quarta-feira, 5 de julho de 2017

Olé

Eu fico estranhamente abismado com quanta coisa consigo sentir em um curto período de tempo. Comum ou não, sigo em frente. O fato é que necessito de muitas coisas para seguir, e nem sempre tenho tudo a disposição. Eu preciso sanar minhas necessidades fisiológicas, depois manter a saúde em dia, depois fazer meu papel de escravo do sistema tendo uma noção de como a sociedade funciona e de como eu devo me portar. Depois de tudo isso ainda tenho que lidar com conflitos internos e me questionar porque não posso viver da maneira que quero.

Posso viver da maneira que quero? Devo? Consigo? Quero? Não sei, não sei, não, sim, respectivamente.

Acredito ao menos que, devido as circunstâncias, são grandes transformações - essas turbulências aqui dentro - que me levarão a algum lugar bom. Há pouco lembrei que com 17 me perguntava como estaria aos 27, e aos 27 estou chegando, até bem. Agora me pergunto como estarei aos 37. Longe de mim viver pensando que como estarei no futuro, são só divagações momentâneas e curiosas. Quando eu tinha 17, por exemplo, queria estar estável financeiramente, e apesar de não ter tudo o que eu quero, estou estável, sim. Agora, o desejo para daqui há dez anos é um outro tipo de estabilidade, a emocional.

Não acho que sou tão instável emocionalmente, mas nisso eu envolvo tudo que há dentro, coisas das quais não tenho controle, maturidade que não alcancei, disciplina que não adquiri, impulsos desnecessários. São dez anos para fazer com que tudo isso melhore, um pouco pelo menos. Eu fico feliz de poder olhar pra dentro de mim e perceber quem sou, quem quero ser, onde devo melhorar, por que, olhando pra fora, os questionamentos são tantos. Olhar pra dentro de você é uma salvação, por que quando tudo esta perdido, você põe os pés no chão e lembra: primeiro, o que te faz sentir bem, depois o resto.

É isso que é seguir em frente, pra mim... Se por em primeiro lugar antes de agir de forma mecânica para o mundo. Olé!

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