segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Um dia especial

Hoje eu não estou inspirado, talvez eu não tenha sido tolo o suficiente nos últimos dias. Mas, novidade, eu prefiro ser estimado a estar inspirado. De qualquer modo, um não anula o outro.

Hoje é um dia especial, só porque ele não vai existir nos próximos anos. Mas, também, porque meu ano-calendário "Solteiro em Goiânia parte I" acabou de acabar. Uma nova fase se inicia e, para minha surpresa, ontem alguém disse:

- Eu protejo você!

A máxima "eu me cuido muito bem sozinho" nunca fez tanto sentido. Porém, um misto de sensações me envolveu. Alguns sentimentos estranhos, confusos, bons, ruins, tudo ao mesmo tempo. O que está acontecendo?

- Acho que, no final das contas, nada demais!

É só aquela sensação que eu havia dito outrora por aqui, de que algo está chegando ao fim para dar lugar a outro algo melhor, como em todo fevereiro/março acontece. Talvez não seja assim pra sempre, mas enquanto está durando, eu agradeço.

- Obrigado!

Eu só tenho a agradecer por esse dia especial que também foi ontem, que é hoje e que, talvez, será amanhã. Eu estou feliz e com saúde o suficiente pra continuar firme no meu propósito, e isso ninguém pode mudar.



16/02/2011

Gosto de lugares abertos, espaçosos e, de preferência, onde eu possa me perder um pouco, ficar só. Ficar só, apreciando o céu ou as pessoas: ambos parecem não ter fim e possuem brilhos diferentes. Gosto de vento no rosto, frio pra poder esquentar, chuva pra poder dormir, se tempestade, melhor ainda. Aprecio a neve e sei que gosto também, mesmo sem ter sentido/visto pessoalmente.

Também gosto de estrada de terra, dirigir em estrada de terra, dirigir. Gosto de mar, não de areia. Gosto especialmente de dias nublados e úmidos, não secos, nem ensolarados. O que gosto de apreciar são plantas brotando sozinhas em lugares difíceis de acreditar, e de insetos redondos que aparecem em todo lugar. Gosto de ver o céu sempre que há nuvens, estrelas ou lua. Pra mim todas etapas do dia são dignas de bom gosto, mas é claro que o anoitecer é incrivelmente especial pra mim, quando tiro tempo pra contemplá-lo me parece sempre a primeira vez.

Gosto de cheiros estranhos e diferentes, como cheiro de fazenda, mistura de chiqueiro, gado, hortas e comida caseira. Cheiro de cidade grande e todas as fragrâncias singulares ou misturadas pelos ventos, também. Gosto do cheiro de amanhecer, terra molhada, três perfumes em especial e de gasolina. Gosto também de barulhos de carros a noite, do trânsito ou do simples e contínuo som dos grilos, além de uma lista interminável de sons e músicas e do silêncio.

Gosto do pão definitivamente com a casca, e não abro mão de comê-la primeiro, gosto muito também de frango com molho agridoce, aquele maravilhoso caldo de carne ao curry, batata sauté, frita, assada, cozinhada e todas receitas que incluam batata ou mandioca. Comida é o que não falta pra gostar, frutas, verduras e dos pratos mais simples.

Gosto de ficar em silêncio ao lado de uma pessoa assim que a conheço. Não fui eu quem inventou as palavras e não preciso exatamente delas pra mostrar como devo conhecer alguém. Gosto de poemas, letras, pessoas que trabalham e que não falam muito também. Falo só o necessário. Palavras são o que não faltam aqui, já falo muito sem usar a boca e quando estou nervoso não sei o que dizer, esqueço que não preciso dizer nada.

É muita coisa pra gostar, um gosto pra cada estrela no céu. Não coube tudo aqui, nem precisa!

Porém, se me perguntar do que gosto mais, vou dizer, as ultimas coisas que aconteceram, e das que mais gostei recentemente: Uma "reconciliação", um jogo de leréia, uma ypióca de guaraná, um jogo de uno, uma oportunidade de emprego, uma viagem com trilha sonora, goiaba e assistir um filme de mãos dadas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

L'amour Toujours

Eu ainda acredito nos seus olhos. E eu não me importo com o que você tem feito na sua vida.

Amor, eu sempre estarei aqui ao seu lado. Não me deixe esperando tanto tempo.

Por favor, venha. Eu ainda acredito nos seus olhos.

Não há escolha, eu pertenço a sua vida, porque eu viverei para te amar todos os dias.

Cada dia e cada noite, eu sempre sonho que você está do meu lado.

E toda noite, bem, eu disse tudo.

Eu voarei com você.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A rosa que morreu afogada

Quando você ama alguém, presumo que deva amar seus defeitos, aceitar a pessoa, o que você não gosta nela. Afinal, nada é perfeito, nem o sentimento.

Quando você ama alguém, os dias continuam se inclinando, levemente, ao fracasso ou ao sucesso, normalmente, como em qualquer outro momento da sua vida.

Paciência. Só existe a sorte, boa ou má.

Quando você ama de verdade, você toca, cativa, respeita de verdade. Mas isso não é da noite para o dia. Você aprende a tocar, cativar e respeitar o outro da forma que ele merece.

Quando você ama de verdade você não quer abandonar o outro e, ao mesmo tempo, o deixa livre para fazer as suas próprias escolhas, mesmo que uma delas seja deixá-lo.

As rosas precisam de água, como nós precisamos desse amor, seja o próprio, o fraterno ou o romântico. Mas se jogarmos uma rosa na água, ela morrerá afogada. Entende? Entendo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Only if before or after

I could offer you
A warm embrace
To make you feel my love

only if before or after



I know it's crazy
But you still can touch my heart
And after all this time

only if before or after


And there is no one there
To dry your 'tears'
I could hold you
For a million years

only if before or after


I still believe
Someday you and me
Will find ourselves in love again
I had a dream

only if before or after


I know you
Haven't made
Your mind up yet
But I would never
Do you wrong
I've known it
From the moment
That we met
No doubt in my mind
Where you belong

only if before or after


Each day of my life
I'm filled with all the joy I could find
You know that I
I'm not the desperate type
If there's one spark of hope
Left in my grasp
I'll be holding it with both hands
It's worth the risk of burning
To have a second chance
I still believe

only if before or after



The storms are raging
On the rolling sea
And on the highway of regret
Though winds of change
Are blowing wild and free
You ain't seen nothing
Like me yet.
I could make you happy
Make your dreams come true
Nothing that I wouldn't do
Go to the ends
Of the Earth for you
To make you feel my love

only if before or after

Make you feel my love/ I Still believe

Dê tempo ao tempo e Carpe Diem

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Expectativas

"A felicidade é uma experiência de intensos sentimentos de prazer e sua manifestação é apenas episódica” (Freud, 1930)

Eu estou sentado em um escritório. Um escritório em um edifício em um centro empresarial em um bairro de uma cidade metropolitana de um estado brasileiro situado bem no centro da América Latina. Estou em um continente do planeta Terra, que está dentro de um sistema solar, que está dentro de uma galáxia em um universo cheio de galáxias etc. Eu estou aqui, lendo algo escrito há 86 anos e pensando o que vem daqui mais 86? mentira, não estou pensando nisso. 

Eu estou pensando nas expectativas que crio automaticamente em todas as vésperas do meu aniversário. Eu sou um ser tradicional, eu gosto de manter uma linearidade em datas comemorativas. Eu reuni alguns amigos no Porto do Baé para fotografar o último por do sol do ano, e fiz isso cinco ou seis vezes seguidas, por exemplo. E os carnavais em Caldas foram um bom exemplo disso também.

Mas, por incrível que pareça, no meu dia eu nunca consigo manter uma tradição. Coisas diferentes acontecem sempre. E é por isso que eu crio expectativas. Sinto um frio na barriga o dia todo pensando em quem vai falar comigo primeiro, que vai me ligar, quem vai aparecer, o que eu vou ganhar e tudo mais. Mesmo que nada de grandioso aconteça.

Aliás, acho que as vésperas da minha data são sempre mais interessantes que a própria. Mas não vou desmerecer o dia em que eu nasci. Gostaria de lembrar de todos eles, dos 25 dias 17 que vivi. Agora não importa, a expectativa de amanhã é mais forte. E foi por isso que decidi escrever um texto hoje, e não amanhã.

Agora sim, meus parabéns para mim. Ninguém vai ser o primeiro além do próprio. 

Ah, e eu concordo com você Freud.

Carpe diem, hoje
Carpe diem, amanhã e sempre!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Meus parabéns - não para mim

Falta pouco mais de 36 horas para o meu aniversário. Meu primeiro quarto de século, para ser o mais dramático possível. Mesmo admitindo outrora que pareceram muito mais anos vividos do que realmente são, oficialmente são 25, e pronto.

Então, antes do meu dia, eu gostaria de oferecer meus parabéns. meus parabéns pra alguém que os merece todos os dias desde 17 de fevereiro de 2014, ou seja, há dois séculos atrás, como eu poderia dizer, pois parece que foi há tanto tempo.

Meus parabéns pra você, que não era obrigado a nada e me fez sentir amado durante alguns meses. Hoje, sinto que quebrei um ciclo e, sem saber se é destino ou sina, encaro as consequências bem quieto por isso. As vezes me pergunto: será que eu mereci tanto amor? Acho que sim. Hoje é que não ando merecendo, mas também não recebo.

Ta tranquilo e não muito favorável.

Meus parabéns, para a primeira pessoa que me amou de verdade e teve de mim reciprocidade por tempo récorde. Sim! Eu amei sim. Por acaso quem ama não erra? Muito pelo contrário. Estamos errando a todo momento, amando ou não.

De qualquer forma, meu bem, fico feliz por ter saído da sua vida. Fiz estragos de mais por dentro, eu sei. E não se preocupe com o que veio durante ou depois de nós. O problema não foi você, a fraqueza é que foi minha.

Continuo te admirando sempre, por que aprendi te observando que coisas lindas não pedem por atenção. Então espero que esteja bem, e eu posso perguntar isso a você se eu quiser, eu sei, por que conversamos normalmente. Mas acho que um texto cairia bem, e eu estava inspirado.

Bom, o motivo disso tudo não é nada tradicional. Como eu disse, acho que a inspiração me fez escrever um pouco como me sinto a respeito dois anos depois de tudo. Eu continuo convicto de várias coisas, como que o nosso amor foi real, e até mesmo que o término foi necessário.

Eu resumiria da seguinte forma, as vezes idealizamos quem encontramos, mas o coração é que decide quem amar, e por quanto tempo. Eu aprendi isso com você, tá bom? talvez você saiba por que.

Eu idealizei você no começo e idealizo até hoje, isso de fato não mudou, se é que me entende. Mas, novamente, meus parabéns pra você. Eu tenho motivos de sobra pra felicitá-lo. Aproveite seus dias.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Não estar triste

Alguém não te deixa triste? Já é meio caminho andado para a felicidade.

Passo 1 de 1: Não estar triste. Não deixar ninguém triste.

Pode parecer fácil, mas não é. Não deixar alguém triste requer muito trabalho, mesmo sendo menos do que deixar alguém feliz. Evitar comentários desagradáveis, discussões desnecessárias, teimosias mais desnecessárias ainda, são partes entre duas pessoas a serem tomadas.

Não deixar alguém triste requer equilíbrio. Mas, mais do que tudo ser empático e não fazer com o outro o que você não gostaria que fosse feito com você funciona muito bem. Melhor ainda, o silêncio. O silêncio entre dois seres é algo que quase nunca os deixará tristes.

"Quando eu estou conhecendo alguém, e quero que ela faça parte da minha vida, fico em silêncio e obeservo. Vejo qual a reação dela em contrapartida a minha quietude. Se ela ficar em silêncio junto, ponto pra ela. Essa é uma boa maneira de se aproximar de pessoas especiais", lembro dessa frase.

Ninguém precisa de elogios. Isso é ridículo. Pra que serve um elogio? Com exceção de aumentar um ego que, inflado, fará mau a longo prazo? O silêncio, os olhares, a troca de experiência verbal, física e mental (that's the point), ISSO, não deixa triste.

Na falta disso, aproveite o dia de outra forma.

Mas não se deixe estar triste.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Fevereirou

Há muito tempo eu comemoro esse mês, que tem meu dia nele, faz mais ou menos 25 anos que da vida sou freguês.

Desde estes 25, crio laço materno e aprendo a viver com a pessoa que me deu a luz, minha mãe, meu tudo, amor eterno.

Por menos tempo, talvez há vinte e poucos, eu sei o que é a vida propriamente, por ter a primeira lembrança, girando em volta de um toco.

Em um pouco menos talvez 20, ou 21, eu começo a aprender a conviver em sociedade, entre boas pessoas, e mau nenhum. 

Em menos de duas décadas, acho que comecei a ver sentido em amizades, através de registros.

Ainda, em menos de duas décadas, talvez 15 ou 17 anos atrás, tenho lembranças fixas de momentos já inesquecíveis e de uma mente capaz.

Há 12 anos, por aí, já tenho certeza de ter experimentado várias formas de amar, e também foi quando conheci o mar.

Em uma década, digamos, já havia experimentado algumas formas de despedidas, de coração partido e arrependimentos, lidando de forma contida.

Ainda nesta década, nos últimos 10 anos, já sabia do que gostava e do que não gostava, escolhia com firmeza, tipo, não trabalhava.

Mas foi só há oito anos que realmente provei coisas que me ajudaram a formar o ser que sou hoje, ainda incompleto, de dúvidas repleto.

Há oito anos, foi quando dei saltos, definindo previamente que rumos tomar, eram eles profissionais e afetivos, ambos por trabalhar.

Logo em seguida, há seis anos, comecei a tomar na prática, os rumos que havia definido desde então, de forma meio lunática.

Em quatro anos, coisas inenarráveis já vem acontecendo, momentos marcantes em tão pouco tempo, que minha cabeça dá até nó.

E vejam só, e só eu digo, que foi há três anos que comecei a tomar conta, exclusivamente, do meu próprio umbigo.

Destes três anos, várias formas de trabalho encarei, mas nenhuma deu mais trabalho que as duas pessoas que amei.

Dá pra acreditar que em tão pouco tempo, tanta coisa aconteceu? gente viveu, morreu, e aqui continuo eu.

Em três anos, ou seja, desde que saí da casa da pessoa que me deu a luz, parece que vivi mais que todo resto de vida que expus.

Em três anos, em cada um deles, vivi essas duas décadas fácil, fácil. Enfrentando problemas internos, externos, dilemas eternos.

O primeiro dos três pensei ter aprendido a amar. O segundo dos três, confirmei que estava errado.

Neste último ano, na verdade nos últimos 300 dias, eu sei que que houve um pensamento por vez, amo? ou não?

Pois é, fevereirou, e agora? Bem, só tenho certeza do que já foi, e aguardo, sempre com ansiedade doentia o que vem.

Parece que cada ano ao invés de somar, multiplica. E que, os 365 dias, parecem é mais 25 anos de vida.

De certo modo é bom, parece que vivemos tanto em tão parco, isso faz bem, dito que o viver é curto e nem sempre farto.

São chances e mais chances a cada dia, e acho que, por amar tanto este período de 24 horas, que pareço ter vivido cem anos nestes períodos de outrora.

Carpe diem pra quem é de carpe diem.