segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Uma década de algo e um novo ano de outro

E lá se foram dez anos de "independência financeira", mas, mais do que isso, são vários os tipos de liberdade conquistadas nesses últimos dez anos. Neles, revisitei quase todos os extremos de sentimentos: Alegria, tristeza, prazer, ansiedade, raiva, e tantos outros. Junto com esses sentimentos, lembranças, que vão se acumulando, mais  do que pareço poder suportar.

Mas, ao menos pelo que eu saiba, ninguém morre por sentir demais. Eu acho. Pelo menos não de formar natural.

São mais dez anos em que, querendo ou não, sou eu que decido todos os rumos da minha vida. Em maio de 2013 eu deixei oficialmente o teto da casa da minha família para ter o meu. Hoje, estou "sem teto", mas desde então todas as minhas despesas são de minha responsabilidade. Sou eu por eu.

Apesar disso, sonho com o dia em que realmente hei de ter um companheiro para que eu possa dividir tudo e ser eu mesmo.

É um sonho, é uma vontade, mas continua sendo algo que eu sei que se não acontecer, vai estar tudo bem também. Ser sozinho faz parte e, na verdade, é quase como regra e não a exceção. Apesar de que muitos sofrem e, até mesmo, morrem mais cedo por viverem na solidão, mas ela precisa ser domada.

Há família e amigos que devemos cultivar para que a solidão não seja devastadora. Vejo que ter um parceiro, por outro lado, é quase como um prêmio. 

É óbvio, incontestável, que um parceiro de vida precisa ser cultivado com o tempo, mas devemos saber tocar o dia após dia sem um amor romântico para que não pareça algo essencial. Quase nada é essencial, afinal, penso eu. Mas a questão é que família e amigos de verdade tendem a perdurar por mais tempo do que amores românticos.

É nisso que pretendo focar em 2024 no que tange a solitude x companhias. Assim como já escrevi várias vezes: nada está conquistado eternamente.

Vide eu sofrendo pela terceira ou quarta vez e lidando com mesmos sentimentos pelos quais já passei e julgava estar calejado o suficiente para não passar por isso de novo com tanta dor. Mas, a tristeza é importante e jamais pode ser menosprezada.

Dito isso, mesmo que este 11º ano de "liberdade", se assim posso chamar, trazer 'algos' iguais, vou tentar lidar como sempre, mas também quero novos 'outros algos'.

Carpe Diem

Nenhum comentário: