segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Fevereirou

Há muito tempo eu comemoro esse mês, que tem meu dia nele, faz mais ou menos 25 anos que da vida sou freguês.

Desde estes 25, crio laço materno e aprendo a viver com a pessoa que me deu a luz, minha mãe, meu tudo, amor eterno.

Por menos tempo, talvez há vinte e poucos, eu sei o que é a vida propriamente, por ter a primeira lembrança, girando em volta de um toco.

Em um pouco menos talvez 20, ou 21, eu começo a aprender a conviver em sociedade, entre boas pessoas, e mau nenhum. 

Em menos de duas décadas, acho que comecei a ver sentido em amizades, através de registros.

Ainda, em menos de duas décadas, talvez 15 ou 17 anos atrás, tenho lembranças fixas de momentos já inesquecíveis e de uma mente capaz.

Há 12 anos, por aí, já tenho certeza de ter experimentado várias formas de amar, e também foi quando conheci o mar.

Em uma década, digamos, já havia experimentado algumas formas de despedidas, de coração partido e arrependimentos, lidando de forma contida.

Ainda nesta década, nos últimos 10 anos, já sabia do que gostava e do que não gostava, escolhia com firmeza, tipo, não trabalhava.

Mas foi só há oito anos que realmente provei coisas que me ajudaram a formar o ser que sou hoje, ainda incompleto, de dúvidas repleto.

Há oito anos, foi quando dei saltos, definindo previamente que rumos tomar, eram eles profissionais e afetivos, ambos por trabalhar.

Logo em seguida, há seis anos, comecei a tomar na prática, os rumos que havia definido desde então, de forma meio lunática.

Em quatro anos, coisas inenarráveis já vem acontecendo, momentos marcantes em tão pouco tempo, que minha cabeça dá até nó.

E vejam só, e só eu digo, que foi há três anos que comecei a tomar conta, exclusivamente, do meu próprio umbigo.

Destes três anos, várias formas de trabalho encarei, mas nenhuma deu mais trabalho que as duas pessoas que amei.

Dá pra acreditar que em tão pouco tempo, tanta coisa aconteceu? gente viveu, morreu, e aqui continuo eu.

Em três anos, ou seja, desde que saí da casa da pessoa que me deu a luz, parece que vivi mais que todo resto de vida que expus.

Em três anos, em cada um deles, vivi essas duas décadas fácil, fácil. Enfrentando problemas internos, externos, dilemas eternos.

O primeiro dos três pensei ter aprendido a amar. O segundo dos três, confirmei que estava errado.

Neste último ano, na verdade nos últimos 300 dias, eu sei que que houve um pensamento por vez, amo? ou não?

Pois é, fevereirou, e agora? Bem, só tenho certeza do que já foi, e aguardo, sempre com ansiedade doentia o que vem.

Parece que cada ano ao invés de somar, multiplica. E que, os 365 dias, parecem é mais 25 anos de vida.

De certo modo é bom, parece que vivemos tanto em tão parco, isso faz bem, dito que o viver é curto e nem sempre farto.

São chances e mais chances a cada dia, e acho que, por amar tanto este período de 24 horas, que pareço ter vivido cem anos nestes períodos de outrora.

Carpe diem pra quem é de carpe diem. 

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