sábado, 22 de agosto de 2015

Nunca lhe vi, sempre te amei

A terra esta completa de céu, nenhuma nuvem para dar sombra em quilômetros e um calor incomum. Para mim, sempre incomum. Porém eu percebo cabeças frias, congeladas mesmo, não as derivadas de calma, mas as que perderam a sensibilidade. Atuando como cegos, é como eu os vejo. Ah, e também sempre com pedras e espadas nas mãos. Meu amigo, com exceção do tempo que muda as temperaturas, é quase sempre assim que eu vejo os outros. O que salva são as cores, tudo que provém da natureza pela atmosfera, as músicas que ouço, minha consciência, minha paixão e o alguém que nunca vi. Tudo lado a lado.

Por falar nisso, quando está tudo ornando, quando sinto a felicidade plena, sozinho e independente, eu me lembro dele. O que nunca vi e sempre amei. E, antes disso, digo ter a certeza de que nunca o vi, por que eu sei exatamente o que aconteceria/acontecerá quando o ver. O ser esculpido pelas mãos do mesmo criador, mas que me provocará em cheio, que fará não haver distância, que rodará toda minha alma entre outras coisas infinitas.

O objetivo é dizer que nunca o vi, querido, mas que eu estou aqui, te amando desde sempre. Mesmo que isso pareça um artigo, até com metodologia, mas não. Não! Eu digo agora, por que eu estou me mantendo preservado, se é que isso seja importante para você. Estou preservado para o menor sorriso dos seus lábios, preservado para cada piscar dos seus lindos olhos. Que cor terão? Estou preservado para seus braços que estão procurando por mim. Nossa, e como estou preservado para cada um dos seus divinos beijos.

Eu sei que está tudo destinado à mim. Sei que também estou preservado nesses pequenos pensamentos que passam pela sua cabeça. Pelas lembranças inexistentes que você tem da minha pessoa desconhecida. Estamos preservados em uma doce aura, que irradia mais a cada dia que você se aproxima. Estamos preservados, um ao outro em nossos sonhos, doces e surreais, como eu os chamo. Lá, é você o mais belo, e que ainda não vi.

Não sei se ainda acredito em almas gêmeas, mas depois de tê-lo, não precisarei acreditar em mais nada, mesmo. E foi-se aquele céu lotado de azul, dando lugar à escuridão. É fim de agosto, meu amigo. Tudo pode acontecer. E, nesse calor, enquanto eu não vejo aquele a quem destino todo meu amor, eu continuo observando as cores, tudo que provém da natureza, as músicas, minha consciência e minha paixão, tudo lado a lado.

Para amor e amar.

Carpe Diem

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