quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Balanço 2025, da vida até aqui

Ainda faltam alguns dias para o fim do ano, mas eu posso dizer, eu posso admitir: eu estou satisfeito. Não acomodado, mas certamente satisfeito. Eu tenho família , amigos e um namorado que amo, a família que dá um suporte e está presente, amigos para combinar as saídas e viagens as quais sonhei por tanto tempo, e igualmente um namorado para me acompanhar e compartilhar a felicidades comigo.

Passei dias difíceis aqui dentro da cabeça, o medo do trágico era constante. Afinal, como eu não vou ter medo de perder tudo isso que eu tô tendo? Essas pessoas incríveis, essas experiências, essa, de certa forma, calmaria, paz, plenitude, é óbvio que eu não quero perder.

Mas nos últimos dias acho que consegui me aquietar e entender, que tudo bem, tudo bem tudo. Tudo bem ter medo, tudo bem o desequilíbrio, tudo bem o desespero, mas, poxa, aproveita também, né? Se tá tudo bem, de que adianta tanta preocupação que vai acabar? Vai viver o momento.

Uma das coisas que eu mais devo ter repetido pra mim mesmo durante a vida foi coisas como carpe diem, aproveite o dia, aproveite o momento etc. Como é difícil. Mas talvez eu esteja conseguindo por esses dias. Não é algo como um troféu que você consegue e está garantido, as vezes dá, as vezes não dá.

Conquista diária, luta constante.

Mas, hoje me arrisquei e vim dizer que sim, o balanço de 2025 e da vida, até aqui, foi extremamente positivo, e eu posso relaxar e dizer que eu estou satisfeito e não há motivos para reclamar quando se trata de como o universo, o meu mundo, daqui de dentro do meu ser para fora, está sendo.

Tanta coisa ainda me incomoda, tanta coisa me faz sofrer, temer, pesar. Mas o balanço é pra isso, analisar. É tudo tão rápido e curto, e nesse mero instante, seja esse minuto que escrevo, seja a vida que terei, parece que eu sou realmente privilegiado, não importa quem tem mais, quem tem menos, mas por eu não querer ter mais, e agradecer por não ter menos, eu sei que tô no caminho que aceitei ter a vida que tenho.

Pelo menos agora, tô feliz com isso.

sábado, 15 de novembro de 2025

Me recuso a ter uma vida medíocre

Embora eu tenha! Por ser isso um fator social e político na vida da grande maioria das pessoas. Mas eu me recuso a aceitar ter uma vida medíocre e, por isso, eu tento dar valor a coisas pequenas e, ainda mais, ser intenso como sou.

Talvez o fato de ser intenso não possa ser considerado exatamente uma virtude, por que isso me trouxe incontáveis embates com outros pessoas e comigo mesmo. Mas, também trouxe coisas boas, pelo menos e por enquanto, eu considero ser.

Ser intenso e ansioso me fizeram viver muita coisa em pouco tempo, ao menos pra mim, sinto que vivi muito mais nos últimos 7 anos (entre 2019 e 2025), quando finalmente consegui alcançar uma vida financeira mais adequada, do que nos sete anos antecedentes (2012 a 2029), quando estava no início da carreira e o dinheiro não dava pra muito mais do que comida e contas.

Digo que foi a intensidade e ansiedade, por que foram elas que me moveram, eu sempre penso muito - e, novamente, não acho que isso é tão saudável - sobre se eu morrer cedo, ou se eu não me impor, ou se eu não arriscar, o que vai sobrar?

Se eu não tivesse discutido com cada chefe meu, se eu não tivesse pedido tantas demissões, se eu não tivesse coragem de dizer tantas verdades pras pessoas, onde será que eu estaria? Se eu não tivesse colocado minhas vontades e desejos em cada relação em que me machuquei e machuquei outras pessoas pensando no melhor para cada um, o que eu estaria vivendo?

Ainda sobre ser medíocre, quando eu disse que sou, afinal, é por que quando eu olho de longe, do panorama geral da sociedade, eu sou apenas um adulto que não tem economias, gastando quase todo seu dinheiro mensal com prazeres como comida, viagens e entretenimento. 

Eu não tenho uma casa própria, um carro, investimentos, nada, moro em um quarto do ateliê do meu melhor amigo e se eu pagasse por um apartamento mal poderia bancar meus "luxos" e não sou nem sequer inteligente ou cruel o suficiente para multiplicar o meu dinheiro e deixar, de fato de ser medíocre.

Mas também, quando digo que me recuso a ser medíocre, é por que olhando de perto, do panorama em que, independente de como seja o mundo, só eu sei como é ser eu, como é ter a minha vida, é aqui, nesse instante, em que eu posso dizer que não sou tão medíocre.

Eu sei que eu dou valor às coisas pequenas, e eu sei que mesmo com a cabeça no futuro, eu consigo aproveitar o agora. Pra mim, uma flor bonita tem tanto a ser admirada quanto uma cordilheira, e eu quero apreciar as duas sempre que eu quiser e puder.

Eu sei que eu dou tudo de mim para não perder a sensibilidade e amar o meu parceiro, minha família e meus amigos da mesma forma todo dia e não só em datas comemorativas.

E eu sei que eu preciso cuidar de mim sempre, da melhor forma que eu puder e conseguir para ter a saúde para ter condições físicas e mentais para me relacionar e trabalhar e ganhar dinheiro necessário para que eu consiga continuar lutando contra ser alguém medíocre.

E quando eu digo saúde em primeiro lugar, é a saúde em primeiro lugar, porque ela vai me dar quase tudo que preciso para viver da melhor forma se nenhuma tragédia acontecer. No mais, é torcer pra nenhuma tragédia acontecer.

Esse minuto para mim é valioso e, hoje, eu não sinto que sou medíocre.

domingo, 26 de outubro de 2025

Viver agora

Talvez seja um dos assuntos sobre o que eu mais escrevo, que é a questão do viver o presente. Talvez seja umas das coisas mais difíceis para eu fazer, ou talvez para todos e todas. Quando não estamos vivendo no passado, estamos com a cabeça no futuro... e pra isso, já dizia Buda:

"Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre-se no momento presente".

...e ainda George Orwell:

“Quem controla o presente controla o passado. Quem controla o passado controla o futuro.”

Tentando não levar a fundo demais a questão do controle, podemos dizer, apenas que esta palavra remete justamente ao fato de que é preciso estar atento ao presente, e assim, consequentemente, o passado e futuro terão seus papéis, que são, respectivamente, "já foi" e "ainda vai ser".

É uma coisa a ser lembrada diariamente, a questão é que são tantas as coisas que precisam ser lembradas diariamente que fica difícil lembrar de tudo.

Neste momento tô aqui escrevendo sobre isso e ok, mas não deixo de estar preocupado, principalmente recentemente, com minha saúde. Eu sinto que meu corpo está um pouco diferente e, novamente, difícil saber se apenas psicológicamente, fisicamente ou ambos.

Eu quero viver o máximo que eu puder e vivendo o agora, eu não quero partir ainda e mais: eu não quero pensar na hipótese de morrer dando trabalho aos outros, e por algum motivo isso é o que mais tem me assombrado recentemente: morrer de forma totalmente imprevisível levando aos meus próximos a terem que abandonar suas rotinas pra lidar com um corpo que já não tem vida.

Tenho pensando nisso por que coloquei na minha cabeça ou minha cabeça colocou em alerta por algum outro motivo, que meu coração está parecendo mais fraco que normalmente já era.

Enfim, eu vou lutar contra esses pensamentos e fazer o possível pra descobrir se tem algo de errado, pra poder me manter em pé e saudável, aproveitando e vivendo o agora!

terça-feira, 30 de setembro de 2025

A tempo pra setembro

Acho que é o quinto mês em que não sinto tanta necessidade de escrever aqui. Isso aconteceu diversas vezes nos últimos anos, mas, mesmo não me cobrando para vir aqui despejar as palavras, tenho me obrigado a escrever, no mínimo, uma vez por mês.

Já que faltam menos de dez minutos para setembro acabar, vou só dizer do saldo desses últimos meses: positivo. Tenho vivido uma fase boa, tenho tido mais momentos felizes, tenho amado, tenho aceitado os dias mais difíceis - não sem a ajuda das pessoas que me cercam - e acredito que eu esteja sendo uma pessoa melhor no geral.

Como sempre lembro, quero ser cada vez melhor pra mim e pros outros conforme o tempo vai passando.

Não tem muito mais o que dizer hoje.

Eu sei que tenho conseguido viver um dia de cada vez e extraindo os momentos que realmente importam. Mas ainda preciso controlar a ansiedade pelo que vem, é tanta pressa, e não entendo por que. As vezes acho que é pra que eu consiga viver tudo que quero a tempo, antes de partir...

...Mas aí lembro que assim, ansiando pelo futuro, é quase como partir mais rápido.

Acho que uma pequena lição do que tô sentindo aqui e agora é: aceite melhor o tempo presente e tente viver o pouco com qualidade, do que o muito com incompletude.

Deu tempo!

23h59

Carpe Diem e que venha outubro!

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Saudades pontuais

Às vezes sinto algo esquisito de uns anos pra cá, que parece até errado. Sentir saudades pontuais de elementos da minha rotina dos lugares em que vivi. Parece errado por que é um sentimento forte o suficiente para me fazer refletir se eu deveria voltar.

É quase como sentir que eu não sei o que quero, só por que queria estar 100% bem vivendo onde estou e isso parece impossível. É impossível. Nunca nada será 100%, parece.

Por exemplo, sinto falta de poder fazer as trilhas com cachoeiras em Barra do Garças aos finais de semana. Me dá saudades pensar que, em Goiânia, eu já conhecia cada canto da cidade e sabia exatamente onde ir a cada ocasião.

É muito bom lembrar e me traz um conforto gigante das vezes em que tinha um dia livre e passeava por qualquer lugar de Porto, tantos lugares lindos, até mesmo em um dia chuvoso (era muitos). Quase toda semana descobria um lugar novo, uma quinta, um parque, um vilarejo, uma praia...

Em Lisboa, sinto saudades de despencar pra praia de nudismo longe de tudo e esquecer o mundo, ou pelo contrário, me enfiar na área turística da cidade e me estressar com a multidão e lembrar como o mundo é.

Em João Pessoa, nem se fala, sinto falta do meu cantinho gramado na praia de Manaíra e das minhas idas à praia de Tambaba, foram meses mágicos.

Também tenho minhas saudades de São Paulo, mas agora morando aqui novamente, posso realizar tudo que gosto de fazer por aqui. O que não é de todo ruim.

Ainda assim permanece a maior sensação de falta de todas: de que eu deveria continuar sem rumo por aí, mas dentre as diversas coisas que faltam, o dinheiro é a maior delas, e tá tudo bem, ainda mais por estar perto do meu amor.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Dias de viver

Nas últimas semanas foram vários os picos de inspiração, mas em nenhum momento eu parei, de fato, para escrever e às vezes isso acontece, mesmo. Acontece por que sou eu vivendo de uma forma diferente. Na maioria das vezes escrevo quando estou triste, mais solitário, a inspiração vem, as palavras servem como dreno.

Janeiro, fevereiro e março foram meses difíceis, mesmo lá acontecendo muitas coisas boas, mas o que tenho vivido desde abril é indescritíviel. Pra mim, é viver da melhor forma. Quase não há preocupações ocupando a minha mente e os dias vão cada um de uma forma mais gostosa que a outra

Hoje acaba julho, mas eu tinha que deixar ao menos um registro de que está tudo bem e que igualmente tudo bem que isso não dura pra sempre, por que a vida é assim, mas eu vou aproveitar cada segundo desse fluxo de deleite por que a gente sabe e eu já escrevi mil vezes: a vida é curta.


domingo, 15 de junho de 2025

Eu vejo você

Pelo menos, no que eu puder enxergar nestes dois meses. Eu vejo você. Mesmo sem ter certeza, era para o que eu estava disposto desde o Carnaval do último ano, ou as outras oportunidades que perdemos. Mas tudo no seu tempo, né?

Mas o que eu vejo em você? Eu vejo um homem admirável, atraente, interessante e bondoso. Seja pela inteligência ou pela segurança que você transmite, pela forma como se comunica. Cada gesto, cada ato, cada palavra.

Óbvio que grande parte disso tudo também vem da forma como me trata, ou seja, aquele papo de "você não gosta da pessoa, gosta da forma como ela te trata", mas depois de 34 anos de vida eu tenho aprendido a desconstruir, um pouco que seja, o ideal que formamos na mente quando se trata de enxergar um potencial bom parceiro, e você parece ser um.

O que eu quero dizer, além de tudo que já escrevi, é que pensando sobre suas virtudes e defeitos, eu vejo alguém que vale a pena ter ao lado. E olha, eu não imaginava que ia sentir algo tão intenso tão cedo, então me dá um desconto. E outra, independente do que aconteça, eu não vou dizer o contrário: você vai continuar sendo uma pessoa que valha a pena e que vou admirar sempre.

É difícil explicar, só sei que estou feliz por estar compartilhando as coisas com você, alguns planos possíveis, as coisas simples, noites juntos e o interesse que você demonstra em mim e nas coisas que eu digo, que eu trago, que eu sugiro, e vice-versa, que é recíproco, faz com que eu me sinta mais vivo.

O mínimo que eu posso fazer, que eu tento todo dia, é retribuir para que você também se sinta assim. Se eu puder te fazer feliz enquanto estiver do seu lado, tô feliz também. 

O que mais eu posso dizer? Apenas uma coisa: eu quero ver muitos mais.