domingo, 29 de abril de 2018

Quando alguém me notar

Eu acredito que tenho o pé no chão. Eu confio que tenho pensamentos sensatos: Eu penso que tudo que é excessivo, prejudica; tudo que é pouco, precisa ser melhor dosado. Equilíbrio é a palavra, é a regra.

Mas eu vejo que, dentro do convívio na sociedade, é difícil, sim, manter esse equilíbrio. As relações, como dependem dos dois lados, trazem variáveis infinitas entre amor, ódio, construção, destruição, faltas e presenças.

Dentro disso, pelo menos na minha vida, sinto que falta, faltam pessoas e momentos. Isso tudo me leva a dividir as coisas comigo mesmo. É um pouco solitário. Não me sinto sozinho, nem desesperado por companhia. Mas nem tudo são flores.

Eu queria sim, tanto, uma família unida, mais presente, mais colaborativa. Sei que depende de mim também, mas não é suficiente. Nunca é. E quero, sim, um companheiro, alguém para participar comigo das minhas vitórias, dar ombro nas derrotas. Mas precisa ser recíproco.

Amor recíproco deve ser uma das únicas coisas que, ao extremo, não prejudica. Amor, em si, o verdadeiro, em excesso, não deve fazer mal. Acontece que, em mim, transbordo amor, próprio, e para ser compartilhado.

Sei que posso direcionar isso para outros rumos, como praticar o bem visitando asilos, me unindo a projetos que ajudam sem tetos, alimentando pessoas que não tem o que comer. É sério, isso. Mas e minha vontade própria, não conta? É isso, também.

Quando alguém me notar de verdade, e for notado por mim, com reciprocidade, como eu falei, será bom. Não devo ter pressa, tenho tempo, acho eu. Enquanto isso, trabalho, estudo, cozinho, caminho, faço tudo que faria com alguém, por que comigo também vale, e muito. Mas, quando alguém me notar de verdade... Ah!!!

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