segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Perdido em pensamento de você

É de sonho e de pó, o destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó, de gibeira o jiló
Dessa vida cumprida a sol

Sou caipira, Pirapora nossa
Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão, minha mãe, solidão
Descasei, joguei, investi, desisti
Se há sorte eu não sei, nunca vi

Me disseram, porém, que eu viesse aqui
Pra pedir em romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar, só queria mostrar
Meu olhar

Romaria

Meu olhar, perdido, pensando em você em cada dia que eu vivo
Cada manhã que eu acordo e cada noite em que eu adormeço
É tudo muito fácil, cada vez com menos - bem menos - sofrimento
Mas não paro nunca, de pensar em você, nos seus beijos e abraços
que
um
dia
eu
tive
a
sorte
de
ter

Estou perdidamente, eu fui perdidamente, e sempre serei perdidamente apaixonado por você e estou querendo nunca mais pensar em te esquecer

Carpe Diem

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Eu nem devia estar aqui

Este pedaço de terra é meu, daqui até Dallas. Eu o desbravei, mesmo que voando. Inclusive lugares que ainda não conheci também são meus. De Dallas até Ottawa e de Ottawa até Tóquio e toda extensão terrestre. Eu mereço cada pedaço de terra, céu e água que o mundo pode oferecer.

Mas hoje eu estou aqui, por teimosia, por ansiedade, e por ironia, desafiando o tempo que me resta. Só pra visitar este lugar, que afinal nem vou conhecer direito, não dessa vez. Mas o que vi, percebi, é belo mesmo, é encantador, a altura do que dizem. Só isso!

De todo jeito, eu fiz isso mais por mim, mesmo. Desafiar meu tempo, é sempre um objetivo. Sair de de meu estado (físico e mental) atual, passar por lugares e descer pra amar. Não seria eu se não tirasse uma casquinha de cada um destes lugares.

É como eu sempre digo: Carpe Diem.

Nunca se sabe o 'diem' de amanhã! Então é isso: FEITO!


sábado, 19 de dezembro de 2015

Rios

We're like rivers in the night
I go left and you go right
We'll find on the other side
Who we are, who we are

Wish me love and give me hope
Give me sunlight to my day
Turn it into gold
Carry on, carry on

We'll take these broken songs
Make them as good as new
Put them together
Into something we will never lose

Make it into something beautiful
Yeah, we don't have to try
We can make it 
Into something wonderful
We'll never say goodbye

Thomas Jack 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Obrigado pela companhia

Obrigado pelo pique nique no parque!

por patinar comigo!

confiar em mim e te ajudar a guiar o carro!

dormir de conchinha comigo!

não me julgar após saber minhas verdades!

ir ao cinema comigo!

nunca reclamar!

se preocupar com meu bem estar!

trazer uma janta quando eu não quis cozinhar!

ser compreensivo!

Obrigado por ir à missa comigo!

rir comigo!

respeitar minha tristeza!

ser paciente com meu estresse!

pelos elogios!

por me levar a lugares novos!

por me apresentar seus amigos!

pela dança!

pelo toque, sempre suave!

pelo amor subentendido!

Obrigado a todos eles, eu sou um pouco de cada um. Alguns que são responsáveis por mais de um desses agradecimentos, e outros deram o melhor de si pela companhia. Cada um merece toda a felicidade e o amor do mundo que eu não pude dar e, que talvez, não mereci receber.

Carpe Diem

domingo, 13 de dezembro de 2015

Meu lema atual

Dividi meus últimos anos em fases, em 'seasons',  e eles tinham sempre o mesmo mês de término e início, não terminavam dezembro, não começavam em janeiro. É por isso que eu preciso anotar tudo, escrever, porque é difícil lembrar quando as coisas aconteceram, parece que dezembro, janeiro e fevereiro são, na verdade, hiatos.

De qualquer modo há muita vida nestes meses, e neles eu me sinto mais relaxado do que nunca. Eu adoro clima de natal, meu próprio coração se adapta a ele. Adoro sentimento de renovação e de começar tudo de novo, como dá a impressão todo início de ano e amo o mês do meu aniversário.

Sim, março, para mim, tem sido o início de tudo, e faz muitos anos que isso parece real. Mas vou falar sobre isso em março, talvez. O que eu senti vontade de dizer hoje, é sobre o meu lema atual, neste recém início de 'hiato', que na verdade foi sempre meu lema:

Eu Prefiro ficar só, sem saber por quanto tempo, do que ficar com alguém com quem eu não possa retribuir um sentimento. E vale tanto quanto por quem eu zelo amor, e não sabe me dar valor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Fascinado

Os sonhos mais lindos sonhei De quimeras mil um castelo ergui E no teu olhar, tonto de emoção Com sofreguidão mil venturas previ O teu corpo é luz, sedução Poema divino cheio de esplendor Teu sorriso prende, inebria e entontece És fascinação, amor Os sonhos mais lindos sonhei De quimeras mil um castelo ergui E no teu olhar, tonto de emoção Com sofreguidão mil venturas previ O teu corpo é luz, sedução Poema divino cheio de esplendor Teu sorriso prende, inebria e entontece És fascinação, amor

Fascinação

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O abuso

Como eu nunca tinha pensado em escrever sobre o abuso que sofri em plenos 22 anos. Eu sei porque: não imaginava que era tão constrangedor contar sobre algo que precisa acabar de uma vez por todas.

Eu era recém formado, precisando da ajuda de amigos e família, quando fui pego de surpresa em um dos momentos mais frágeis e delicados da minha vida. Eu não tinha teto e precisava de um emprego. 

Aconteceu que fui abusado por um ex-grande amigo - casado - dentro da sua própria casa, com gente lá dentro. Nunca na minha vida eu me senti tão incomodado, contrafeito, confrangido, sufocado, descontente, aborrecido, pesaroso, entristecido em toda minha vida. Eu fui agarrado contra minha vontade, me esquivei, totalmente sem chão, me tranquei num quarto e, depois de alguns minutos, deixei o local com pressa.

Sempre fui condolente ao feminismo real, porque dentro de tantas pautas a luta contra o abuso é muito grande, mas viver isso é pior que levar um soco no olho esquerdo (eu já levei um, sei como é) ou ficar doente.

Bom, este meu ex-grande amigo tem muito dinheiro, mora muito bem, ele e @ parceir@ ajudam muitas pessoas, enfim, pra ele nada mudou, apenas para mim... O que dizer sobre isso? Será que estou tão errado em denunciar, mesmo que de forma anônima?

Eu levo isso como um peso até hoje e foi um desafio escrever isso aqui. Mas me sinto melhor agora, espero que não aconteça de novo e vou orar pra que cada dia menos pessoas passem por isso.

Muito amor pra todos nós e vamos seguir.

domingo, 29 de novembro de 2015

Meu anti-herói

Um anti-herói. Quem diria?! Demorou anos para que hoje, em um sonho qualquer, a ficha caísse. Quem realmente você era?! Depois do sonho, que me fez doer o coração o dia todo, tá complicado lidar com isso. Um anti-herói.

Aquele homem, e não dá pra dizer que não é, que tem um amor excepcional por aves, tem um cuidado notável em lidar com as coisas simples da vida, dirige bem, cozinha bem, ensina com autenticidade, tem um toque suave, um olhar doce, uma sabedoria invejável, das que se adquire com experiências vividas na pele e, que definitivamente se espelha em uma criança quando toma algumas decisões com pureza e ignorância. Esse homem...

É o mesmo homem que perde a paciência, trabalha a indiferença, possui preconceitos no sangue, é rude ao extremo e reclama de tudo que lhe incomoda por motivos egoístas, pessoais, orgulhosos e, claro, por vaidade. É o mesmo homem que não é inerentemente mau e, que, às vezes, pratica atos moralmente aprováveis. Foi difícil, por tanto tempo, traçar a linha que separa você de um vilão.

No entanto, notei a minha obscenidade em esquecer que você é humano. Mesmo assim, lhe chamo anti-herói, pois de mim sempre - SEMPRE - obterá aprovação, seja através de quem você realmente é, seja por seus objetivos muitas vezes justos ou ao menos compreensíveis, mas nunca terá a vocação heroica que procuro, da qual você pouco se fode em ter.

Continue sendo insólito, mas continue. Já me despeço, sem buscar de você qualquer coisa. Como você bem sabe, e lê por aqui, apenas escrevo o que vem no meu coração. Se você gosta ou deixa de gostar, se vou conseguir algo ou não com isso, não importa. O fato é que continuarei fazendo.

Carpe diem, anti-herói

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Single

Bom, eu vou te contar como é a minha incrível vida de solteiro, que já vem se estabelecendo firmemente dia após dia. Vamos começar do começo:

Eu acordo, sempre muito cedo, mas só vou dar bom dia pra alguém cerca de duas horas depois de despertar, que é quando chego ao trabalho. As vezes é triste, principalmente nos finais de semana em que passo, quase sempre, horas a fio sozinho.

Eu não tenho quem abraçar, não há companheiro com quem contar, não recebo um beijo há muito tempo, não tenho com quem falar sobre o meu dia, e ultimamente tenho tido medo por não estar sentindo mais falta disso tudo.

Sempre que alguém aparece pra tentar mudar isso, eu recebo com pedras na mão, trágico e cômico. Não deixo ninguém se aproximar demais, se algum garoto começa a demonstrar afeto eu o diminuo, se sou eu quem começa algum flerte, logo me puno.

A bipolaridade reina solta. Lágrimas dão lugar a risos e vice-versa. O bom e mau humor andam juntos revesando-se a cada minuto. Minha paciência se esgota em tempo recorde e meu filtro social está totalmente rasgado, desregulado. Cuidado ao dirigir a palavra a mim.

Recentemente? Tenho estado cada vez mais aéreo e desatento. Se ouvir por aí que fui atropelado, já sabe o motivo. Pelo menos não será suicídio. O foco no trabalho não rende como eu queria, só há mediocridade, e o salário também não dá até o fim do mês, por que eu preciso comprar coisas que me distraiam o máximo possível.

Ah, posso dizer também como são as minhas noites? Não são de todo ruim, assisto séries, preparo por vezes um bom jantar e me recolho, sozinho, em uma cama chamada maré.

Se o mundo não fosse tão grande, eu estaria condenado. Mas posso sair quando eu quiser pra nunca mais voltar.

Se não fossem os poucos amigos que me restam, eu estaria perdido, perdido do jeito que não gosto.

Se não fossem as mídias, acredite, eu estaria definhando.

Este é o resumo da minha vida, enquanto solteiro.

domingo, 22 de novembro de 2015

Espera pelo meu cartão de natal

Desculpe a falta de criatividade, mas vou começando pelas palavras que lhe disse ontem, "você não irá beijar, nem abraçar, nem se deitar com ninguém como fará comigo. Não haverá sentimento igual, nem o toque sera o mesmo, nada". Falo por experiência própria, e não como justificativa para que eu tenha liberdade de ficar com outros. 

Espero que você saiba que cativar, conquistar e envolver outra pessoa com sentimentos verdadeiros e sinceros é algo único. Mesmo que aconteça, como aconteceu comigo algumas vezes - e não acabou bem -, eu serei paciente e entenderei, quase, sempre. Enfim, não foi pra isso que estou aqui. Vim dizer de você.

Apertei o play, neste momento, em "she's a riot" e vamos lá. Sabe aquela sensação de querer caminhar pelas ruas com alguém, sem nenhuma razão aparente - sim isso é da música - eu sinto com você. Espero que você nunca se sinta sozinho quando estiver comigo e, principalmente, NUNCA se sinta sozinho quando não estiver ao meu lado.

Cada coisinha que você faz pra mim é muito grande pra ser só coisinha. Cada detalhe, o cuidado que você tem comigo é perceptível e, também, tão perceptível quanto, é sua mentalidade. Digamos assim, que você sabe discordar sem medo algum quando não concorda com algo e, mais do que isso, tem justificativas na ponta da língua. Tanto quanto isso, ainda, tem um senso de humor agradável e por vezes senti vontade de ouvir seu riso junto do meu.

Eu não acho que você deva se preocupar com muita coisa, eu estou descobrindo, de cá, que precisamos de muito pouco pra ficar bem. E não adianta dizer nada disso, porque parece que você sabe. Espero que eu esteja ajudando de alguma forma, porque, você pode ter certeza, já aprendi muito com você. Espera pelo meu cartão de natal.

Beijo, 
Amo você e
Carpe Diem

sábado, 14 de novembro de 2015

Sou casual

Não me visto em padrão, não sigo estilo tal
minha playlist é indie, mas eu sou casual

Também sou velho o suficiente pra ficar na minha
E jovem demais para deixar de sentir coisinhas

To meio pesado, conectado a um bilhão de pessoas
E uma entre elas, eu sei, preciso deixa-la ir
Seguimos, ok? Estarei aqui para você, mesmo assim
Mesmo que seja quando pra você há de convir

Tô tranquilo, pegando leve com o pessoal, até
Indo com calma, mas tendo alguns sonhos de condão
Parece que neles espero por algum prazer sem fim
Mas que, quando acaba, quebro meu próprio coração

Sim, meus sonhos resolveram imitar a realidade
pelo menos neles eu tenho mais liberdade

Nos meu sonhos, ou pesadelos, que sejam
Entro e saio, alço voo pelos céus que trovejam

Amo trovões, e tempestades, mas isso não é atual
Pra mim céu ensolarado é triste, e eu continuo casual

domingo, 8 de novembro de 2015

Pedestrian At Best (Aquariano)

Eu te amo, eu te odeio, eu estou em cima do muro, tudo depende
Se eu estou para cima ou para baixo

Eu estou me recuperando, transcendendo toda a realidade
eu gosto de você, de desprezá-lo, admirá-lo

O que vamos fazer quando tudo tudo cair?
Devo confessar, eu fiz uma bagunça
do que deveria ser um pequeno sucesso

Mas eu, pelo menos, tentei o meu melhor, eu acho
E eu ainda vou estar na sua cabeça

Coloque-me em um pedestal e eu só vou decepcioná-lo
Me diga que sou excepcional e eu prometo explorar você

Me dê todo seu dinheiro, e eu vou fazer algum origami, querido
Eu acho que você é uma piada, mas eu não acho muito engraçada

Meu monólogo interno está saturado de analogia
É riscado e à deriva, tornei-me ligado à ideia

É tudo um sonho de mudança, filosofia agridoce
eu não tenho nenhuma ideia de como eu ainda tenho algo
estou ressentido, eu estou tendo uma crise de tempo existencial

Quer felicidade? O horário de verão não vai consertar essa bagunça
posso deixar de manifestar o meu desinteresse
Os ratos estão de volta dentro da minha cabeça
O que Freud diria?

eu sou falso, eu sou falso, eu estou acordado, eu estou sozinho
eu sou caseiro, mas sou aquariano

Pedestrian At Best - Courtney Barnett

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Âncora

Por que uma âncora? Eu te pergunto! Responda?!

Eu sei responder, por mim!

Eu carrego coisas dentro do meu corpo, da minha alma que ninguém mais pode ver. Ninguém viu até hoje. Ninguém ousou chegar, descobrir, explorar e conquistar. Essas coisas me levam para baixo como a âncora. As vezes há alguém forte o suficiente para erguê-la e fazer com eu navegue por mais adiante. Isso não quer dizer que eu não seja o capitão, não. Pelo contrário, eu só preciso de ajuda. Afinal, a âncora é apenas um elemento do navio que sou eu. Mas a âncora é a única que se afoga no mar, sofrendo por vezes.

Mas eu te pergunto: Por que uma âncora?

Eu sou muito mais do que qualquer um pode ver.

"O privilégio de uma vida é ser quem você é."
— Joseph Campbell

"Nunca se esqueça quem você é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo." 
— Tyrion

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Ninguém é de ferro


Eu tenho me divertido muito, ateado fogo e correndo feito louco. Não tenho me apegado, não tenho perdido e não tenho contado nada, nada. Depois de um coração partido, pra variar, por mim mesmo, de novo, não tenho evitado outros tipos de perigo.

Faço quase qualquer um se apaixonar. Com você, pelo menos, foi fácil, lembra? Então você sabe do que eu tô falando. Um conquistador barato de formaturas. Então eu digo que amo, e parto, indo embora, meu coração.

Eu sou um visionário de pequenos perigos. Mas o meu foco principal é o amor, eu acho. Já não dá pra ter certeza a essa altura. Mas uma coisa é certa, levo meu coração nas minhas mãos macias e na minha pele quente. As vezes sinto o gosto da derrota. As vezes até pareço puro.

Nossa, e tem tanta coisa que eu não sei fazer. Mesmo assim, eles não se importam. Mas aí eu dou um beijo de despedida, e tudo cai. Hm. E aí eu descubro como e por que é possível partir um coração tantas vezes. Acho, só acho, que eu quero dividir com eles a dor e o amor de ser quem sou.

Convenci? Foda-se. Ninguém é de ferro. Pelo menos eu sei o que eu quero, no fundo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Hello, também me fez chorar




Eu tenho inveja da chuva
Que cai sobre sua pele
É mais perto do que minhas mãos já estiveram

Eu tenho inveja do vento
Que ondula através de suas roupas
Esta mais próximo do que a sua sombra

Eu te desejo o melhor
Do que o mundo pode dar
Você me disse quando te deixei
Não há nada para perdoar

Mas eu sempre pensei que você ia voltar,
Me dizer que tudo que você encontrou foi
Um coração quebrado e miséria
[Foi isso que eu encontrei]
É difícil para eu dizer,
Eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim

Eu tenho inveja das noites
Que eu não gasto com você

Eu tenho inveja do amor
O amor que estava aqui

Como eu afundo na areia
Assisto você escorregar pelas minhas mãos
Eu morri aqui outro dia
Porque tudo que eu faço é chorar por trás desse sorriso

É difícil para eu dizer,
Eu tenho inveja da maneira que
Você é feliz sem mim

Carpe Diem

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Já sinto saudades

Agarrei os medos, aqueles que sinto de decepcionar as pessoas, de trair a mim mesmo, de não ser tão bom quanto eu realmente gostaria, de não alcançar meus objetivos, de não conhecer mundos que não seja o meu, de ficar só, medos, muitos medos. Até mesmo eu não sabia que eram tantos. Peguei eles. Foi como capturar qualquer animal selvagem sem proteção, sem armas, e o pior, como se meu coração estivesse pulsando do lado de fora do corpo, totalmente exposto. Apanhei eles e deles apanhei. Mas fiz isso por que estava tudo descontrolado demais.

Depois disso, a sensação de fragilidade é maior ainda. Será que isso - agarrar, encarar e apanhar dos medos - é a fonte de toda a carência que surge quando você está só? Senti a vontade de debruçar sobre alguém, alguma coisa que fosse, sentir segurança novamente, por que os pés nos chão eu já tenho. Crio histórias o tempo inteiro e venho aqui também, me conforto um pouco, me dou força, mas as sensações que me fragilizam não me largam. Me recuso a contentar-me com quase nada, principalmente, diante de tanta possibilidade neste mundo.

Agora, posso chamar isso de crise. Posso, sim. Afinal são linhas tênues e paradoxos o tempo todo na minha alma e no meu coração. Estou sensível, coisas me comovem o tempo todo e em qualquer lugar. Basta pouco pra começar a lacrimejar. Um nascer do sol, por exemplo, ou mesmo o morrer dele, já transborda meu coração. Fico pensando: o que ficará depois? Sério, cara, depois a longo prazo, não depois amanhã. Daqui há anos, o que ficará? Esquecimento. A mente sabe o que é melhor.

Continuando, neste sentindo, eu espero pra saber, já vi que esperar é o grande Karma da minha vida. Assim como eu espero pelo Amor, todos os dias da minha vida. Vou esperar por tudo, calmo e com meu sorriso que faz meu olhar ser tão infantil quanto minha vontade brincar na chuva. Estou de braços abertos, será que Ele ainda não percebeu? Eu estou atento também, fazendo o possível para tudo ficar bem.

Ainda assim, deixado de lado. Ainda assim, talvez desprezado e marcado pela indiferença. Ainda assim, machucado por enfrentar os medos. Ainda querendo encontrar uma saída para tudo. Ainda que você atravesse o mundo, ou cruze meu caminho, a distância não importa, depois que cativa, independente do que acontecer, eu já sinto saudades.

lack lay, is love that stays.

domingo, 18 de outubro de 2015

May the odds be ever in your favor

Trazer memórias não registradas para o blog, isso foi uma grande ideia. Escrever sobre acontecimentos que repercutem até hoje, de alguma forma, é muito bom. Lembrar é bom. Então, trago aqui uma cronologia toda baseada nos dias em que eu assisti/assistirei cada filme da saga The Hunger Games.


12 de abril de 2012

Era mais um passeio feito no ano em que mais viajei, até então. Foram, em 2012, visitas à Brasília, visita a fábrica da Todeschini no sul do brasil, com direito a trechos turísticos entre Gramado e Canela, Congresso Regional da das UF's em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o Fica, em Goiás Velho, entre outras viagens a trabalho. Porém, neste dia 12, a viagem era para a boa e velha Goiânia, a capital visitada apenas para lazer e para treinamentos, nos anos acadêmicos da minha vida. O motivo da viagem: aniversário de 50 anos de um amigo da família, seguido de uma noite de cinema e balada.

Não precisava nem dizer, mas certas coisas saíram fora do planejado, da forma como sempre saem, por que fazem bem assim. Na comemoração de aniversário foi tudo certo, experimentei uma saqueirinha pela primeira vez, me diverti em família e amigos, até que chegou a hora do cinema. Nas viagens a Goiânia, quando me sobrava tempo, era típico ir ao cinema sozinho, era como uma tradição e, nesta ocasião, deu tempo. Mas o planos começaram a mudar aí, porque a ideia era ver Titanic, novamente em cartaz pra homenagear os 100 anos do naufrágio do navio. Uma surpresa: Todas seções lotadas, claro. A solução foi ver Jogos Vorazes.

Na época eu não me interessei muito pelo show de divulgação que estava acontecendo, afinal, como em todos os outros filmes que seguem o estilo, nunca me envolvi. Mas, tá, fui dar uma chance e já nos primeiros minutos de filme uma emoção muito grande me envolveu, eu sabia que ia gostar e sabia que seria especial. O filme me surpreendeu e, depois de assistir colado na cadeira, eu saí o fã número um da Jennifer Lawrence e da trama. Também fui direto comprar os três livros da saga e a trilha sonora também. Eu desisti da balada, fiquei lendo, por que eu sabia que a mensagem que tinha recebido era melhor do que a pessoa que eu poderia ter encontrado aquela noite.


22 de novembro de 2013

Esse dia foi, realmente, um desafio de lembrar. Talvez por que tenha sido apenas bom, melhor do que se tivesse sido ruim. Enfim, fomos eu e meu primeiro namorado, com o melhor amigo dele e assistimos o segundo filme, "Jogos Vorazes - Em Chamas", desta saga incrível. Neste dia eu redescobri como era bom sentir adrenalina numa sala de cinema, parece que o filme não durou o que durou, foi rápido e muito envolvente. Totalmente 'awesome'.

Fora as lembranças da sala de cinema, fico triste com minha mente por ter esquecido como tinha sido o resto do dia. Acho que foi melhor, se ele decidiu assim. Só queria poder esquecer mais coisas conscientemente, mas, bola pra frente.


19 de novembro de 2014

Aqui, pelo contrário, foi fácil de lembrar do dia, não dele todo novamente, mas a maioria dos acontecimentos. Eu não sei exatamente porque essa inversão de valores nas lembranças, porém a noite de "Jogos Vorazes - A Esperança Parte I", foi equivalente a dos anos anteriores. Na época, eu estava me adaptando a um estilo de vida meramente ilustrativo, não há maneira melhor de dizer. Enquanto isso eu tentava também, pela terceira - ou quarta - vez, me reaproximar de alguém que nem mais sabia o que sentia por mim, o meu segundo namorado. 

Naquele dia eu me preparei. Estava de roupas e perfumes novos, decidido a fazer algo bom, algo como assistir um filme de mãos dadas que já significava muito pra mim. Que marcasse pro garoto, tanto quanto marcou pra mim. Bom, apenas não sei o porque de tudo dar errado (depois). Mas o dia não foi um fracasso e tudo continuou sendo como devia, mesmo.


20 de novembro de 2015

Trabalhar com o futuro não é muito a minha praia, mas considerando que o programa está marcado e só não vai acontecer se algo muito grave impedir, creio que posso ousar um pouco desta vez. A questão é que, eu já ouvi e conheci muitas histórias de amor com frases e atitudes certeiras, que feitas, marcaram uma união em uma vida plena e digna de respeito. Pois é, eu sempre quis poder sentir que era o momento de dizer algo que me comprometesse por inteiro e eu quero abusar um pouco disso.

Eu sei que vai acontecer algo incrível pouco antes, durante, ou depois de assistir este filme. Pronto! É isso. Isto vai acontecer, e está dito, decidido, definitivamente estabelecido. Eu tenho uma história, eu acreditei nela no primeiro momento em que olhei dentro dos meus olhos e tive esperanças. O detalhe engraçado nisso está na negação que eu tive, a que nunca imaginei que teria. Eu neguei por meses até acreditar que algo era possível de acontecer e, então, agora eu simplesmente sei que está aqui agora, de corpo e alma, pra mim.


18 de outubro de 2015 - Hoje

Faltando um mês para a estréia, estou ansioso. Tanto por pensar que nada pode acontecer e que isso vai ser engraçado, quanto por ter quase certeza de que algo realmente vai acontecer. Afinal, eu escrevi e reescrevi este texto várias vezes durante meses e publiquei só agora. Não tem muito mais o que ser dito. Apenas ser sentido (risos).

Carpe Diem

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Hoje é meu dia

Não é ao acaso que eu escolhi essa música. Ela significa muito pra mim, muito mesmo. A Shania também representa muito na minha vida. Eu acho que ela é o ídolo que eu mais admiro, mas sobre quem eu menos comento na vida, talvez porque seja íntimo demais. 

Desde minha pré adolescência eu a ouvia, e foi ao acaso. Tinha um DVD com os melhores vídeo clipes dela lá em casa e, na época, isso era tecnologia de ponta. O único lugar que dava pra assistir era na Dodge Dakota do meu pai. Sim, tínhamos um veículo com DVD, mas não tínhamos o aparelho dentro de casa.

Então, eu ouvia os sucessos da Shania Twain e, durante anos ela foi minha cantora preferida. E também durante anos ela foi um pouco esquecida por mim e pelo mundo. Só que, cara, ela é a única mulher no planeta que possui três Discos de Diamante consecutivos e três álbuns certificados de Diamante Duplo pela Music Canada. E foi  6ª artista feminina que mais vendeu discos nos Estados Unidos, além de ser a segunda maior artista feminina do Canadá.

Só que, depois de tudo isso, ela sumiu, foi cuidar do filho, teve problemas com disfonia, escreveu um livro que se tornou best-seller, fez seu documentário e lançou essa música incrível, que significa, como eu disse, muito pra mim:




E olha que isso já faz mais de quatro anos. Só que a cada época que eu a escuto, é como se fosse a primeira vez. Eu sei que é um sinal, é um anúncio pra mim. É como eu devo pensar, agir e seguir, e é o que eu faço. Porque todo dia é meu dia.

Você tem o que é preciso, você pode vencer
Hoje é o seu dia de começar
Não desista aqui, não ouse desistir
O momento é agora, é isso aí
Eu sei que você pode e que você irá
Chegar ao topo da montanha
Parte da diversão é a escalada em si
Você só precisa se convencer

Que hoje é o seu dia
E nada pode ficar no caminho
Hoje é o seu dia
Tudo está acontecendo do seu jeito

Hoje

Carpe Diem

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Deu tudo certo

É tão ruim quanto poderia ser, e hilário, e trágico, e cômico e... enfim. Parece que o mundo resolveu me importunar e fazer com que nada funcione do meu jeito, ou de um jeito agradável. É, estes não são os meus dias e nada tem vindo facilmente. Mas, eu estou rindo, sem brincadeira, estou rindo muito e com vontade de desaparecer.

E a única coisa que eu vou fazer é continuar. Pensar alto, sonhar, pular, gritar, socar o travesseiro e chorar/rir muito. Minha cama já não aguenta mais, mas eu aguento, aguento muito mais da vida. Afinal, não existe nenhum um lugar onde eu esteja que não haja problemas, condições ou qualquer coisa que me colocará à prova. 

É simples saber disso, mesmo que a palavra saber não funcione muito mais depois dos 'vinte e poucos'. E não existe uma explicação plausível pra tudo isso, melhor nem pensar muito. Só sei, sinto, choro e estou rindo muito. Me mandar seria uma boa, mas eu ainda estou alimentando meu coração.

E, outra, mesmo quase tudo dando errado, eu sei que não vai durar muito. Uma hora todo esse "desacerto" vai embora, e eu não posso fazer isso me deixar pra baixo agora. Estou firme, recuperado e eu sei que, no final das contas, essas coisas que aconteceram deram certo. Sim, deu tudo certo. Eu sei que deu, antes mesmo de terminar.

Carpe Diem

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Til it happens to you



Você diz que vou me sentir melhor com o passar do tempo
Você me diz que eu vou me recompor
Vou me recompor, que vou ficar bem
Me diga, o que você sabe? 
Me diz como é que você pode saber? 

Até que aconteça com você
Você não sabe como é
Até que aconteça com você, você não saberá, não será real
Não será real, não vai saber como é

Você me diz para manter a cabeça erguida
Manter a cabeça erguida e ser forte
Pois quando você cai, precisa levantar
Precisa levantar e seguir em frente
Diga-me como você pode falar isso?
Pois até você andar por onde andei
Isso não é brincadeira

Até que aconteça com você
Você não sabe como é,
(Como você pode saber?)
Não, não será real
(Como você pode saber?)
Não vai saber como é

Até que o seu mundo queime e se desmorone
Até que você esteja no fim, no fim da sua corda
Até que você esteja no meu lugar
Eu não quero ouvir nada de você, 
Pois você não sabe

Até que aconteça com você
Você não sabe como é, como é
Você não saberá, não será real
(Como você pode saber?)

Até que aconteça com você
(Como você pode saber?)
Até que aconteça com você
Você não saberá como eu me sinto


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Eu me apaixonei

Pela pessoa errada... Brincadeira.

Mas eu me apaixonei sim! Me apaixonei por aqueles olhos que me encaravam desde o momento em que cheguei, aquele sorriso que se abriu, aquele sotaque que descobri na primeira conversa. Que delícia! Me apaixonei, também, pelas suas mãos, seu corpo esbelto, sua pele, sua cor, seus cabelos, tudo ideal para mim. Engraçado foi como eu acabei beijando você. Eu estava fugindo de uma pessoa sabia? Sorte a minha e o destino funcionando.

Definitivamente não ando muito coerente por aqui, é porque os sentimentos e as sensações são tantas, que não consigo deixar de deixar tudo por aqui registrado. Bem, mas voltando ao assunto, o da paixão ardente e inconsequente, que me levou a te agarrar em público, em uma formatura lotada de famílias ridiculamente "tradicionais", porque estávamos nos divertindo, apenas. Lembra do ápice? Você me ensinando a dançar, aquilo foi incrível e me conquistou. Dias depois o pai da formanda, minha amiga, disse para ela "filha, aquele seu amigo, sabe? Ele estava beijando e dançando com outro rapaz!", hilário.

Foram horas incríveis e de total rompimento com a minha realidade, que não ia nada bem. Nós descobrimos um esconderijo no meio daquele lugar gigante e ficamos um tempo ali, conhecendo um ao outro, de todas as formas possíveis. Eu não queria ser, simplesmente, o cara da formatura, já tinha passado por isso diversas vezes e me ferrei legal. Só que era diferente aquele dia, você estava livre e eu também, e aí eu pude me desfazer da placa "cadê meu boy magia?", por que eu havia encontrado.

Não bastasse sua notável experiência, mesmo tendo minha idade, ainda me surpreendeu com a forma que viveu, como conhece o mundo e fez trabalhos valiosos, e eu precisei sair da cidade para encontrar, finalmente, isso, além de alguém já formado, com um bom emprego e que conseguisse cuidar da própria vida sem reclamar do governo ou coisa parecida. Parecia perfeito demais, então achei que seria só bem efêmero, mas você fez questão de vir até mim algumas vezes, negando isso, me cativando e me fazendo fall in love por você.

Desculpa se pareceu que eu me fiz de difícil e te deixei na mão algumas vezes, a verdade é que eu não conseguia nem mais confiar em mim, que dirá alguém que não vive na mesma cidade do que eu. Mas eu desisti de desistir. E olha, só não direi que sou seu, nem você dirá que é meu, eu já vi pessoas e pessoas dizerem isso. E não queremos colecionar pessoas né? Mas o resto, o resto é nosso! 

Indiferente, meu amor. mudando de assunto, a coisa que eu mais faço é agradecer por tudo, e é claro que você está incluso, por que você só me fez bem e me fez fazer o bem também. Não posso achar melhor como tudo aconteceu, diferente de uns e outros que do dia pra noite acham paz em qualquer refém, você vem me trazendo paz há meses, pouco a pouco, enquanto te conheço. E, agora, eu sei que isso é real e totalmente possível.

Estarei aqui te esperando todo mês, como sempre, até o momento, que está bem próximo a propósito, de fazer nosso mochilão pela Europa (com exceção da Inglaterra, porque fica caro demais) e depois disso, sabemos que não precisaremos esperar mais. Eu me apaixonei e estou tentando sim, de novo.

Carpe Diem

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dormi com mais de meia dúzia

Não sei se rio ou se choro, mas... True history!




quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ser/Ter o que merecemos




Eu sempre pensei que a vida a dois era sobre estar com os pés firmes no chão, não importasse o quão forte a corrente de ar fosse. Mas ir com o fluxo não parece mais tão ruim, afinal. Contanto que seja para frente que você vá.

Ainda, por vezes, nas esquinas... Quando eu encontro alguém, eu enxergo outro alguém. Alguém que tenho certeza de que, agora mesmo, ainda está usando daquele perfume. Com aquele aroma, aliás, eu ainda posso dormir tranquilo, mesmo sozinho.

Diga-me, escrever sobre os nossos erros e as nossas feridas não é suficiente para fazê-los desaparecer, não é? Mas é o que eu faço. Agora mesmo, apesar da minha dor, é o que eu continuo fazendo independente da sua resposta.

Você sabe. Eu procurei e procurei, mas nunca consegui encontrar a chave que abrisse o caminho. E agora que eu parei de caçar, eu finalmente encontrei-a. Talvez, agora, seja a porta certa aberta para mim, é uma oportunidade única.

Diga-me se, por exemplo, fomos um par: seriam os abraços e beijos suficientes para lavar a minha tristeza? Ou então, que cada um pudesse evitar a solidão do outro com a nossa companhia? Enfim, eu não tinha a intenção de monopolizar você. Eu só queria que você precisasse de mim.

Novamente, devem haver milhares de pessoas tão idiotas quanto eu em torno de algo assim. Eu sou somente um entre muitos. Mas eu sou tão feliz... Afinal também posso desfrutar a chance de viver o meu sonho.

Eu não vou morar no passado mais, eu só vou pensar no amor que eu tenho agora e no amor que ele tem por mim. A partir deste momento vou continuar com este homem, e ser tudo que ele merece, porque ele é tudo que eu mereço. Então, agora, não há nenhuma necessidade para eu ser pretensioso.

Mas, realmente, esse caso é apenas um conflito dentro de mim. E já aprendi, fora daqui, que os seres humanos não podem compreender uns aos outros apenas por dizerem a verdade, pois é o que eu mais tenho tentado fazer e não adianta. E também é impossível ficar longe de ser ferido por algum tempo.

Então, tentar o meu melhor para não ferir aquele que me rodeia, receber o que mereço e ser o que ele merece é o certo. Pelo menos eu acho que é assim que deve ser.

Carpe Diem

sábado, 19 de setembro de 2015

De aqui, para além. Ou além daqui.

Sinto se quando caía a noite eu não me inspirava. Mas veja, agora a inspiração pura me ampara e também não tenho mais quem me afaga. Agora, os nossos acasos não mais se cruzarão, as nossas intenções não mais entram em comparação e os nossos momentos não mais existirão.

O sentimento é porque, quando contigo vivi, era impossível medir em rimas, impossível estruturar em parágrafos, impossível elaborar um enredo central, pois a impossibilidade era tua também. Enfim, setembro sempre me quebra.

Mês mais trovador que me desavisa, certamente fazendo de mim cantiga. Mas nem essa cantiga saberia dizer: se sou assim, um par impar, de aqui, para além. Ou além daqui.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mesmo que as pessoas continuem machucando umas as outras... Amar um ao outro ainda não é desperdício



Heim... Quando eu era pequeno, minha mãe, naturalmente, foi a pessoa que eu chamei de "mãe". Meu vô, era "vô", um professor era um professor e assim por diante. Nesse raciocínio, um relacionamento era, nada mais, que uma relacionamento...

Agora, a maioria dessas terminologias não fazem mais o menor sentido. Principalmente, o de relacionamento. E eu me sinto um tipo de criatura totalmente diferente. Mesmo depois de ter completado meus 24 anos.

Ainda por cima, não quero que saibam, mas não sinto vocação alguma pra superar desprezo. Sei que pode parecer óbvio, mas há pessoas que superam. E há maneiras e maneiras de se passar por isso.

Só que... Heim, eu quero amar alguém profundamente, não me tiro o direito e as minhas características de me apaixonar por um olhar ou sair a procura do amor da minha vida e nada mais...

Eu quero estar conectado fortemente através de laços profundos ou algo assim.

Heim,

Eu realmente não estou bem... Não quero ser deixado, esquecido.

O que devo fazer? Eu tenho medo.

...

Muita coisa aconteceu, e eu achei que tinha mudado, mas tudo tem acontecido da mesma forma que a primavera dos meus 17 anos. Vou me magoar completamente mais uma vez.

Heim... Devem ser milhões de pessoas com hábitos, características, imperfeições e jeitos iguais aos meus, não sou mais que isso ou aquilo.

Mas, se eu reconheço isso, eu poderia... Não! quero dizer: eu POSSO escolher viver um sonho de propósito,
quando eu agarrar a oportunidade, né?

Afinal, mesmo que as pessoas continuem machucando umas as outras...  Amar um ao outro ainda não é desperdício!

Carpe Diem

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Olha as ideias

Pensar que tudo que traz paz é o certo
Pensar que tudo que faz mal é errado
Pare, repense, enxergue isso bem de perto
Nada ao extremo deve ser adequado

Descobri, por que não fui pra isso criado
E nem fui antes, do sofrimento, alertado
Agora, aqui na minha mesa, onde mais fico
Reflito, sobre tudo que vivi e como seguirei

É difícil saber o que fazer, não há mais quem
Quem dizia "Vai estudar para ser alguém"
Quem dizia "Vai dar tudo certo, agora bora 'bebê'"
Quem dizia "Não importa nada, eu amo você"

Faz tempo, e quero que continue fazendo
Afinal, eu estou incerto se quero arriscar
Seja amor intenso, ou profundo sofrimento
Melhor como está deixar

Carpe Diem

Ps.: Não é Music to watch boys to to

sábado, 12 de setembro de 2015

Ainda pelo caminho, estrela

Se eu não me engano, por um momento, um corpo gritou pelo meu. Em algum coração houve rescisão, e cessou rápido. Enfim, palavras não bastam mais. Eu tenho me machucado, sem entender esse medo que me cerca. Mas quando, em cada memória que me convém, eu compreendo que sinto falta de algumas coisas que vivi, eu sei que, em hipótese alguma, sinto falta de alguém. São os momentos que meu destino proporcionou, os sentimentos que conheci, o amor que cresceu dentro de mim, estes sim, fazem falta de serem compartilhados.

Eu quero tudo de volta, junto com quem desconheço, apenas. Por que eu sei bem o motivo das histórias que passaram. Sei por que o preço da culpa ainda pesa e se perdoar não basta. O tempo é mal, me afasta das coisas e cansa. As saudades dos momentos, dos sentimentos e, de novo, não das pessoas, trazem dor também, porque, por mais que pareça que fui eu quem deixou, a verdade é que eu fui deixado. Muito mais de uma vez. Eu me fiz acreditar que errei tudo, que foi tudo culpa minha, só pra sentir o coração partir. Mas o meu partiu. Muito mais de uma vez.

Quando chega a hora de deitar, e eu lembro de tudo isso, e eu me vejo sozinho, e eu aprecio tanto quanto sofro, o momento. Mas não tem como não gostar, tem benefícios, é o meu tempo gasto comigo. E afinal, quando ele vier, eu estarei curado. Curado no sentindo de não me perder mais no que não é real, nem nas minhas mentiras, que são tantas. Quase todas confessas.

Agora o passado não me pertence mais, e não quero saber de futuro por agora. Vou cuidar das minhas palavras, das minhas rimas, das minha declarações e do resto que paga minhas contas. O amor significa muito pra mim. E eu me lembrarei para sempre, quando isso acabar, do que passei e como eu finalmente me tornei um ser humano melhor. Eu me transformei, mantendo tudo que de bom já existia. Todos os erros, arrependimentos, fracassos, dores, tristezas ficarão pelo caminho, atrás de mim. Mas ainda estou no caminho.

À frente, eu estarei ao lado dele, lembrando que o amo. E ele nunca deixará o nosso lar, nosso destino, será minha estrela.


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Um olá, um dia

Só você pra dar a minha vida direção
O tom, a cor, me fez voltar a ver
A luz, estrela do deserto a me guiar
Farol no mar, da incerteza

Um dia um adeus, eu indo embora, quanta loucura
Por tão pouca aventura
Agora entendo, que andei perdido
O que que eu faço, pra você me perdoar

Ah que bom seria se eu pudesse te abraçar
Beijar, sentir como a primeira vez
Te dar o carinho que você merece ter
Eu sei te amar, como ninguém mais
Ninguém mais, como ninguém jamais te amou
Ninguém jamais te amou
Te amou, ninguém mais
Como ninguém jamais te amou, ninguém jamais
Te amou
Como eu

Um dia, um adeus
Guilherme Arantes

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Obrigado por hoje!

Enquanto eu fazia as coisas do meu jeito e, a cada dia que passava, exigia que tudo fosse como eu queria, e ia pedindo mais, mandando mais, ia também descobrindo que a ansiedade me consumia. Anseio puro de querer e continuar querendo tudo, exigindo, ordenando. Até que, antes do caos, inevitável, alguém apareceu e deu um basta nisso tudo. Alguém me cansou a ponto de me por em seu peito, mesmo depois de desacreditado, e fez questão de fazer algo que eu nem sabia que existia mais - não por não acreditar, mas por falta de provas.

O resultado disso tudo não foi paixão, não foi tesão, não foi dor e nem desejo. Amor foi, por que sempre é, nesses casos. O resultado foi compreensão, foi o ato de desatar um nó e refazer em laço. O resultado ainda virá, em uma manhã seguinte, onde o sol nasce mais belo, por que você está ao meu lado lá, e agora também. Eu nunca havia feito tal. Eu nunca me permiti a algo do modo que houve. Até por que para alguém que, como eu, achava que sempre dizia tudo que pensava, sabia quase todas as palavras, aceitara tudo e achou que tinha passado por de tudo um pouco, houve uma bela surpresa.

Essa inspiração não é estranha, mas é única, e nem todas são. Talvez sejam os astros que nos beneficiaram nascer nas mesma constelação e seguir por caminhos parecidos. Eu sabia que não estava só, mas não achava que teria tanta sorte tão cedo, se bem que, afinal, não é tão cedo, por que você estava ao meu lado o tempo todo e sempre disposto a estender a mão, mesmo sabendo que talvez não fosse a hora certa de me salvar.

Obrigado por hoje, talvez eu não saiba quando irei poder agradecer novamente. Mas obrigado, Deus, e boa noite.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Cordel

Minha princesa
Quanta beleza coube a ti
Minha princesa
Quanta tristeza coube a mim
Na profundeza
O amor cavou
O amor furou
Fundo no chão
No coração do meu sertão
No meu torrão natal
Meu berço natural
Meu ponto cardeal
Meu açúcar, meu sal

Oh, meu guerreiro
O teu braseiro me queimou
Oh, meu guerreiro
Meu travesseiro é teu amor
Meu cangaceiro
Que me pegou
Me carregou
Que me plantou no seu quintal
Me devolveu
Minha casa real
Minh'alma original
Meu vaso de cristal
E o meu ponto final

Nossos destinos
Desde meninos dão-se as mãos
Nossos destinos
De pequeninos eram irmãos
E os desatinos
Também tivemos que vivê-los
Bem juntinhos
E os caminhos
Nos trouxeram para este lugar
Aqui vamos ficar
Amar, viver, lutar
Até tudo acabar... Tudo acabar!

Gilberto Gil


sábado, 22 de agosto de 2015

Nunca lhe vi, sempre te amei

A terra esta completa de céu, nenhuma nuvem para dar sombra em quilômetros e um calor incomum. Para mim, sempre incomum. Porém eu percebo cabeças frias, congeladas mesmo, não as derivadas de calma, mas as que perderam a sensibilidade. Atuando como cegos, é como eu os vejo. Ah, e também sempre com pedras e espadas nas mãos. Meu amigo, com exceção do tempo que muda as temperaturas, é quase sempre assim que eu vejo os outros. O que salva são as cores, tudo que provém da natureza pela atmosfera, as músicas que ouço, minha consciência, minha paixão e o alguém que nunca vi. Tudo lado a lado.

Por falar nisso, quando está tudo ornando, quando sinto a felicidade plena, sozinho e independente, eu me lembro dele. O que nunca vi e sempre amei. E, antes disso, digo ter a certeza de que nunca o vi, por que eu sei exatamente o que aconteceria/acontecerá quando o ver. O ser esculpido pelas mãos do mesmo criador, mas que me provocará em cheio, que fará não haver distância, que rodará toda minha alma entre outras coisas infinitas.

O objetivo é dizer que nunca o vi, querido, mas que eu estou aqui, te amando desde sempre. Mesmo que isso pareça um artigo, até com metodologia, mas não. Não! Eu digo agora, por que eu estou me mantendo preservado, se é que isso seja importante para você. Estou preservado para o menor sorriso dos seus lábios, preservado para cada piscar dos seus lindos olhos. Que cor terão? Estou preservado para seus braços que estão procurando por mim. Nossa, e como estou preservado para cada um dos seus divinos beijos.

Eu sei que está tudo destinado à mim. Sei que também estou preservado nesses pequenos pensamentos que passam pela sua cabeça. Pelas lembranças inexistentes que você tem da minha pessoa desconhecida. Estamos preservados em uma doce aura, que irradia mais a cada dia que você se aproxima. Estamos preservados, um ao outro em nossos sonhos, doces e surreais, como eu os chamo. Lá, é você o mais belo, e que ainda não vi.

Não sei se ainda acredito em almas gêmeas, mas depois de tê-lo, não precisarei acreditar em mais nada, mesmo. E foi-se aquele céu lotado de azul, dando lugar à escuridão. É fim de agosto, meu amigo. Tudo pode acontecer. E, nesse calor, enquanto eu não vejo aquele a quem destino todo meu amor, eu continuo observando as cores, tudo que provém da natureza, as músicas, minha consciência e minha paixão, tudo lado a lado.

Para amor e amar.

Carpe Diem

domingo, 16 de agosto de 2015

Pouco do que tenho feito, muito do que sou - dias simples

Segunda-feira, pra mim, não é sofrimento. Trabalhar pelo que sou apaixonado não me cansa. Acordo e passo a semana animado, pensando "o que temos pra hoje?". Todo dia útil - que começa sempre com meu pãocafécomleite sagrado e termina com uma janta gourmet ou uma fruta fresca - é uma benção, é divertido, é usado e é vivido. Ser pontual e organizado in é um prazer, mas quando preciso trabalhar out, nem preciso dizer que eu sou do mundo, né?! 

Nas noites 'úteis', enquanto janto, acompanhar minhas séries, ouvir minhas músicas, reinar o ambiente e ser mestre de mim, são atividades de contentamento puro. Sem contratempos. Depois, pouco antes do sono dos justos, sempre um livro na cabeceira para ler - pois é, com muito custo, retomei a prática, graças - e comer mais! Durmo em um instante. Não existem grandes preocupações.

Nos outros dias, folgas, finais de semana, feriados! Como não amar? Poder tentar dormir um pouquinho mais tarde (mesmo não conseguindo), acordar quando der na telha, fazer um café da manhã especial, com direito a gordice e assistir, sempre, a uma comédia. Fazer almoço, só nos finais de semana, é maravilhoso. Ele fica sempre mais gostoso.

As tardes desses dias julgados 'não úteis', são regadas a sono, mais séries e filmes e, próximo ao entardecer (a melhor hora do dia, quando estou feliz) é hora de preparar o físico e correr - mesmo que correr signifique morrer em 200 metros, mas faço o possível - e caminhar até onde meus pés me levam. Sempre é bom senti-los. Ver que podem ir longe.

Já as noites de sexta, sábado e domingo são as mais randômicas possíveis. Um misto de escolhas, algumas dependem da quantia de ânimo que eu tenho na carteira, outras, da quantia de ânimo que eu tenho no coração. Se divertir sozinho é sempre o objetivo inicial, a expectativa. Já a realidade toma conta e me leva a lugares que não quero estar, mesmo dentro de mim e, as vezes, fora. Ainda assim, aprendo com tudo.

Depois começa outra vez. Atuais dias simples e incríveis. Eu aceito de bom grado e agradeço a Deus pelo que veio e não vem mais e pelo quem tem vindo. Afinal, claro, sei que são fases e sei que, como não tenho mais o que tive no passado, não terei tudo isso de agora no futuro - terei coisa muito melhor -, mas vou ter saudades disso tudo que escrevi, de ficar só, me curtir, então vou aproveitar o máximo, e estou.



Carpe Diem

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pronto é o que sou

Pronto para ser desigual.

E, claro, pronto para ser banal.

Pronto para crer que posso fazer quase tudo sozinho.

Mas não o principal: seguir em solidão, o caminho.

Sempre pronto para ser atencioso.

Pronto sou e sempre corajoso.

Tanto pronto para cozinhar qualquer desafio,

Quanto pronto para escalar qualquer altura impossível.

Pronto para cair, cansado de tudo.

Não querendo estar assim, então eu mudo.

Fico pronto para dar meu sangue a ferver.

Pronto para enfrentar a dor que é crescer.

Mas sempre pronto para brincar e sorrir.

Pronto harmônico, há de convir.

Destemido, sempre. Pronto para enfrentar.

Louco por estar pronto para o amor e o mar.

Pronto para descobrir a casa que minh'alma é, e minha mente também.

Pronto para dar o tempo necessário para tudo e ir além.

Sonhando novamente.

Pronto.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

H.M.B.F.

Nossa amizade surgiu em um dos atos mais simples e corriqueiros que a vida proporciona, mas que acontecem cada vez menos hoje em dia. Não sei se é por que na vida adulta é assim mesmo ou por que as pessoas não se importam mais. Foi um "Puxa uma cadeira e senta aí!" dito pra mim, novato em uma escola, e pronto: já são oito anos conversando. Essa nossa relação possui algo tão prosaico quanto abstruso e pra ser sincero, eu tenho preguiça de dizer o quão você é especial pra mim, por que você já tá cansado de saber.

Hoje não é nenhuma data especial, você não foi embora do país, você não está em coma (graças a Deus), nada do tipo. Só que você precisa saber que eu me importo, por mais que não pareça, com você. E que você nunca estará sozinho. E que se, em algum momento (qualquer momento), você olhar pra trás e não gostar do que ver, você sabe que tem um lugar para ir, e eu sei que é isso serve pra mim também.

Nós fomos nós por muito tempo e, de alguma forma, ainda somos, mas algo mudou. Só que fica mais forte a cada dia que passa, não importa. Eu gostaria que alguém pudesse ter um amigo como eu tenho, e ao dizer isso eu não quero por você em um pedestal (lembra?), é por que a nossa relação é tão detestável quando amável, mas nunca apática.

Ninguém o vê como eu, e eu adoro isso. Só que ninguém me vê como você, e as vezes isso é ruim. Mas o que importa aqui, é que por mais que minhas palavras não valham muito neste mundo, elas são as coisas mais preciosas que possuo, e vou fazer o possível para usá-las com sabedoria, quando eu puder e quando eu achar que elas podem fazer o seu dia, ou a sua vida, melhores por um instante.

Amo você. Carpe Diem.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Tua ausência é um poema

Se você apenas me conhecesse, do jeito que eu te conheço
Se você pudesse ver além das minhas palavras e devaneios
E olhar em meus olhos, mais uma vez, para enxergar a verdade
E, ainda, caminhar ao meu lado sem mais nenhum receio

Se você apenas me julgasse, como me julguei
E me perdoasse, como me perdoei
Até por erros que, então, nunca cometi
Se você tocasse meu coração para saber 
Que errado, mesmo, é estar longe de ti

Se você apenas soubesse, 
Que poucos relâmpagos não trazem tempestade
Que nem toda estação é inverno ou verão
E que de ti e teu beijo nunca perdi a vontade

Só se disso tudo você fosse sabido
O que isso significa neste dia
E que o meu sentimento não declina

É que talvez algo floresceria
E a brisa que toca meu rosto
Pela eternidade o seu tocaria

Carpe Diem

terça-feira, 28 de julho de 2015

Você sabe o que está fazendo?

Ninguém sabe, realmente, o que está fazendo. Você sabe? Quando penso nos outros, acho que eles sabem, mas não sabem, não. Eles pensam demais, e aí quando tentam concluir, percebem que é impossível. Traçar uma meta, planejar, sonhar, é tudo diferente de produzir e executar. Tudo. Mas, em certo momento, quando feito aquilo que 'você não sabe realmente o que é', se está se sentindo bem, acho que valeu. É uma das únicas recompensas, um dos alívios: Sentir-se bem. Mas se não sente, você já sabe que tem algo errado.

Se seu coração sente, seu corpo e sua saúde também sentem, quando cada parte de você sente-se bem ou mal. Quando é mal, há remorsos, arrependimentos, erros, fracassos, dificuldades, faltas, tudo se acumula. Tudo é revivido, parece um filme mal produzido e sem roteiro. Os seus momentos mais sombrios surgem e parece que não há saída. Quando bem, é leve, tranquilo, sentimento de conquista e preenchimento interno, nada se acumula e é maravilhoso. Parece o 'felizes para sempre premiado por um óscar' em uma versão de segundos. Há saídas por todos os lados. Experiência minha.

Sentindo-me bem ou mal, Deus sabe como faço o possível para parecer forte. Deus sabe como faço o possível para ser alguém.  Deus sabe como eu quero me sentir. Eu sei o que eu quero pra mim. Mas será que eu sei o que estou fazendo?

Carpe Diem

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sou um tolo sentindo amor

Sou tolo por amor.

Queria saber fazer dar certo,
Por que estou sentindo amor
Acima de tudo e todos os outros,
Eu sei que ele está desvanecido,
Mas não tenho nenhum outro além deste.
Quem vier, que fique, e não feche as mãos.
Sou como um tolo sem rumo,
Queria fazer dar certo,
Por que eu estou sentindo amor
E esperando por um beijo,
Não importa o quanto demore.
Eu sei que estou desvanecido
Mas fico aqui esperando bem, sozinho.
Quando vier quero saber fazer dar certo,

Sou um tolo por Amor.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Dois meses e comemorações

Dois meses

20/07 - Sobre dois meses sem receber afagos, carícias, beijos e outras coisas do tipo com ninguém: ainda acho pouco. Afinal, essa experiência tem me feito muito bem, considerando que ficar só tem inúmeras qualidades, como todo piegas já sabe. Inicialmente a sensação, pelo menos a minha, era de que o mundo estava acontecendo sem você, que todos deram um jeito de compartilhar a felicidade com seus companheiros e que a amizade não existia mais como antes. E, também, porque junto com a abstinência de "paixão" vieram alguns problemas de saúde que me deram mais abstinências como reduzir alimentação, não beber álcool e, consequentemente, não fazer várias outras coisas que isso envolve.

Bom, mas quando você se vê completo (completo mesmo) sozinho, é aí que consegue sentir que pode acontecer junto com o mundo. Sim, eu estou acontecendo, talvez como em um casulo, mas é foda ficar nas metáforas. De qualquer modo, nos dias bons e ruins, que nunca deixam de existir, como todas as coisas no mundo, também boas e ruins, eu vou continuar. Preferivelmente só. Já fiz uma novena, já me perdoei, pedi mais perdão, já agradeci e fiz meus pedidos, quase sempre atendidos de prontidão.

Comemorações

Inclusive o modo como comemorei dois meses de abstinências (só eu pra comemorar uma coisa dessas), foi um dos pedidos realizados de prontidão. Acampar no rio Araguaia não poderia ter sido um presente melhor. Na prainha, na primeira noite, o céu estrelado roubava qualquer outro momento feliz q havia ocorrido durante o dia. É incrível como quase me faz chorar, refletir e sonhar. A quantidade de luzes naquela noite, as manchas e constelações  que são impossíveis de ver da capital, me faziam ser o melhor espectador.

Aquele céu! Poderia observar por horas a fio, mas o peixe assado estava pronto. Outra maravilha, e sem espinhas ainda. Junto a mim, na mesa, ouvindo sucesso dos anos 80, pés na areia e fartura, pessoas tão diferentes e que se entendiam como verdadeiros seres humanos, um casal de doutores, um casal de pescadores e a Jane, anfitriã da prainha, todos assuntando sobre os mesmos simples interesses: pesca, comida e natureza. Melhor impossível. Meu último dia de orações intensas, da novena, e o primeiro do acampamento, acabou com um sonho virando realidade, eu feliz. Eu sendo realmente feliz.

Depois disso, de dias desfrutando do que podia, na prainha ou em Barra do Garças, com aqueles amigos que, por um momento, pensei que não existiam mais, eu fui sendo mais e mais feliz. Reencontrar pessoas, receber abraços, elogios e ver como sentiam minha falta, foi energizante. Sejam ex-colegas de trabalho, amigos de faculdade ou até os da escola. Ouvir o que eles tinha a dizer sobre mim e como eu não fui apagado da vida deles, por mais que não nos falássemos com frequência, isso é amor.

A intenção, no fim, foi marcar aqui o que lembro que realmente me fez bem. A gente sabe como é terapêutico e é interessante escrever. Eu sei. Só resta, agora, agradecer mais e mais por esses presentes, essas comemorações, e esperar que os próximos dias/meses sejam desafiadores e me levem ao caminho certo. Por que comemorações como essas são raras, e por um bom motivo: para que possam ser apreciadas pelo quão realmente valiosas são!

Carpe Diem



sexta-feira, 10 de julho de 2015

Todo dia

Agora que agora é nunca

Agora posso recuar
Agora sinto minha tumba
Agora o peito a retumbar

Agora a última resposta
Agora quartos de hospitais
Agora abrem uma porta
Agora não se chora mais

Agora a chuva evapora
Agora ainda não choveu
Agora tenho mais memória
Agora tenho o que foi meu

Agora passa a paisagem
Agora não me despedi
Agora compro uma passagem
Agora ainda estou daqui

Agora sinto muita sede
Agora já é madrugada
Agora diante da parede
Agora falta uma palavra

Agora o vento no cabelo
Agora toda minha roupa
Agora volta pro novelo
Agora a língua em minha boca

Agora meu avô já vive
Agora meu filho nasceu
Agora o filho que não tive
Agora a criança sou eu

Agora sinto um gosto doce
Agora vejo a cor azul
Agora a mão de quem me trouxe
Agora é só meu corpo nu

Arnaldo Antunes / Titãs 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Que bom que você apareceu

Eu preciso viver de amor. Eu sobrevivo assim. Vejo como um trabalho voluntário que eu faria 24/7 se não tivesse contas a pagar. Mas será que eu preciso me apaixonar agora? Mesmo com coração partido ou vivendo um sonho, eu acharia necessário se não tivesse traçado um plano. É que, estar encantado com o agora tem me ajudado nessa dolorosa trajetória sem novos personagens e sem paixonites. Eu decidi não criar laços nem meios que me levassem a um possível fascínio. Então eu estou aprendendo a viver sem coisas das quais eu achava que precisava.

É mais o seguinte: fazendo de conta que estou distraído, por que não tenho conseguido realmente ficar, eu penso em todo momento que meu amor chegará pra dizer "andei saindo com as pessoas erradas esse tempo todo, agora você está aqui, na minha frente". Mas ele não chega, e essa estratégia é friamente calculada, por que obviamente não é o momento. É como quando você economiza com o cartão de crédito. Digo, quão boa é aquela sensação de quando a fatura chega e você não tem uma surpresa, não é?

Eu realmente pensei que precisava me apaixonar a qualquer custo e a todo momento. Mas, vejam só, é uma opção, SIM. Dá pra se divertir, dá pra se alimentar, dá pra viajar, dá pra ir na padaria, SIM. Sem se apaixonar. Eu preciso lutar contra isso se eu quero tanto um amor verdadeiro. Eu preciso abdicar e brincar de abstinência. Mesmo que meus métodos sejam duvidosos.

No mais

- Quando lembro que me vejo sentado ao lado de um homem em qualquer lugar e que ele não exita em pegar minha mão para demonstrar um gesto de carinho, ou mesmo para me tirar de onde eu esteja e me levar aonde eu preciso ir. 

- Quando eu me vejo deitado ao seu lado pelo simples fato de que decidimos dormir juntos noite após noite. Quando o sinto acariciando meus cabelos, dizendo que sente algo único e imensurável. Poupando-me de elogios e agindo como um homem. 

- Quando eu imagino seus braços me entrelaçando enquanto observamos alguma das vistas incríveis deste mundo. Quando eu imagino sua voz me acompanhando o dia todo, da noite ao amanhecer. Ou imagino uma foto nossa tão linda, dessas que a gente até manda revelar.

Eu me pergunto: Será que eu sei do que eu preciso? Será que eu preciso mesmo me apaixonar agora? E aí eu acho que não! Não quero viver o futuro antes da hora. Prefiro ficar e declarar o que necessito aqui, e quando ele ver pelo que passei, dirá sim "Estive saindo com os garotos errados", e eu direi "Que bom que você apareceu".

Eu não estou fazendo nada e é isso que deve ser feito. Eu não estou negando ou me escondendo, por que se ele aparecer amanhã, por exemplo, é claro que eu vou ficar feliz. O que estou querendo dizer é que eu vou saber quando ele chegar e que eu não vou dar chance a mais nenhum mentiroso que tenha boas intenções. Muito menos serei, novamente, tal qual.

CARPE DIEM

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Faz tempo

Tanto tempo que eu não sei o que é sentir barro debaixo dos meus pés e água da cachoeira caindo sobre mim. Tanto tempo que não sei como é fazer e soltar uma pipa, sentir ventos de junho, julho, agosto em um campo, despreocupado de tudo. 

Tempos que não sei o que é ir ao cinema sozinho, ou comprar um CD com aquela trilha sonora incrível daquele filme mais incrível ainda. E mais tempo ainda que não sei o que é dirigir sem rumo, mesmo que seja de mentirinha, fingir estar fugindo. Só eu e aquela garrafa de tequila ao meu lado. São coisas diferentes, de momentos diferentes, mas que eu lembrei agora por um instante. Mas tem mais. Incontáveis coisas das quais fazem tempo e que eu já nem sei bem como é. 

Estudar para uma prova. Ficar de ressaca. Ver o nascer do sol. Fazer uma trilha. Tem tanta coisa, meu Deus, coisas que vem sem permissão e me invadem de saudade. Aquele abraço milagroso de mãe. Aquele carinho em forma de brincadeira do pai. Aparar aquele gramado gigante, tomar banho de piscina, mas só depois de limpá-la. Enfiar a cara na maria-mole ou no brigadeiro de panela. 

Sejam recentes ou distantes, as memórias de coisas que faz tempo que não faço, começam a me consumir, só por que eu estou tentando me tornar alguém novo. Eu vou enfrentá-las, sentindo a dor da saudade e a força da esperança em poder refazer coisas como essas um dia, de um jeito diferente e melhor. Reconstruir vai ser uma tarefa interessante e saudável, de certo modo.

Por mais que ser adulto seja difícil, eu não acredito que nunca mais terei essas coisas. Não terei da forma como aconteceram, mas terei. Da mesma forma como terei, de um dia em diante até o fim, aquilo que não faz tanto tempo que eu tive, mas que é o que mais desejo e pelo qual eu vivo, que me define e me transforma. Um Amor que vai do beijo mais doce a atração mais forte. Um Amor que viva ao meu lado e me aceite como o aceitarei. Um homem de verdade, sem perfeição e pronto para me amar como estou pronto para tê-lo. Com ele, eu faço questão de reconstruir memórias e torná-las mais marcantes, para poder viver minha vida intensa e em paz!



terça-feira, 30 de junho de 2015

Dois pontos

Hoje o céu brilha, desde o meu pôr-dos-sol, com dois pontos em destaque. Pelo menos agora, no céu noturno e sombrio que a cidade proporciona, só vejo os dois: Vênus e Júpiter, um ao lado do outro. Não é algo tão raro mas é bonito de se ver. Sinto saudades de noites mais estreladas, mas isso não tem preço (nos dois sentidos) na fase que eu enfrento.

Eu acho estranho como me privo de dizer coisas no meu próprio blog, acho que eu não devia fazer isso, não é pra isso que ele serve. Ele deveria ter mais passagens de momentos quando eu me odeio, por exemplo, mas não é o caso hoje. Hoje, dois pontos, não belos como os que vejo no céu, me incomodam muito. Desempregado novamente e com a saúde instável. São dois pontos que me preocupam e os dois são a base para sobreviver atualmente. Emprego e saúde!

Enfim, não tão preocupado quanto eu deveria, mas atento às possíveis consequências, que serão iminentes de qualquer modo, continuo seguindo tranquilamente. Não vou enlouquecer de vez. O que é um desempregado nesta crise? Ou um jornalista com uma úlcera? Né?! Eu não quero ser ingênuo, mas eu ainda estou otimista, e eu só vejo coisas boas por vir.

Eu quero deixar aqui, estes dois pontos e lembrar, um dia, como foram insignificantes comparados àqueles dois planetas incríveis que brilham no céu esta noite. Eu vou passar por tudo isso, com uma carreira exemplar e uma saúde de ferro, vou morrer, virar pó e aqueles dois planetas irão continuar lá, brilhando, mesmo que no céu não haja mais nenhuma estrela, como hoje!

Ah, e amanhã é lua cheia, melhor ainda!

Carpe Diem

sábado, 27 de junho de 2015

Sensate

(Quase) Vinte e cinco anos e minha vida está imóvel
Estou tentando subir aquela grande colina de esperança
Por um destino
Eu percebi logo quando soube que
O mundo era feito para essa
Irmandade dos homens
Seja lá o que isso signifique

E então eu choro algumas vezes quando estou deitada na cama
Apenas para tirar tudo que está em minha cabeça
E eu, eu estou me sentindo um pouco peculiar

E então eu acordo pela manhã e vou lá para fora
E eu inspiro profundamente
E eu fico muito chapada
E grito com toda a força
O que está acontecendo?

What's up - 4 Non Blondes

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Pausa e reflexão

Eu não acredito que eu demorei tanto para perceber como é importante demonstrar que ama, quando se ama. Acha que foi por que eu não fazia isso? Pelo contrário. É justamente por isso que eu demorei, por que não sou só eu, é o outro. O outro. Demonstre com sutileza e dedicação quão importante é a pessoa que você ama, e perceba se é recíproco. Não é difícil. Pare e reflita.

-

Quando e como impedir que o ego te atrapalhe? Não tem como determinar. Mas acredite, existem inúmeras possibilidades de benefícios em um relacionamento que você não se dá conta, mas a vida irá te ofertar. Não seja estúpido, não se importe com sua beleza, seus bens, nada que limite só à você. Pare e reflita.

-

Nós erramos, sempre. Mas vamos ficar tranquilos, focados em não repetir o erro. Isso é muito importante. Vamos admitir nossas falhas, isso ajuda a seguir adiante. Só assim não deixaremos problemas estragarem sentimentos valiosos e nem machucar quem amamos. Pare e reflita.

-

Por mais que tenhamos vivido uma vida inteiro com nossos pais ou responsáveis (a maioria de nós), a vida adulta nos reserva coisas totalmente diferentes. Coisas pelas quais não fomos preparados nem física, nem psicologicamente. Mas, como sempre há o lado bom, devemos saber que sair da nossa zona de conforto nos faz enxergar um mundo de uma forma bem mais ampla. As experiências, depois disto, são muito úteis. Pare e reflita.

-

Por fim, não menospreze sentimentos de outrem. Não faça isso, jamais. As pessoas escolhem caminhos durante toda a vida e isso já é tão difícil, não desvalorize se ela falhar, não a desmereça em seus momentos ruins. Entenda: é preciso se esforçar para criar aquela empatia do início, por isso ela é tão incrível, quando acontece. Ajude. Pare e reflita.

-

É preciso paz de espírito antes de qualquer coisa. Pare e reflita. Comece hoje!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Sem por cento e vinte

Sem parceiro, há 30 e por mais 120 dias
sem expectativa,
sem álcool,
sem doces,
sem café,
sem cigarros,
sem strip,
sem tesão,
sem pegação,
sem beijo,
sem sexo,
sem dinheiro,
sem desejos,

Mas,

Sem traumas,
sem traição,
sem arrependimentos,
sem gordura,
sem vícios,
sem novos vícios,
sem consequências,
sem perca de tempo,
sem chatice,
sem precocidade,
sem usar minha vitalidade,
sem gastos desnecessários
sem decepções,

Mas,

Com Amor,

Nathan Sampaio

domingo, 14 de junho de 2015

Attraversiamo

Eu amo essa simples e quase inexistente ponta de possibilidade que a existência pode me proporcionar. Eu amo o fato de estar inundado de esperança neste exato momento, enquanto sinto uma leve brisa que passa plea minha janela. Essa brisa que, aliás, fica mais fria e amansada a cada hora da noite, mas que era quente e aconchegante ao pôr do sol, meu momento favorito do dia.

Como eu amo me sentir assim, tanto quanto amo dizer que me encontro feliz sem nenhum motivo aparente. Um domingo chato e entediante, sem ação fora da tela da minha televisão, MAS, um cheio de vida em meu coração. Não me deixo a sós, é o que percebo. Não me deixo por vencido, eu estou torcendo para o final feliz - do dia - a todo momento.

O fato de me por a atravessar o dia, como se ele fosse a unidade de medida mais importante, é simples. Tão simples quanto aquela possibilidade que eu citei, sobre a existência. Atravessar o dia e chegar ao final dele, como bons pensamentos e, principalmente, bons agradecimentos, é o que me resta e o tomo como meta.

Sejam dias em que eu estiver viajando, seja o dia em que eu estiver trabalhando, sejam dias bons, ruins, o final dele é mais uma probabilidade de que o amanhã poderá existir e ser melhor. No mais, continuam meus erros e minha limitações, que me ensinam tanto quando meus acertos e virtudes. Agora, mais um domingo se foi, e eu continuo pensando no amor como a melhor coisa do mundo.

Attraversiamo!

Um toque um pouco mais Cristão

Sempre tenha fé, tenhamos. Chegaremos lá independente de qualquer coisa, e você sabe. Contanto que permaneçamos com fé e bons pensamentos. Estudos, trabalho, companhias, atitudes, palavras, cada coisa, importam. Mas acima de tudo, precisamos ter, eu insisto, FÉ.

Palavras não podem expressar o amor que sinto por você e nem a dor do meu coração, sabendo que jamais poderei ficar ao seu lado e vê-lo realizar o plano de Deus pra sua vida. Parte meu coração a ideia de ter te deixado, mas sei que Deus está no controle. Os caminhos Dele são mais altos que os nossos, e os pensamentos Dele são maiores que os nossos.

Em etapas diferentes, horas, dias, semanas, coisas passam pela minha cabeça e me transformam. Hoje, por exemplo, espero que possamos viver uma vida plena e permanecer na alegria do senhor. Você estará sempre no meu coração, ...

Carpe Diem


terça-feira, 9 de junho de 2015

Corpo, Mente e Alma

Aguente firme, corpo, não é com um quarto de década que te quero ver se render. Aguente firme, corpo, sei que não te trato como deveria, mas eu o respeito, e muito. Aguente firme e me desculpe. Me desculpe pela falta constante de alimentos saudáveis que eu deveria te dar, de exercícios físicos que eu deveria te aplicar e pelas pessoas que eu o coloco para deitar. 

Também peço desculpas a você, corpo, por que coisas que fogem da física refletem em ti, sabemos disso. Não me abandone, corpo, eu ainda preciso de você para me levar à lugares incríveis, comer raridades, escalar montanhas, nadar por mares e fazer muito amor, até o fim, com a mesma pessoa. Acredite em mim, corpo!

Aguente firme, mente, não é agora que você deve entrar em conflito. Aguente firme, mente, sei que que te sobrecarrego por horas a fio, mas eu a respeito. Me desculpe, ainda, por não ser estritamente ignorante da forma correta. Digo, dar atenção a coisas não relevantes e desviar o foco, tal qual você me põe.

Ainda me desculpo, mente, por te por em crise com meu corpo. Sei que devemos ser um só, mas me entenda. Ei de conseguir te conduzir, e acredite, meu corpo irá te obedecer e seguir aquilo que combinamos, desde o início. Acredite em mim, mente.

Obrigado alma, por me fazer tão são diante de tanta desordem. Obrigado, se é que é à você que devo agradecer, por não me tornar aquela pessoa que eu não queria ser, e que me faz ter consciência mental e física disto. Obrigado por tamanha expansão, a qual me faz enxergar através dos problemas, ser de pura empatia e não me deixar sucumbir ao ódio. 

Aguentem, desculpem e, mais que tudo, obrigado. Agradeço à vida e ao dia de hoje.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Felicidade X Crise

Conheço tantas histórias, tramas, vizinhas da minha vida. Mesmo assim, com tantos conselhos, tantas provas vivas, tantas conversas e desabafos, eu, igual a várias pessoas, decidi descobrir por si só até que ponto podemos chegar em alguma determinada situação, seja ela fatal, enriquecedora ou ambos.

Conheço da viajante que consegue sempre uma maneira de estar pelo mundo e que faz o que for por isso, até a garota que largou todos e tudo que tinha, que era pouco, pra unir forças em um matrimônio, enfrentando ele como destino, pela vida toda, no mesmo lugar, com a mesma pessoa, sem pestanejar.

Conheço uma pessoa que fez sua vida fora do país e outro que fez de sua vida estar em outro país. Conheço uma pessoa que poderia fazer a diferença no mundo, mas não consegue dar o primeiro passo e uma pessoa que dá passos gigantes sem chegar a lugar algum. Conheço pessoas que mudaram a vida depois de décadas vivendo da mesma forma, deixando tudo para trás e arriscando o novo, uma se arrependeu e tem enfrentado as consequências, a outra ficou presa no passado.

Também conheço indivíduos que não mudam, estacionam e passam anos vendo o tempo passar, com mesmos empregos, mesmos relacionamentos, mesmas roupas, mesmas palavras, tudo. E pessoas marcadas pelo resto da vida? de uma forma que vira a rotina do avesso... conheço algumas. Pessoa que da noite para o dia tiveram que aprender a viver de forma diferente, seja por um erro cometido no passado, seja por um descuido desapropriado. 

Agora eu... Longe de ter uma dessas vidas que citei, estou passo a passo de acordo com o que acredito: fazendo o que gosto, removendo empecilhos do caminho e mudando o caminho quando possível. Mas algo na minha vida, diante de todas essas, que eu contei, está guardado, escondido talvez. O Amor, do qual eu tanto falo, parece estar esperando eu passar pelo que for para eu dar o valor que ele merece.

Venho me superando, não achei que fazer algo, tomar uma decisão, por mais boba que parecesse fosse doer tanto. Mas não me arrependo, só preciso tomar mais cuidado. Acho que sou mais daqueles que lidam com as consequências do que os precavidos que não as têm. De qualquer modo jamais desistirei do que a vida me reserva, jamais desistirei da própria vida, jamais resistirei ao amor.

Felicidade e crise tem algo em comum: a sensação efêmera da eternidade.