quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sentir vida

Uma das perguntas que eu mais faço hoje em dia é, por que tanta coisa no mundo criado por nós não faz sentido? A questão gera uma verdade inconsequente e variável: sentir vivo dói. E se sentir vivo, parece que é para poucos, porque está acima de todos os portos seguros que você ou eu já construímos em torno de nós até agora.

Visivelmente, sentir vivo, é o contrário daquilo que é viver anos a fio fazendo algo induzido pelo sistema, ou estagnado cometendo os mesmos erros, ou trabalhando para uma empresa ganhando um salário medíocre e fazendo coisas como se alimentar mal, reclamar e odiar.

Sentir vida é libertar-se de todas as algemas que nos circulam, o que aos olhos de qualquer outra pessoa é uma dádivas ou extrema loucura. As horas passam, e a vida que se finge adorar, por que traz status construídos e relacionamentos superficiais, passa mais rápido ainda.

Todos os outros pequenos detalhes do dia a dia, são o ápice. O que para uns é um reinado, para quem vive, não traz meras sensações. Por isso me pergunto tanto quando nada mais faz sentido. Talvez o sentido esteja em simplesmente tentar ser quem você realmente é, descartando todas as coisas ruins, claro. Apenas as boas.

Acho que ser quem realmente somos faz parte do verdadeiro processo de libertação. Se tivermos forças o suficiente para esse pequeno passo, que já nos faz sentir a dor de viver, talvez possamos ir compreendendo um pouco melhor, qual o sentido das outras coisas.

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