Dito isto, eu tenho coisas horríveis pra encarar face a face, e da mesma forma, coisas sensacionais. Todo - santo - dia. Esse texto tá demorando um pouco pra sair enquanto estou sentado nessa cadeira por que eu queria, de fato, exprimir meus sentimentos como estou sentindo, mas parece impossível. Acho que é maais fácil me questionar.
Eu me odeio por tanta coisa e me amo por tantas outras. Eu deveria mudar o que odeio ou aceitar? Eu deveria continuar viajando? Eu deveria me fixar e criar raízes em algum lugar? Eu preciso mesmo transar com tantas pessoas? Eu preciso encontrar alguém e transar só com ela a vida toda? Eu tenho que encontrar alguém igual a mim pra amar ou me transformar em outro alguém para ser amado?
Não que as coisas estejam ficando mais claras com o passar do tempo. Longe disso. Mas é que essa sensaão de tempo passando talvez anestesie algumas preocupações. Eu de fato não tenho sequer um problema real pelo que reclamar. O que me faz sofrer, me deixa triste e deprimido é real? SIM, mas não, não é um problema.
Falta de recursos para ter um teto, fome, desemprego, viver em um país em guerra, ser violentado, falta de saúde física ou mental grave, isso sim são problemas graves. Então eu, por enquanto, só tenho a agradecer por ser poupado de sofrimentos maiores.
A falta de ter um problema grave, precisa me fazer sentir vivo e corajoso perante o que me deixa mal. E é por isso que, quase todos os dias, eu sinto que estou mudando. Não seria, então, aos poucos? Pena que ele não me deu o tempo que eu talvez sei que preciso. Talvez um dia. Mas não é sobre ele, é sobre mim e esse amor que não cabe no meu peito.
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