O que me prende a ele, é o que o prende a mim
São três palavras que, do fundo, eu quero fim
Ego, vaidade e carência, por dizer assim
Pois, se foi amor um dia, esse dia jaz enfim...
O fato é que dizer não parece impossível,
É negar a felicidade passageira e indiscutível,
É contraditório, é impulsivo. É terrível
É punitivo, é sofrido. É incrível
Quando está, o que peço é que dure
Quando acaba, não recorro à ação
Não trago mais promessas pra que jure
Por que sei que tudo, é por pura enganação
Nathan Sampaio
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Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descança quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E morrendo, sublima a própria agonia e despende um canto mais belo que o da cotovia ou do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mais o mundo inteiro para para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire a custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda.
"Pássaros Feridos"
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