ter um companheiro. Você foi esse companheiro, você estava presente no bom dia, boa tarde e boa noite. Você estava presente perguntado "que tá fazendo?" e você estava presente fisicamente sempre que podia.

Você estava presente de verdade, você preencheu aquele espacinho que eu tanto faço questão, você foi realmente um parceiro. Acho que isso tem haver com sua personalidade talvez, então parabéns por isso também. Você é uma ótima pessoa. Você me fez esquecer de coisas que eu não queria lembrar e me fez rir, e me mostrou umas coisas novas (você bem sabe o quê) e você me fez sentir desejado e cativado.

Em troca disso tudo, eu juro, eu estava tentando construir uma ponte até você. Afinal,"o destino é a ponte que você constrói até a pessoa amada". Sim, eu li isso no seu Facebook, mas faz um tempo já. Essas palavras, eu sempre acreditei nelas, depois de algumas experiências eu tomei por fé que nós podemos, sim, traçar um tipo de destino, e isso inclui a pessoa amada.

Enfim, no nosso 'fim' eu fiquei preocupado com algumas coisas e, de certo modo, fiquei chateado, sim. Mas o maior motivo que me move a escrever isso é o agradecimento e a eternização das palavras pra te agradecer por ter sido, pra mim, mais que amigo. Você foi um companheiro e eu desejo pra você tudo de melhor. Pode contar sempre comigo.

Feliz Natal

domingo, 11 de dezembro de 2016

Eu falei da banana

Não, hoje você não me encontra facilmente. Eu fugi das plataformas de amantes efêmeros. Eu estou extramente desapontado por ter me rendido anteriormente ao que parece ser um tipo de "supra minha necessidade agora, pois estou desesperado por atenção, pra suprir meu tesão e ter um segundo de paixão". Eu estou desapontado por chegarmos a tal ponto e eu, falho como sou, ser um dos seres humanos vítima de algo, a princípio, mais forte do que eu: o desejo.

Eu não sei equiparar com nada, o que sinto e o que passei nesses momentos vergonhosos e que causaram, há um tempo atrás, as maiores dores que já senti no peito e na alma. Sera algo como um vício, talvez, não sei. Algo que me põe em risco constantemente. Põe em risco tudo que eu construo, assim como um castelo moldado a mão, destruído pelas ondas do mar. É algo que eu tenho que reconstruir diariamente.

Mas vamos às bananas. Depois de comer minhas bananas diárias parece que melhorei, sim. As bananas somadas às minhas atividades diárias, distrações saudáveis, trabalhos e, claro, as atividades físicas também, têm feito com que eu não chegue a ponto de precisar de remédios tarja preta. Acontece que, estando melhor hoje, consigo enxergar a condição que me cerca. Dentre tantas, a que mais me traduz e que mais me espanta é o confronto entre viver só e acompanhado, não que eu tenha o poder de escolha sobre isso.

Acontece que enquanto estou só, pleno e feliz, e me vejo firmando independência sem a ajuda de um companheiro, eu acredito como única necessidade de tê-lo, a questão de dividir experiências, isso me parece ser essencial. Viver sem dividir experiências com um companheiro me dói a ponto de acreditar estar vivendo em vão. Aí parto para o amigos, família e amantes que não enxergam as experiências que você quer passar da forma que ela realmente é, com o seu valor real. Isso dói, mas não é culpa deles.

Por isso, quando digo que é um companheiro que me faz falta, é porque eu sei do que estou falando. Eu já tive alguns que mereceram este título. Porém, quando estou acompanhado ou mesmo quando vejo casais, tem certos momentos que aprecio melhor a solidão. Quando brigas sem sentido acontecem, quando é algo abusivo, ou algo por interesse pessoal, acho que isso é viver em vão, também.

Eu sei que vou encontrar o companheiro perfeito, eu sei que vou. E engana-se quem acha que sou exigente, ou que espero a pessoa perfeita. O correto, como eu disse, é sim o companheiro perfeito, que fará comigo, com que nós dois saibamos que não está sendo em vão o nosso valioso momento na terra. Que é tão efêmero quando estas transas encomendadas por aplicativos.

Eu acredito no romance que um companheiro pode me proporcionar. Não livre de dor, não livre de discussões, mas livre de maldade, de pobreza espiritual e, principalmente, livre de indiferença. Eu acredito no Amor. Continuo com minhas bananas e o resto. Funciona, acredite. Aliás, acreditar é essencial para a alma, quanto trabalhar é pra mente, e quanto banana é pro corpo.

Carpe Diem

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Despercebida

Parece que sinto que minha dor despercebida. Hoje não foi um dia fácil, talvez por que estou sem minhas bananas, mas amanhã vou comprar. O que sinto é que as pessoas não querem ouvir, só falar, falar, falar, e tem sido um farto ser o ouvinte, apenas o ouvinte. Tem maneira mais destrutiva de terminar um ano sem ao menos que ela tenha realmente terminado?

Minha dor esta despercebida, sim. Mas um desabafo no facebook não vai aliviar absolutamente nada, assim como um perfil no tinder não vai resolver minha necessidade de atenção, ou um elogio, ou até mesmo, quem diria, dinheiro. Eu estou exausto. Eu acordo todo dia cheio de esperanças e vou dormir com dor.

Espero que seja a falta de bananas. Meu antidepressivo natural. Minha cabeça está sobrecarregada e eu simplesmente não consigo raciocinar como eu queria. Eu infelizmente não sou tão inteligente quanto eu gostaria. Por que é que é tão difícil ser quem você é? Aceitar sua condição? Eu achei que fosse fácil, mas quando você está sozinho no mundo as coisas não são fáceis tanto quanto são incríveis.

Eu preciso dormir, agora. Minha dor esta despercebida, mas isso vai passar. Afinal, eu estou extremamente agradecido pelo que conquistei e insatisfeito no sentido de querer mais, em tão pouco tempo. Hoje foi só um dia difícil, e o amanhã segue na expectativa de sempre.

domingo, 4 de dezembro de 2016

5 meses

Hoje eu vou comemorar os 5 meses, SIM! Nós merecemos. Estamos há 5 meses juntos e lembro do dia em que começamos tudo e também o dia após. Sabe qual foi a primeira coisa que eu fiz quando acordei no dia seguinte? Fui correr no parque, rolei na grama, me ralei todo e até subi numa arvore, coisa que eu não fazia a, sei lá, uma década. Me senti vivo e cheio de energia, pensando em tudo que poderia dar certo, e está dando. 

Neste ano louco que foi 2016, nós nos arriscamos a fazer o que fizemos. Todos diziam que era loucura, que nunca fariam isso, mas eu fiz! Nós fizemos. Tudo bem que não podemos cantar vitória com tanto convencimento, por que amanhã pode ser tudo diferente, mas será que é tão errado assim vir a público agradecer por tudo estar dando certo? Tem sido dia após dia de luta, merecemos uma chance de mostrar isso pra quem nos conhece.

É difícil? É! Tem momentos que eu quero só sumir por causa daquelas discussões, daquelas falhas que possuo, você sabe, não somos perfeitos. Mas eu respiro fundo, espareço, tomo um chá gelado e me conforto: Você está indo bem e amanhã será melhor que hoje. Isso que eu venho fazendo nos meus últimos 5 meses com você que, é realmente, cumprir com o Carpe Diem. Eu sempre fui assim, mas com você tenho sido mais, e desejo ser mais a cada dia, só espero que saibamos aproveitar cada oportunidade para ver os frutos do nosso trabalho.

Acho que estas palavras são válidas para os nossos 5 meses, minha querida liberdade profissional!!!

sábado, 3 de dezembro de 2016

Marina Vó

Vó Marina,

Nunca vi um ser humano aceitar tão bem a sua realidade com tal serenidade. É algo incomum e que deve ser respeitado, sempre. Mas a senhora sabe que ninguém é perfeito, e nunca fugiu de dizer disso, só que, até na sua imperfeição, a gente vê amor e isso é indiscutível. Posso perguntar pra qualquer um dessa família e acredito que eles vão concordar comigo que a Dona Marina é um pilar pra nós, a única diferença no caso dessa metáfora, é que um pilar fica parado e a senhora não para quieta um minuto. Até o coração pediu e a Dona Marina parece que não entende.

Falando de família, a senhora percebe o quão grande a sua família já é? Eu, nesses 26 anos de vida que possuo, vi a família crescer e crescer cada vez mais (metade disso é responsabilidade do Joari e seus 37 filhos - brincadeira), mas é tudo muito bom, a união faz a força. Mas o que eu tava dizendo sobre ver a família crescer é que nesse tempo de vida nunca vi um ato sequer de violência entre nós, nunca vi ninguém cometer um crime e, nem mesmo, pessoas sem se falar, como tanto vemos por aí, e isso é consequência da educação que nos deu (o que não da pra controlar é fato, a teimosia e nervosismo dos seus filhos, mas isso já é genética, eu acho, não é possível).

Voltando à vó, como posso resumir em um texto apenas o quanto a senhora é importante pra nós. Esteve, sempre que pôde, presente quando precisamos. Sempre deu o ombro, o colo, o tempo e a atenção e, sem exagero, essas são as coisas mais valiosas que alguém pode dar para o outro. Isso nunca, jamais, será esquecido. Aliás, acho que demoramos até demais para dizer isso, antes tarde do que nunca. Resta agradecer agora, por que a senhora fez o sentido de Vó na minha vida valer a pena, e sei, sem dúvida nenhuma que fez o máximo que pôde por nós.

O amor que possuo é recíproco, eu sei. Só é diferente por que os tempos mudam, mas os sentimentos não. Os sentimentos, os bons sentimentos, serão sempre os mesmos, independente da época em que vivermos. Novamente, agradeço por cada minuto ao seu lado, Vó. E acredito que ainda teremos muito tempo para curtir juntos e em família.

Te amo e feliz natal!

Para minha vó, no dia 25 de dezembro de 2016.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Tchau novembro

É impossível pra mim, agora, escrever sobre tudo que estou sentindo. Mas eu preciso. Eu chorei e gritei pela primeira vez depois de tantos meses. Eu fiz o que a Claire ensinou. Eu me agarrei a todas as dores, sofrimentos e tristezas que pude com toda minha força e descarreguei tudo por quase cinco minutos de lágrimas e soluços. Eu precisava.

Eu não quero isso tudo dentro de mim. Está tudo indo bem, devagar e sempre. Parece que esta tudo indo como devia na minha vida, mas da porta pra fora parece que tudo sucumbe. É difícil assistir tudo sem poder fazer muito, quase nada na verdade. E isso reflete dentro de mim, como um todo do qual faço parte.

É isso, por hoje. Eu vou continuar me alimentando dos meu anti-depressivos naturais. Meus segredos, que funcionam tão bem. Eu vou continuar trabalhando tão duro quanto eu posso. Dizendo a todos que posso, o quanto os amo, por que sempre pode ser tarde demais. Acreditando em um futuro melhor. Por que apesar de saber que tá tudo difícil, eu sei que as coisas simples e do dia a dia, ainda são as coisas que nos fazem felizes.

CARPE DIEM

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O som do motor

Até hoje um dos sons que me deixa mais nostálgico é, sem dúvida alguma, o som do motor de uma camionete. Eu não gostava, de verdade, quando ouvia esse barulho, que vinha quase sempre ao anoitecer. Aquilo significava uma coisa: meu pai estava chegando. Isso era tipo "acabou a mordomia". Eu não conseguia ficar a vontade com meu pai em casa.

Voltando às memórias que possuo, dos lugares onde morei, eu vivi sempre a mesma rotina, era estudar cedo, chegar em casa, almoçar a melhor comida, que é a da minha mãe, dormir um sono bem gostoso, acordar e ficar no computador, ou estudar, ou ir pra rua, ou piscina, enfim, cada época da minha vida era uma coisa diferente, mas sempre a tarde, que eram maravilhosas.

Quando o sol ia se pondo, a hora da chegada do meu pai ia se aproximando, e sempre anunciada com o som do motor de uma camionete. O fato de ser desanimador era por que meu pai implicava com tudo, tudo mesmo. Se não tinha tomado banho, mandava ir, se demorava demais, reclamava, na hora da janta, até o jeito de por a comida no prato ou de pegar nos talheres era pauta pra discussão.

Ah, e meus os trejeitos, minha forma carinhosa de tratar minha mãe e tantas outras coisas. Era por isso que eu detestava aquele som. São poucas as lembranças que tenho de momentos felizes com meu pai, e eu as tenho com muito amor, pois foram momentos incríveis, meu pai era e é incrível. Só que não dá pra negar que o fato de ele sempre me tratar diferente (e ele dizia que com filho homem devia ser assim), marcou na minha vida.

O engraçado é que hoje, antes de sentir dentro de mim a vontade de escrever sobre isso, foi por que ouvi esse som. Ouvi esse som entrando pela janela do meu quarto no meu apartamento, no 9º andar, e isso doeu um pouco. Eu estou ótimo, obrigado. Mas se eu pudesse concretizar o que eu sinto neste momento, seria algo imenso, algo que eu me esconderia dentro e nunca mais sairia, por que é algo que eu nunca mais terei novamente, e isso dói.

Bom, é aquela coisa, sabemos que dias melhores virão, e sempre vem. Mas as coisas boas que passaram, devem ser aproveitadas com tudo, por nunca mais vão ser revividas. Eu sempre aproveitei muito, mas pra minha infância, eu voltaria se pudesse, sem pensar duas vezes. Só que, que se acontecesse, eu mudaria uma coisa: não ficaria tão incomodado com o som do motor.

Carpe Diem

terça-feira, 8 de novembro de 2016

50 fatos sobre mim

Cor favorita: Amarelo.

Número que gosto: 2

Bebida: Chá gelado.

Comida: Qualquer coisa feita com batatas ou mandioca e os bifes feitos pela minha mãe.

Filme cult: Brilho eterno de uma mente sem lembrança.

Atrizes: Jennifer Lawrence e Tatá Werneck.

Lugares pra voltar: Fazendas que gosto, meio do mato, interior de MT.

Lugares pra conhecer: Canadá, Alasca, Chile, Noruega, Rússia, Japão...

Um dia pra lembrar: Quando meu pai foi preso. Neste dia, quando cheguei todo feliz da faculdade e vi minha irmã e meu cunhado com as coisas dele, minha mãe chorando, achei que tivesse acontecido um acidente e ele morrido, mas quando descobri que tinha sido preso, em comparação com morrer, houve um alívio, e foram muitas sensações neste dia.

Música: Agnes Obel - Riverside


Doces: Pudim ou algodão doce.

Anormalidades: Tenho um umbigo vermelho e um ossinho extra no fêmur próximo ao joelho.

Sono: Eu durmo fácil e em qualquer lugar, e tive problemas pra dormir apenas uma vez, durante alguns meses por conta de uma doença, mas já passou.

Frase: A constância é contrária à natureza, contrária à vida. As únicas pessoas completamente constantes são os mortos - Aldous Huxley

Livro: Pássaros Feridos

Personagem: Erika Strange

Vontades: Saber mais sobre política e me exercitar mais.

Desejo: Me manter saudável até o último dia da minha vida.

Objetivos clichês: Casar, ter filhos e ter uma propriedade.

Série: HIMYM



Filme de terro: Rua Cloverfield, 10.

Defeitos: Não sei como ser fiel sexualmente, é uma das coisas contra qual mais luto e quero mudar.

Signo: Aquário, e eu amo isso.

Um segredo: Eu já menti no currículo.

Mania: Arrancar cabelos e pelos do corpo.

Meta profissional: Eu não sei como, mas quero ser um editor da BBC.

O que eu faria se me pagassem bem e me contratassem amanhã: Seria ator pornô.

Medos: Ultimamente tenho tido medo de morrer sozinho, de repente, sei lá. Mas, normalmente, só tenho medo de insetos grandes demais.

Escrever um livro: Eu quero, mas só se eu tiver uma boa história, mesmo.

Anime: NANA


Tempo: Amo chuva, mas prefiro sol, mas tem que estar frio. Queria conhecer a neve também.

Animais: Cavalos e cães, muito amor.

Feriado favorito: Páscoa, com certeza.

Paixão: Dirigir, é bom demais!!!

Filme comédia: Tudo pra ficar com ele.

Arrependimentos: Dos milhões que eu coleciono, óbvio que me arrependo de trair os namorados que tive e também me arrependo de algumas escolhas profissionais.

Por falar em colecionar: Moedas do mundo todo.

Letras favoritas: D, W e N (desde novinho eu gosto dessas pra caligrafar).

Estilo pra se vestir: O mais básico possível, liso e sem estampas.

Um das minhas cenas favoritas na TV brasileira: Em um dos capítulos de "Afinal, o que querem as mulheres?", o funeral de André.



Fé: Tenho muita, e está totalmente ligada a um ser superior, sim, meu Deus. Quero acreditar que seja eterno, sim. Também não quero que tudo acabe quando eu morrer.

Sobre a vida aos 25: Está do jeito que pedi pro universo, não moro só, mas é como se fosse só, fico sozinho e faço tudo que gosto, mas ao mesmo tempo tenho companhia quando preciso.

O que mudaria na vida: Se fosse possível, apenas uma maneira de ganhar muito mais dinheiro sem aumentar tanto as responsabilidades e o estilo de vida que levo atualmente.

Partes favoritas do corpo: Minha bolas e meus olhos.

O que eu mais peço: Saúde física e mental.

O que não gosto: De ficar com fome. Sai de perto, perigo.

Sobre eu ser: Muito decidido e organizado, de um modo muito prático e eficiente.

Sobre não saber: Não consigo achar um dia que seja o mais feliz da minha vida até hoje. Não sei se nunca fui tão feliz em um dia a ponto de ficar marcado em minha mente, ou se sou feliz demais para ter um dia apenas pra lembrar. Acho que é a segunda afirmação.

O que eu nunca faria: Além de não cometer crimes contra pessoas, acho que eu também não seria garoto de programa (não dá, cara, cobrar dinheiro pra sexo e transar com pessoas estranhas que não fazem o seu tipo) e nem apresentador de televisão (preguiça de fazer fonoaudiologia e de forçar a barra com o querido telespectador). 

Sonhos: Conhecer muito do mundo, conhecer de verdade (pessoas, alimentos, segredos, lugares, animais, cheiros, hábitos, costumes etc) e ser um bom humano.

domingo, 6 de novembro de 2016

Sítio além do pingo d'água

Uma vez meu pai comprou um paraíso
Ficava no fim do fim do pingo d'agua
Quem cuidou de lá foi a Neide e o Zico
Pra uma criança, parecia a terra encantada

Nos dias em que acampei ou fiquei por lá
Histórias e lendas incríveis a Neide Contava
Do resto, onde sumia a vista o Zico cuidava

Era muito verde, muita água, pra beber e nadar
Dava também, de vez em quando, até pra pescar
Era bom pra criar porcos, cães e galinhas
Talvez, com muita vontade, até uma vaquinha

E lembro que lá era também o ponto final
Da estrada, casas e do ônibus escolar rural
Um dia voltei neste ônibus com as crianças
Eles acordavam às cinco cheios de esperança

Desculpem a rima pobre, mas é a verdade
Nunca vi crianças tão simples e felizes
Acordando tão cedo e rindo com vontade

O veículo atravessava valas enormes de lama,
E em rotatividade alguns garotos abriam porteiras
Eram mais de trinta quilômetros até a área urbana

Chegamos na cidade, eu desci e fui pra casa
Os outros, sujos e alguns com fome, à escola
Lembro disso, sempre que minha memória cria asa

Já passei e vi tanta coisa, e ainda quero mais
Só que que pra rumo final de minha vida
Um sítio de paraíso daquele "tá bom por demais"




domingo, 30 de outubro de 2016

Depois de achar você

Depois de ter você
Pra que querer saber
Que horas são?

Se é noite ou faz calor
Se estamos no verão
Se o sol virá ou não
Ou pra que é que serve
Uma canção como essa?

Depois de ter você
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas
Pra que amendoeiras mangueiras pelas ruas?
Para que servem as ruas?
Depois de ter você...

...Eu nunca tive!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ancorando. Ou não. Ou sim.

Eu acho que os meus dias de blogueiro anônimos estão chegando ao fim. Parece que, finalmente, eu achei uma atividade que me deixe tão ocupado a ponto de não sobrar tempo pro ócio. Isso é bom, isso é ótimo e talvez, um pouco estranho. Mas acho que não vou deixar de escrever aqui, não, já virou hábito.

O engraçado é que tudo que eu pedi (com exceção das coisas materiais) parece estar tomando forma, parece que está acontecendo. É cedo demais para ter certeza, eu eu desconfio sempre, porém não deixo de agradecer um dia sequer.

Nos últimos dias eu pude confirmar, ao menos, de que eu estou indo para o caminho certo, olhando de longe, naquela visão geral. Mesmo sabendo que, de perto, em certos pontos, parece que não vou melhorar nunca, mas não me preocupo, eu tenho esperança. Mas sofro um pouquinho.

Outra coisa interessante sobre o que tem acontecido, é a certeza de não troco a minha humilde qualidade de vida, por economia nenhuma. Eu paguei muito caro em dinheiro e em consequências para chegar onde estou. Eu errei pra caramba, sofri e fiz sofrerem e, ainda sim, acredite, eu consigo me taxar de feliz.

Eu não posso nem dizer o quanto de coisa que eu quero ainda falta. Não gosto nem de pensar que pode ser capaz de eu não ter tudo que eu quero, mesmo sendo pouca coisa perto de quem tem grana ou condições. Mas, sim, eu sou feliz e grato por tudo que consegui.

Trazer, aos poucos, me faz dar um valor maior a conquista. E não sei se, eu pudesse escolher, se eu optaria por ter tudo fácil. Não sabendo como é bom o gosto de conseguir as coisas com o próprio esforço.

Deus, meu Deus, você sabe mais do que ninguém o quanto eu preciso melhorar antes de me despedir definitivamente. Eu só espero que isso seja possível, se o acaso deixar. Por que eu tenho muito, mas muito mesmo, trabalho a fazer.

Eu preciso saber, agora, em que fases me ancorar e, em que fases, me deixar ir. Preciso entender o que fazer e compreender, definitivamente, quem sou, também.

Carpe Diem

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Só queria contar um pedaço da minha história só. Pra desabafar sobre algo que acho que poucos contam. Eu vivi uma ascensão e uma queda na vida. Os meus primeiros anos foram parecidos com aquele que muitos contam: simples, sofridos e humildes. Mas graças a Deus e ao trabalho de minha mãe e meu pai, consegui ter uma infância e adolescência rica. Rica de educação, criação e bens materiais também. Lembro demais de como meu pai trabalhou e conseguiu montar uma base tão bem estruturada para que a nossa família crescesse junta e, mesmo com as grandes falhas dele, eu fui muito bem preparado pra ser uma pessoa de bem. Essa parte da história é linda, é tão bom falar de boca cheia que eu nunca passei necessidade nenhuma nessa época, meu pai e minha mãe fizeram um grande trabalho, e eu respeito muito. Porém, sempre tem um porém, depois dos meus 16, 17 percebi meu pai fazendo escolhas que estavam custando caro pra família, isso nos afetou profundamente. Nos anos seguintes, perdemos todos os bens materiais que tínhamos conquistado. Mas aquela velha história, tudo que aprendemos, ficou dentro de nós. E aí que entrei na faculdade aos trancos e barrancos, trabalhei durante o dia, estudava durante a noite e acredito que isso tenha sido uma das melhores coisas que eu tive que fazer, eu fui forte. Depois de me formar, eu não sei com que coragem, eu não lembro de como enfrentei isso, mas decidi me mudar de cidade sem garantia de algo fosse dar certo. Então eu me mudei, e trabalhei e me demiti e trabalhei e fui demitido e trabalhei e não recebi e trabalhei e me demiti novamente, tudo isso por que eu estava procurando as condições perfeitas. Mas aí hoje, voltando pra casa de uma reunião, pegando ônibus num sol escaldante, eu percebi que acho que as condições perfeitas nunca vão existir. Por que, quem teve que começar tudo do zero como eu (imagina quem começa no negativo), sem carro da família, sem mesada do pai, sem alguém pra te indicar pra um emprego dos sonhos, tudo vai ser difícil e eu já devia estar acostumado. Bom, é isso que acho que não contam, que você tem que ralar muito, mas muito mesmo. E eu acho que ser criança era a condição perfeita, e sou grato por ter tido a minha mais perfeita possível. Agora é só ralar, pra poder comer, e eu como muito. E pagar contas, boletos que saem não sei da onde. E aí você tem ansiedade, depressão, gripe, câncer, as pessoas morrem no andar de cima, são vítimas a todo momento, você é assaltado, assiste passivo às corrupções diárias debaixo do seu nariz e lá no congresso, e aí você trabalha, e vive, pra tentar ser feliz e ainda consegue. E eu ainda consigo ser feliz, acredita? Só queria dizer que tenho esperança só.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Desistir

Desistir nunca pareceu uma opção. Afinal, do que é que eu vou desistir, me fale?! De viver? Isso é suicídio, pelo amor de Deus. Desistir, desistir, desistir... Essa palavra só me faz pensar em quando meu pai dizia que "o resignado trabalha dobrado". Gente, desistir de um trabalho e, na pior das hipóteses, viver na rua, daria muito mais trabalho, é ou não é? Desistir de um título implica no trabalho dobrado! Desistir de alguém que você ama, te faz incompleto. Tudo isso a longo prazo.
Jamais irão me convencer de que desistir da menos trabalho do que persistir e resistir.

A cada segundo em que eu penso em desistir, e penso nisso todo dia, eu olho para trás e penso que seria tudo em vão. Todos os erros que cometi, todas vitórias que consegui, todas pessoas que motivei, cativei, conquistei, todo estudo, tempo e o pouco dinheiro investidos. Desistir para quê?!

Que fique claro, óbvio, que eu, quem escrevo aqui, não tenho mais crédito nenhum, nem com amores, nem com bancos, nada. Meus créditos acabaram. Não tenho fundos de garantia, pais que possam me bancar, nada. Sou eu por eu e eu mesmo. Então, a cada manhã, e eu agradeço muito por isso, acordo disposto a fazer com que o dia seja melhor que o anterior. Afinal, por mais ignorante que eu seja, eu sei bem quão livre sou dentro dessa prisão que é o sistema. 

E sei além de tudo, e muito mais, que dentro da minha cabeça, no meu corpo e minha alma, quem manda sou eu, quem sente sou eu. Sou feliz e triste, e sinto muito. Os dias estão mais difíceis do que nunca, ao mesmo tempo que melhores do que nunca, e desistir não parece uma opção!

domingo, 18 de setembro de 2016

Uma visão sobre uma visão

Eu penso que já desisti de entender o porquê de alguns sentimentos ou acontecimentos serem cíclicos, bons ou ruins, vem e vão. Admito que queria poder ter mais controle sobre isso. Ontem, por exemplo, eu estava fisicamente psicologicamente abalado, foram acontecimentos e escolhas ruins, um atrás do outro, que me fizeram sentir uma pessoa sem firmeza, desestruturada, mas como eu disse, coisas vem e vão.

Hoje, apesar de ainda estar me sentindo mal fisicamente, com dores e sensações ruins, psicologicamente parece que encontrei paz, não é nada anormal, essa paz eu encontro diversas vezes, quando estou bem comigo mesmo, quando me sinto valorizado, quando pensar positivo traz um esperança real de coisas boas. De qualquer modo, essa paz não tira da minha cabeça que existe algo de errado comigo, mas sei que é algo que posso consertar, é só aquela sensação de que não estar tudo 100%, e nem deve, agora.

Isso também passa.

Pelo menos eu sei que, independente de pra onde estes sentimentos e sensações estejam me levando, eu confio, eu estou totalmente confiante. Eu estou falando sério a respeito do meu destino, que não é nada mais nada menos, que a soma das minhas escolhas falhas e certas. Eu só não quero sofrer demais e continuar independente. No mais, continuo navegando sem direção e aportando, vez ou outra, onde manda o coração.

Carpe Diem

sábado, 10 de setembro de 2016

Equilíbrio

Talvez a palavra de todos os tempos seja o equilíbrio. Esta palavra, ou melhor, o significado que ela traz, revela tudo que precisamos. É necessário um equilíbrio ao lidar com as o que nos rodeia, desde necessidades fisiológicas como a alimentação, à coisas inexplicáveis, tais quais vem do nosso interior e nossas ações, o modo de agir, escolher.

É importante dar exemplos, mas não esquecer que isso pode ser uma verdade universal. O equilíbrio deve estar em tudo. Nada que traga pouco demais ou em exagero parece ser uma boa ideia. Os exemplos que se encaixam, que podem servir: É preciso que você se ponha no lugar das pessoas, seja empático, mas, ao mesmo tempo, não pode sequer pensar em compará-la a você.

Cada um possui o dom de escolhas diferentes, cada um tem seus próprios pesos e medidas e é isso que faz com que soframos as consequências de nossas ações, boas ou ruins. Não há muito o que falar sobre isso a não ser que seja pra escrever um livro, pois a palavra equilíbrio deveria ser levada em consideração para sempre dentro de nós.

"Tudo que tem um começo, tem um fim. Faça as pazes com isso e você ficará bem." - Buda

Tá vendo? Equilíbrio!

Carpe Diem

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Pássaro 'quebrado'

Clipped wings, I was a broken thing
Had a voice, had a voice but I could not sing
You'd worn me down
I struggled on the ground
So lost, the line had been crossed
Had a voice, had a voice but I could not talk
You held me down
I struggle to fly now

But there's a scream inside we all try to hide

We hold on so tight, we cannot deny
Eats us alive, oh it eats us alive
Yes, there's a scream inside we all try to hide
We hold on so tight, but I don't wanna die, no
I don't wanna die

And I don't care if I sing off key

I find myself in my melodies
I sing for love, I sing for me
I'll shout it out like a bird set free
No I don't care if I sing off key
I find myself in my melodies
I sing for love, I sing for me
I'll shout it out like a bird set free

Now I fly, hit the high notes

I have a voice, have a voice, hear me roar tonight
You held me down
But I fought back loud

I sing for love, I sing for me

I'll shout it out like a bird set free

SIA

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Física quântica e o dia de hoje

Chegou ao fim, o dia, o mês de agosto e o mandato da presidente eleita democraticamente, Dilma Roussef. É engraçado como este último fato chegou ao meus olhos: Eu passei um dia comum, agradável e envergonhadamente distraído de toda essa bagunça, fazendo tudo que precisava fazer em casa. Mas, após minha caminhada diária de fim de tarde, chego, olho a time line do meu Facebook, e quase todos meus 'amigos' lá estavam se manifestando contra o golpe.

A questão nisso, mais precisamente envolvendo a física quântica, é como este acontecimento pode se tornar assustador diante de uma visão ampliada, e medíocre se lembrar que independente de presidente, nossas escolhas diárias é que fazem a verdadeira mudança. É difícil tocar nesse assunto, o que faço aqui neste texto é tentar misturar o mais óbvio golpe com algo totalmente complexo que eu não faço ideia do que realmente é, apenas imagino.

Vamos lá, resumindo, o fato está ocorrendo por que está sendo observado, está sendo obviamente feito. Temos uma eleição que elegeu uma presidente pela maioridade dos votos, e um impeachment que aconteceu pela vontade e astúcia de 'representantes' do povo na capital do país. Não poderia ser mais claro. Mas o ponto, o grande ponto, é o que alguém que é a favor ou contra deste fato histórico pode fazer a partir de agora.

Não é mais um estado de superposição, agora trata-se da probabilidade ter sido destruída pela ignorância. Novamente, é difícil escrever sobre isso, pois me sinto tão ignorante quanto os milhões desinformados pelo que aconteceu hoje. Bem, o fato é que não dá pra fugir de que pensamentos e ações criaram esta realidade, e agora depende de nós sofrer ou não as consequências. Já aconteceu. É isso, e apenas isso.

Eu não posso falar pelos outros, apenas por mim, afinal eu só controlo meu corpo (minhas células, para quem entendeu um pouquinho o que eu quis dizer). Mas, de qualquer modo, é tudo energia, e tudo é muito maior do que imaginamos. É tudo baseado em como observamos, como fazemos, como pensamos e, principalmente, como agimos diante de tudo isso.

Talvez eu não esteja vivo quando isso fizer sentindo pra todos os sere humanos (O Golpe e a Física Quântica). Mas eu fico mais tranquilo, e não menos assustado, por ter uma noção, mesmo que micro, disto.

CARPE DIEM

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Strangers At Our Doors

“Numa flagrante violação da intenção e das promessas modernas de substituir as incertezas do destino por uma ordem coerente das coisas, sem ambiguidades, orientada por princípios morais de justiça e responsabilidade – assegurando assim uma correspondência estrita entre as aflições dos humanos e suas opções comportamentais –, os humanos hoje veem-se expostos a uma sociedade repleta de riscos, mas vazia de certezas e garantias. A primeira causa é a transcendental ‘individualização’, codinome dos que representam para a imaginada insistência da ‘sociedade’ em subsidiar a tarefa de resolver os problemas gerados pela incerteza existencial com recursos eminentemente inadequados exigidos dos próprios indivíduos. (...) Como Byung-Chul Han sugere, nossa ‘sociedade de desempenho’ se especializou numa mudança no campo da manufatura e no expurgo de ‘depressivos e desajustados’. Eles são simultaneamente vítimas e cúmplices do seu fracasso e da depressão que ao mesmo tempo é causa e consequência. (...) Com os poderes do alto lavando as mãos e rejeitando seu dever de tornar a vida das pessoas suportável, as incertezas da existência humana são privatizadas, a responsabilidade para enfrentá-las tem de ser arcada pelo frágil indivíduo, enquanto as opressões e calamidades existenciais são descartadas como tarefas tipo ‘faça você mesmo’ a serem executadas pelo indivíduo que padece. (...) Para o indivíduo que se vê abandonado e desalojado com a retirada do Estado, a ‘individualização’ pressagia uma nova precariedade da condição existencial: uma situação ruim que se torna cada vez pior.”

Mais claro pra hoje, ultimamente e, quem sabe, sempre, impossível!

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dor e febre

Uma frase incrível virou meme: "Manhãs são feitas para café e contemplação". E não é isso, e apenas isso, que eu faço quando acordo aos finais de semana? Ou quando preciso sair e prefiro sempre, sem sombra de dúvidas caminhar até o meu destino enquanto tenho meu 'café' em minhas mãos? É isso!

Sabe isso me faz pensar e refletir cada vez mais que eu preciso, definitivamente, ser menos urgente. Posso dizer que estou tentando... quer dizer, não, não posso. O objetivo é conseguir e não tentar. Eu preciso ser menos urgente, emergente e menos ansioso.

O medo, que eu nem tinha antes, de nada, agora tomou a forma mais abstrata que conheço. O de acabar, como ser humano de carne e osso sem ter as coisas que desejo. Mas é contra este medo que preciso lutar, e não correr como louco achando que vou conseguir tudo que quero.

Estou mais calmo hoje, mas ontem, depois das dores e febre, fiquei desesperado. Doente, de novo? Vai ficar tudo bem. É que as vezes você só quer ter alguém que fique quieto ao seu lado tomando 'café' e contemplando as manhãs.

Carpe Diem

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O corpo em vida

O corpo em vida é o feito mais incrível
O que se sente nele e por ele é intransferível
Puro mistério e ao mesmo tempo tão evidente
E pra nosso azar, tem validade, é decadente

O corpo em vida tem um coração que não para jamais
Fluídos que percorrem sem cansar nossos órgãos vitais
Um encéfalo e uma visão que, enquanto respiramos, não cedem
Sonhos que temos e não sabemos da onde procedem

São tantos detalhes, que muitos chamam de universo
E por que não seria, se nele cabe tanta vida?

O corpo que está vivo também possuí tudo que precisamos
Se fornecemos o combustível que escolhemos e nos damos

Meu corpo em vida, por exemplo, é decidido por alguém
Pensa todo dia e noite, e se alimenta até pelo desdém

Meu corpo em vida, está em frenesi, loucamente apaixonado
Por alguém que não devia, e se definia mal amado

Meu corpo em vida, além de tudo, tem forças de sobra
Ama quase em silêncio, e faz de tudo pra concluir sua obra

O corpo em vida, dado seu coração incansado
Órgãos vitais firmes e seu encéfalo imensurado
faz o que quer fazer, mas no fundo, só quer ser amado

Nathan Sampaio

sexta-feira, 29 de julho de 2016

All for the best

Quando você se sentir triste, ou sob uma maldição
Sua vida é ruim, suas perspectivas são piores
Sua esposa está suspirando, chorando
E sua oliveira está morrendo
Templos estão envelhecendo, e os seus dentes deteriorando
Os credores pesando sua bolsa
Seu humor e seu robe, são ambos um azul profundo
Você aposta que aquele trabalho não tem nada pra você...

Não se esqueça que ao chegar no céu você será abençoado
Sim, é tudo para o melhor...

Alguns homens nascem para viver à vontade, fazer o que quiserem,
Mais rica do que as abelhas estão com seu mel
Nunca envelhecem, não sentem frio
Puxam potes de ouro a partir do ar
Os melhores em cada cidade, melhor em extorquir
Melhor em fazer montanhas de dinheiro
Mas eles não podem levá-la com eles, o que importa então?
Eles obtém o centro de tudo, almofadas no assento
Casas na rua onde faz um dia ensolarado
Verões no mar, invernos quentes e incríveis
Tudo isso e ficamos com o resto
Mas para quem é a terra? O sol e a areia?
Você adivinhou! É tudo para o melhor ...

Não se esqueça que quando você chegar ao céu você será aquele abençoado!
Sim, é tudo para o... (seus erros serem reparados)
Sim, é tudo para o... (não se angustie)
Sim, é tudo para o... (alguém que é oprimido!)
Sim, é tudo para o melhor!!!


sábado, 23 de julho de 2016

Minha âncora

Significado por significado, uma âncora é um instrumento náutico pesado que ajuda barcos e navios a se fixarem temporariamente em uma posição desejada.

Meu senso estético fez com que eu escolhesse âncora para ser tatuada em minha costela esquerda, por ser um objeto relacionado ao oceano, a atividade pesqueira, a marinha pois são coisas que eu gosto muito.

Significados superficiais a parte, existem também os sentidos mais profundos que me ajudaram a definir algo que ficará comigo até que meu corpo desencarne. 

 A âncora também pode representar, de modo simbólico, a determinação de resistir a qualquer tipo de situação, já que é um objeto que se recusa a se mover, independente da força da água que está sobre ele.

Positividade, resiliência e coragem através de capacidade de enfrentar situações adversas, eu busco disso o máximo que posso. Ainda associada a resiliência, busco uma maneira de representar a fé e esperança que em mim habita.

Outro tipo de simbologia que encontrei no significado foi a representação da gratidão para pessoas que participam diretamente de sua vida ou que são vitais para te manter “no chão”, mantendo o equilíbrio e a estabilidade. Normalmente ligada com a família ou com a amizades.

Além de tudo, achei algo historicamente representado pela âncora: o sacrifício, o respeito pela perda, ou a força para enfrentar desafios.



Sou o marinheiro do meu ser. Sou o capitão da minha alma.


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sentir vida

Uma das perguntas que eu mais faço hoje em dia é, por que tanta coisa no mundo criado por nós não faz sentido? A questão gera uma verdade inconsequente e variável: sentir vivo dói. E se sentir vivo, parece que é para poucos, porque está acima de todos os portos seguros que você ou eu já construímos em torno de nós até agora.

Visivelmente, sentir vivo, é o contrário daquilo que é viver anos a fio fazendo algo induzido pelo sistema, ou estagnado cometendo os mesmos erros, ou trabalhando para uma empresa ganhando um salário medíocre e fazendo coisas como se alimentar mal, reclamar e odiar.

Sentir vida é libertar-se de todas as algemas que nos circulam, o que aos olhos de qualquer outra pessoa é uma dádivas ou extrema loucura. As horas passam, e a vida que se finge adorar, por que traz status construídos e relacionamentos superficiais, passa mais rápido ainda.

Todos os outros pequenos detalhes do dia a dia, são o ápice. O que para uns é um reinado, para quem vive, não traz meras sensações. Por isso me pergunto tanto quando nada mais faz sentido. Talvez o sentido esteja em simplesmente tentar ser quem você realmente é, descartando todas as coisas ruins, claro. Apenas as boas.

Acho que ser quem realmente somos faz parte do verdadeiro processo de libertação. Se tivermos forças o suficiente para esse pequeno passo, que já nos faz sentir a dor de viver, talvez possamos ir compreendendo um pouco melhor, qual o sentido das outras coisas.

sábado, 16 de julho de 2016

Como eu sinto, como creio

Na real, parece que eu estou dentro de uma bolha e, lá, cresço, cresço sem parar, todos os dias, fazendo com que o espaço fique cada vez menor, com menos ar, menos vida. A impressão que dá é que a qualquer hora eu vou ocupar todo o espaço existente nessa redoma e eu não tenho certeza que ela irá romper.

Eu sinto que a cada fase pela qual passo me sinto tanto mais forte quanto vulnerável, como se minha força fosse proporcional ao meu calcanhar de aquiles. Ou seja, estou protegido, mas não totalmente. É como se toda a potência em mim depositada não fosse páreo para certas coisas, que poderiam me derrubar num sopro.

Eu e minha estranha capacidade de ser resistente para situações absurdas e frágil para situações costumeiras.

Onde esta o sentido para tal, eu já não sei. Sei apenas do que digo e repito incansavelmente aqui na internet, nas minhas orações, na minha alma: a esperança que eu tenho é maior e mais firme do que o medo de padecer quando a bolha não for mais capaz de me suportar. Porque o que eu sinto é diferente do que creio.




sexta-feira, 15 de julho de 2016

Em paz, feliz e amando

Eu não tenho a pretensão de ser porra nenhuma. Eu não tenho a ambição de ter tudo, eu não terei tudo, eu não serei alguém tão importante quanto outro. Mas eu tenho claro, em meu coração, que eu serei a pessoa mais grata que já pisou nessa terra. Isso porque é óbvio pra mim que eu preciso lutar por isso.

E eu gosto sim de bens materiais e comida, muito mesmo. As vezes gosto mais de bens materiais e de comer do que viajar ou investir meu dinheiro em outras coisas, é por essas coisas, na maioria das vezes, que eu agradeço. Me sinto bem assim, mas sei que falta outra coisa. Outras coisas.

Eu preciso muito de outras coisas que eu não tive acesso ainda. Eu preciso de outros 'alguéns' que eu não conheci ainda. Eu preciso urgentemente ser amado como eu tento amar cada um que está comigo. 

Eu preciso ser amado da melhor forma possível, forma que se encaixa em abraços apertados e intermináveis, conversas mais silenciosas possíveis, passeios calmos, mais comida e um bucado de outras coisas.

É tão claro pra mim. Eu sinto em cada parte do meu corpo, também, que o toque alheio me faz bem. É tão certo pra mim, senhor, que o pensamento positivo me leva além, me tira da dor.

Eu vou conseguir, ainda, ultrapassar todos os obstáculos, para, então, poder estar em paz, mas nunca constante. Feliz, mas nunca estagnado. Amando, mas nunca sofrendo.

Carpe Diem

terça-feira, 12 de julho de 2016

Perseverança

Sempre sou quem ama demais
Quem chora demais
Quase sempre vejo o sol nascer
Eu me arriscdo demais e erro pouco mais
Faço o que quero fazer
Sou eu que aceito as pessoas como elas são
Sei da alegria e a dor que trago no coração

O acaso tenta me proteger
Mas não consigo andar distraído

Eu realmente devia ter complicado menos,
E tento trabalhar menos
Eu SEMPRE vejo o sol se pôr
Faço o que posso pra me importar menos
com problemas pequenos
E, talvez, morrer de amor

Busco aceitar a vida como ela é
Sei da minha alegria e aceito a tristeza que vier

Epitáfio diferente

terça-feira, 5 de julho de 2016

Mutante

Juro que não vai doer
Se um dia eu roubar
O seu anel de brilhantes
Afinal de contas
Dei meu coração
E você pôs na estante
Como um troféu
No meio da bugiganga
Você me deixou no canto
Ai de mim que sou romântico

Quando eu me sinto
Um pouco rejeitado
Me dá um nó na garganta
Choro até secar a alma
De toda mágoa
Depois eu passo pra outra

Como um mutante
No fundo sempre sozinho
Seguindo o meu caminho
Ai de mim que sou romântico

Pena que você não me quis
Não me suicidei por um triz
Ai de mim que sou assim...

Daniela Mercury

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Inversão de papéis

Joy Mangano, Emma Morley e Louisa Clark. Dizer o que essas mulheres tem em comum é muito fácil: São personagens sem um tostão no bolso e interpretadas por atrizes de sucesso. Elas protagonizam suas tramas e mostram ter uma personalidade forte diante de uma vida dura, cheia de problemas. Mas não é delas, apenas, que eu quero falar, é do conjunto da obra e, como diz o título, da inversão de papéis que a vida traz em contraste com o cinema em casos como esses.

Engraçado que, quanto mais eu assisto histórias como as dessas garotas, menos tento acreditar em uma vida cinematográfica. Mas está errado, eu não posso parar de acreditar e de me inspirar em histórias reais ou não, que se transformaram em filmes, apenas porque, em menos de duas horas, temos um final feliz. Está claro em cada cena, cada tomada, cada fala, uma história foi resumida pra te fazer crer que um final feliz é possível, e pra arrecadar capital também, claro.

É preciso acreditar que depois de luta, esforço e sacrifício venham recompensas. Não há mal nenhum nisso. Imagina, deixar de sonhar, deixar de pensar que finais felizes existem apenas por que coisas como o cinema são subestimadas. Foi por isso que escolhi essas personagens, por que o final feliz delas não é tão óbvio, nem clichê. Mesmo que fosse.

É o que eu disse, quando falei da inversão de papéis, é ver como as histórias giram em torno de uma realidade cruel, uma realidade trituradora de carne e alma. Uma história real ou baseada no que pessoas vivem constantemente, mas interpretadas por pessoas que não vivem mais este tipo de vida. Acho irônico, mas gosto muito das atrizes. E me sinto honrado por elas interpretarem histórias que vivemos diariamente ou, que talvez, elas mesmas já tenham vivido em algum momento da sua vida.

Nossa história não é um filme, eu sei. Mas os filmes são a nossa história. Então, são apenas uma versão micro, pra mostrar que até no fim, sim, aquele fim, poderemos ser felizes e realizarmos coisas pelas quais teremos orgulho de ter vivido.


segunda-feira, 27 de junho de 2016

É pura enganação/Pássaros Feridos

O que me prende a ele, é o que o prende a mim
São três palavras que, do fundo, eu quero fim
Ego, vaidade e carência, por dizer assim
Pois, se foi amor um dia, esse dia jaz enfim...

O fato é que dizer não parece impossível,
É negar a felicidade passageira e indiscutível,
É contraditório, é impulsivo. É terrível
É punitivo, é sofrido. É incrível

Quando está, o que peço é que dure
Quando acaba, não recorro à ação
Não trago mais promessas pra que jure
Por que sei que tudo, é por pura enganação

Nathan Sampaio

--'--'--

Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descança quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E morrendo, sublima a própria agonia e despende um canto mais belo que o da cotovia ou do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mais o mundo inteiro para para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire a custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda.

"Pássaros Feridos"

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Give me a shot

I am sorry for everything
Everything I've done

Am I out of touch?
Am I out of my place?
When I keep saying
That I'm looking for an empty space

Oh I'm wishing you were here
But I'm wishing you were gone
I can't have you
And I'm only gonna do you wrong
Oh I'm gonna mess this up
Oh this is just my luck
Over and over and over again

I'm sorry for everything
Oh everything I've done
From the second that I was born
It seems I had a loaded gun
And then I shot shot shot a hole through
Everything I loved
I shot a hole through
Every single thing that I loved

Oh I'm wishing I had what I'd taken for granted
I can't help you when I'm only gonna do you wrong

Oh I'm gonna mess this up
Oh this is just my luck
Over and over and over again

In the mean time
We let it go
At the road side that we used to know
We can let this drift away
Oh we let this drift away
At the bayside where you used to show
In the moonlight where we let it go
We can let this drift away
Oh we let this drift away

And there's always time to change your mind
Oh there's always time to change your mind
Oh love
Can you hear me?
Oh let it drift away

I'm sorry for everything
Oh everything I've done

Imagine Dragons

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Sociedade vs saciedade

Tenho um sonho. Um sonho de ser pai. Porém, vamos fundo nessa aspiração. Minha vontade de ser pai faz parte da minha vontade de possuir um ser humano, mas calma, deixem me explicar. Tenho vontade sim de ter um ser humano, coloca-lo no mundo para educar e dar amor da melhor forma possível, acreditando que ele fará um bom trabalho durante e depois de eu partir e, quem sabe, continuar repassando isso para seus filhos.

Em um momento como esse, de refletir sobre tais coisas, eu sempre penso em tudo, ou tento, e foi aí que eu me toquei que eu poderia fazer isso sem necessariamente gerar um filho, ou adotar, obviamente. Digo, ser algo como um professor, mas é mais forte do que isso. Eu peço desculpa por não saber usar em palavras exatas, alongando assim, o meu discurso. O que eu quero dizer é que eu sei que eu tenho algo bom pra deixar aqui na terra e eu não queria perder a oportunidade de dizer isso, nem mais um dia.

Eu quero deixar meus defeitos e intemperança de lado, pedir que façam o mesmo, e dizer, para todos que leem este texto agora, que é preciso ir mais fundo do que se tem ido. Eu quero dizer para deixarem o ódio de lado, e eu não estou falando apenas com os preconceituosos, fascistas e conservadores. Eu estou falando com você, que é minoria, que sofre, que é injustiçado e devolve isso para o planeta em forma de ódio.

Para que entendam melhor: Ter ódio do opressor, faz com que o ciclo nunca termine. Compartilhar mensagens de repúdio utilizando palavras violentas e desonrosas como muito de nós fazemos contra quem nos atinge, faz com que isso nunca termine. Eu sei que vocês estão cansados. Desafortunados, negros, homossexuais, mulheres e os demais onde eu também me encaixo. Mas a mensagem, a meu ver, nunca fica clara quando você manda o opressor se foder.

Por favor, a minha mensagem é a mais simples que um ser humano pode dar: Pare de ter ódio, agora! Pare de discutir com argumentos que ofendam (apenas por que seu interlocutor é opressor), agora! Devolva em amor, caridade e bondade todo tapa que lhe atinge. Eu sei que não é fácil, mas eu espero ajudar com estas palavras. 

Eu tento, todo dia, começando pelas pessoas que me acompanham e depois, pela internet, ser uma pessoa melhor, apenas não ofendendo ninguém, mesmo que a pessoa pareça merecer, por ser opressor e, as vezes, nem saber disso. Novamente, não tenha esse ódio pelo seu opressor embutido dentro de seu argumento, isso não funciona, nem torna as coisas melhores, mais fáceis e nem corretas.

Bom, era isso que eu queria dizer quando disse que queria educar e dar amor para um serumaninho e, também, quando eu intitulei esse texto de Sociedade (o que somos juntos) vs Saciedade (o que me move e satisfaz em vida). Espero que eu tenha chance, durante muitos anos ainda, de ensinar tudo isso que eu disse, para outras pessoas também, como eu tive escrevendo este texto. Mesmo com a infinitas imperfeições que eu possuo, acho que é possível. 

Se você leu até aqui, obrigado. Pode voltar aos seus afazeres agora. Aproveite seu dia.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Mudar a visão

Quando eu falei de morte, há um tempo atrás, e essa sensação não tem mudado, tenho andado desesperado por uma solução de como transformar isso em algo que não me prejudique. Então eu li um texto que precisa ser estudado por mim, para que eu mude a visão de como enxergo o fim.




Um trecho:

Outro dia, passando pela praia, fiquei maravilhado:

"que céu azul, que mar lindo, que dia perfeito. pena que daqui a pouco eu vou ter que morrer e não vou mais poder ir à praia, né?"

parei um pouco pra digerir a enormidade disso, e me bateu a porrada:

"e se eu fosse morrer amanhã, ou na semana que vem, o que eu gostaria de estar fazendo hoje, agora?"

aí, eu joguei pro alto a besteira que eu ia fazer, saltei do ônibus e fiquei ali mesmo.

se alguém tivesse me perguntado:

"alex, por que você desmarcou aquele compromisso e passou a tarde inteira na praia?"

minha única resposta sincera seria:

"porque eu vou morrer."

Não tem como ser mórbido.

O ponto é que, olhando de longe, mas de longe mesmo, não somos nada pra dar tanta importância à tudo. E aí é que se deve tomar cuidado, por que não podemos largar tudo a tal ponto de viver pra morrer, apenas. Principalmente se você paga suas próprias contas, o que é meu caso.

Acredito que a maneira certa de ver isso, pelo menos pra mim, é tomar as decisões que o seu coração manda, por que você só tem a você. Após isso, você precisa ter noção de que terá tendo condições ideais para sobreviver, como, por exemplo, se alimentar e viver do que acha necessário.

É isso, eu preciso seguir um caminho que me faça acreditar que vivi o que gostaria de ter vivido, o que hoje, é muito difícil.

Carpe Diem

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Vambora

Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem, vambora
Que o que você demora
É o que o tempo leva

Ainda tem o seu perfume pela casa
Ainda tem você na sala
Porque meu coração dispara
Quando tem o seu cheiro

Dentro de um livro
Dentro da Noite Veloz

Dentro de um livro
Na Cinza das Horas

Adriana Calcanhoto

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Hipnotizado

Houve um tempo, quando eu era criança, entre os 11 ou 12 anos, nunca lembro direito, que eu ficava só em casa. Meu pai se ausentava por dias ou semanas fora, trabalhando em fazendas, e minha mãe trabalhava como produtora em um estúdio de fotografia. Minha irmã quase sempre a acompanhava e eu, bem, eu costumava ficar sozinho.

Não havia problemas nisso, eu sempre me distraía fazendo meus stop motions com meus brinquedos, jogando no gameboy, no computador jogando The Sims, criando arte do Power Point, estudando ou tomando banho na piscina. Mas um dia comecei, por algum motivo que eu nunca soube, a entrar em pânico por ficar só. Na verdade, se me lembro bem, eu ficava sozinho e com o passar das horas eu ia me apavorando.

As vezes sentia que tinha algo em casa, ouvia barulhos, ficava desnorteado e, como a casa era grande demais e o quintal também, eu ia para o ponto mais distante dela, as vezes, até pra fora, esperar na calçada alguém chegar.

O ápice foi quando fui até a vizinha dos fundos chorando, dizendo que estava preocupado com minha mãe, eu achava que ela ia morrer, algo assim. A vizinha, que foi a merendeira da única escola municipal da cidade por anos, me serviu um suco de abacaxi, disso nunca me esqueço. Depois fomos, de moto, procurar minha mãe pela cidade. Ela estava bem, na casa de uma amiga, do outro lado da cidade.

Com isso, acredito eu, meus pais decidiram me levar para um psicólogo, não tenho certeza. Só sei que o Dr Leonides era marido da minha professora de ciências, a Gema. Das sessões eu lembro pouco, de duas, apenas, não sei se tive mais.

Uma dessas lembranças foi a noite, o Dr Leonides recebeu meus pais e eu para uma conversa, da qual não lembro nada (eu seria um péssimo escritor da minha própria história). A outra lembrança, uma consulta, foi pela manhã. Lembro de ir ao consultório dele, uma dessas casas de madeira comuns de interior.

Estando lá, ele me pediu para deitar em uma maca e, após isso, para eu me imaginar em uma paisagem que ilustrava a parede da sua sala. Estava escuro e não lembro mais nada, apenas de sair de lá e comer amoras em uma arvores próxima do consultório e voltei pra casa a pé, já que se tratava de uma cidade minúsucula.

Essas são as manchas que tenho dessa história na memória. E adivinhem só? Nunca mais tive um ataque de pânico sequer. O mais engraçado de tudo é que eu tenho sérias suspeitas de que isso me afetou pela vida toda, e afeta até hoje, me fazendo forte e corajoso em situações que, normalmente, as pessoas teriam medo ou receio.

Hoje eu não tenho medo de estar só, não tenho medo de frequentar lugares perigosos, não me traumatizei com três assaltos pelos quais passei. Enfim, diversas coisas que poderiam me amedrontar, não amedrontam, eu consigo enfrentar grande parte dos meu desafios e medos com eficácia.

Eu tenho quase certeza de que ele me hipnotizou, mas eu nunca havia para para pensar a respeito. Só recentemente estivesse pensando sobre este acontecido e decidi escrever. Eu considero um fato importante em minha vida, acho que me mudou de algum modo para sempre, e isso tem me ajudado até hoje, talvez.



Um dia agradecerei o Dr Leonides pessoalmente. Espero ter essa oportunidade.

Carpe Diem

terça-feira, 7 de junho de 2016

Normal

Outono, sem cara de outono, mas minha estação favorita. Junho, um mês em que nada acontece, mas minha vida estava acontecendo. Um domingo, dia de feira, eu amo feira. Fazia sol, mas estava suportável. Eu estava feliz, nada particular me alegrava. Eu esperava sentado, como faço minha vida toda, por que sou preguiçoso pra ficar de pé sempre.

Eu olhava as pessoas, eu sentia o momento. Estava tudo onde devia estar, como devem fazer há décadas. As barracas, as pessoas, tudo. E, eu, na sombra, esperando, já estava realizado pelo final de semana perfeito, sem saber que podia melhorar, da mesma forma que não esperamos algo piorar.

Eu estava determinado a arriscar, assim como ele. E quando chegou, "mudei o semblante", pelo menos, foi o que houvi. Apertei aquelas mãos, senti aquele abraço, onde é que ele estava todo esse tempo? Eu sei qual é a resposta, eu descobri horas depois.

Por falar em horas, melhores horas investidas em um tempo, uma vida, que parece não se desenvolver da forma que se espera. Me espreitei, não titubeei, mas disse muitas besteiras. Típico de mim. Bastou sentarmos e desatarmos a contar o que viesse a cabeça. Foi bom, foi ótimo.

Ser tocado por ele de novo, era o que eu mais queria, mas sem me despedir. Então o chá de hibisco foi o que pareceu mais sensato. Tomar um chá de hibisco. O local era perfeito, a conversa era perfeita, a música, o universo conspirando, o beijo também foi perfeito.

Casual quando se trata de mim, mas era você. Era a praça do Sol, era o chá, eram aquelas coisas e pessoas, tudo exatamente onde deveria estar. Minha mente estava em frenesi. Quando me vi, fundo, naquele ombro, enterrado naqueles cabelos curtos e naquela pele macia, me senti um pouco mais eu, de novo. Não acho que seja errado, não acho que seja precipitado.

O tempo correu, e senil, fui embora. Ele foi levado, depois daquele abraço, que quase me transportou pra dentro do seu peito. Nossas vidas, eventualmente, voltaram ao normal. Normal, pra mim, é estar incrivelmente feliz e agradecido.

Carpe Diem


terça-feira, 31 de maio de 2016

Que fim dará?!

Houve três vezes em que assisti a morte de perto e, em todos acontecimentos, bem diferentes um do outro, me pus a pensar sobre o fim. E quem não pensa? Mas isso me atormenta de tal forma e, cada vez em que isso aconteceu, me sentia mais e mais impressionado. Um medo que eu não conhecia se apossava de mim. Era triste, desesperador e aterrorizador.

Pensa, o que importa o que você tem quando isso acontece? Ou até mesmo quem você é? o que leva pessoas a morrerem do nada, ou dormindo ou em acidentes trágicos, suicídio? Muitas perguntas, muitas e uma sensação de vácuo dentro de mim.

Pensando na morte. Como se eu tivesse tanto tempo assim para pensar no fim. Ainda mais a minha história, que ainda não chegou lá. E aí, um problema: Sempre que eu acho que não devo me preocupar com isso, a preocupação triplica, por que penso em como a morte acontece para os distraídos.

A morte acontece para os distraídos, assim como o amor.

Paradoxos.

Não consigo me distrair do modo certo para que o amor me encontre novamente (Sabendo que ele está aí a minha espera ou a minha busca).

Não consigo deixar de me distrair com medo de perder o controle sobre a vida (que não existe e nunca existiu).

Por hoje é isso, que fim dará? Quem me encontrará primeiro? O amor ou a morte?

É uma boa pergunta.

Carpe Diem


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ocean Drive

We're riding down the boulevard
We're riding trought the dark night
With half the tank and empty heart
Pretending we're in love, But it's never enough

How did we get here now?

We see a storm is closing in
Pretending we ain't scared

Don't say a word while we danced with the devil!

You brought the fire to a world so cold
We're out of time on the highway to never

Hold on

Don't say a word while we danced with the devil
You brought the fire to a world so cold
We're out of time on the highway to never

We're running all the red lights down
No way that we can stop, no
A quarter tank is almost gone

Pretending we're in love, when it's never enough
I wish we could take it back in time
Before we crossed the line, no now, baby
We see a storm is closing in
I reach out for your hand

Duke Dumont

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Carta nunca enviada

Você sabe o quanto eu gosto de escrever, mais do que falar, então eu decidi escrever essa carta pra dizer mais coisas que eu sinto por você e por nós. Primeiro, quero que saiba que escrever assim me faz um bem danado, então só de produzir este texto já me sinto satisfeito. Aliás, pode parar de ler aqui se quiser...

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Pois bem, esteve sempre claro que não fui perfeito, que você não era perfeito, longe disso. Mas foi repentino, foi espontâneo com nós, e isso me fez ter esperanças, que são mais fortes do que o medo. E, bem, você sabe que eu sempre acreditei no amor, e qualquer um que me conhece sabe.

Nosso relacionamento, então, deveria ter sido, na minha opinião, mais baseado na construção, onde erros e acertos iriam se adequando dentro do tempo que levávamos para conhecer melhor um ao outro, entre nós dois, que nos escolhemos, afinal.

Com você sinto (senti) que passei pelos dois amores que acredito: o repentino e o construído. E nós não fizemos o suficiente. Mas, veja só, mesmo tanto tempo depois, mal nos falamos e eu tentei superar a falta que eu fiz você fazer. E não consegui, deixando a porta sempre aberta.

Você me faz falta, não consegui esquecer nem desatar a paixão que ousamos ter um pelo outro, nem de sentir atração que, por instinto, também te atrai. Não consegui enxergar outro tipo de vida a dois com outra pessoa depois de você, até tentei, mas parece impossível.

Apesar do seu jeito, do seu orgulho e indiferença, ainda sei que é um homem sútil, intenso, divertido, carinhoso e corajoso. Vê? eu vejo mais virtudes do que tudo!

Apesar de seu temperamento forte, também, que foi o único que aturei na vida, sei que coisas simples o tocam no coração, o deixam feliz. E por isso, por mim e muito mais, talvez eu consiga fazer você mudar de ideia sobre mim e sobre nós.

Eu tento fazer com que você entenda, agora, que nunca desisti realmente. Nunca desisti de fazer você feliz, mas fomos afastados por todos os motivos possíveis. E, hoje, te ver bem, já me deixa bem, também.

Eu sinto tudo isso como uma missão, sabe? Mas posso deixar de cumpri-lá se um dia eu enxergar, de fato, que você realmente não me quer, como te quero. Afinal, nunca tive coragem de perguntar e a única coisa que você me disse, não foi o suficiente pra eu desistir.

Eu acredito que tudo seja possível quando se trata de amor. Então, enquanto eu sentir que é amor vou agir desta forma as vezes. Apelo para seu lado que me quer também, eu nunca duvidei da sua lealdade. Apelo para que ouça seu coração e me diga, um dia, que me aceita de volta. Antes que seja tarde.

Lots of love from, 
N.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Avanços, caminhos e retornos

Sou um homem emocionado. Não nasci pra ser solitário. Necessito ser amado. Por mim e por alguém que não queira ser proprietário.

Enfim, vamos lá, eu estou caminhando. Aprendendo a ser humano, pagando contas, sabendo a quantidade certa de carboidratos, proteínas e outros, que eu preciso comer.

Pensando em ter algum animal de estimação e no quanto isso vai me custar em tempo e dinheiro. Calculando o tempo que vou levar pra mobiliar meu apê.

Procurando ser saudável também me exercitando, por fora e por dentro. Tentando correr mais e, ao mesmo tempo, entender mais de política e o que acontece a minha volta.

Pensando em quantos anos eu vou levar pra comprar meu carro, ou descobrir que não preciso de um. Esperando completar 5 anos de carreira pra enlouquecer.

Esqueci temporariamente de resultados, então, não sei se estou avançando ou retornando. Mas creio que isso não é tão importante assim. As vezes volta um passo, pra dar impulso. Bem, e eu ainda...

...Sou selvagem, mas menino. Queria mostrar como é violento aqui dentro. Um interior que anseia por amor recíproco, pelo que ambos tem de mais bonito.

Fascínio. Sou um homem fascinado. Engraçado. Será que realmente tenho humor, também? Obstinado, há quanto tempo não uso essa palavra?

"O planeta não precisa de mais pessoas bem sucedidas. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todos os tipos." ~Dalai lama

Então, me deparo com tal frase. Eu quero isso. Quero ser pacificador, curador, contador, amante e o caralho a quatro.

Eu sou jovem e senil. Eu acho que sou apaixonado por mim mesmo. Mas eu me odeio, às vezes. Sou rápido, não quero perder tempo. isso faz sentido, pra você?

Glória, o que é glória aos vinte e poucos anos? São perguntas demais, eu havia parado de indagar, mas elas surgem a todo momento.

Sou a puta na chuva. Aliás, você já parou pra pensar que somos hipócritas por achar que cobrar é errado? Afinal, sempre cobramos, nem que seja a companhia ou favores de quem nos comeu.

Sabe o que mais dói nisso tudo? Nesse processo de estar caminhando, avançando, retrocedendo? Você achar que não se apegar é não sofrer com despedidas e carência.

É pior, assim, você se despede mais, e mais e mais e mais. "E são tantas as despedidas que há um momento em que já não é mais possível saber quem está chegando e quem está partindo."

Voltei, quer dizer, quero falar da minha profissão. Eu sou jornalista, está no sangue. Não por que escrevo bem, eu não escrevo bem.

Eu quero mudar o mundo a minha volta, o meu condomínio, a esquina sem calçada do meu quarteirão. Os parques, as gestão da minha cidade, estado, país. O mundo, eu quero mudar.

Mas, voltando de verdade agora, estou caminhando. E, trago boas novas: Eu me amo. Só não sou perfeito, nem normal, regular ou usual.

Por fim, quem é?

Sinto muito.