domingo, 16 de janeiro de 2022

De repente trinta... e um

Eu fiquei surpreso com o fato de que, assistindo novamente o filme 'De Repente 30' há alguns dias, me dei conta de que ele é de 2004, ano em que eu tinha 13 anos, a mesma idade da protagonista no filme. Apesar de eu completar 31 anos daqui há exatamente um mês, eu ainda tenho 30, e fiquei particularmente tocado com essa coincidência boba, que não acaba por aqui, já que no filme ela é editora de uma revista quando tem 30 anos, eu eu sou editor de um site de notícias com a mesma idade.

Além disso, me tocou também o fato de que, metaforicamente, ela se torna uma mulher a qual não se orgulha tanto, pois age de forma que vai contra o que acredita a alma dela, que naquele momento tem 13 anos. Coisas como namorar com uma pessoa enquanto transa com homens casados, evita falar com os pais e trata mal pessoas do trabalho.

Isso tudo me tocou, não por que eu faço como ele, pelo contrário, eu trato todos do meu trabalho bem, tenho pavor de homens comprometidos e faço com meus pais quase todos os dias. Apesar disso, estou prestes a fazer 31 anos e vem um peso de coisas não realizadas que dói, dói muito. Não ter um carrão, já que eu amo dirigir e pegar estrada; não ter a casa própria, eu que amo decoração, interiores; Não conhecer outro país, eu que amo viajar. São detalhes que me incomodam agora, chegando aos 30.

Tudo isso, claro, envolve dinheiro, e a realidade do brasileiro, em geral, segue a mesma linha.

Mudando um pouco de assunto, mas nem tanto, ultimamente muitas coisas tem ressurgido do passado na mídia, e por mais que sejam estratégias comerciais para ganhar o coração do público, como a volta de Rebeldes, a inserção dos homens aranhas de outros filmes em um novo e até mesmo um novo filme do Pânico, tudo isso deixou, pelo menos, a minha vida tão nostálgica.

Me peguei lembrando de como era a infância, a adolescência. Não que fosse tudo perfeito, mas claro que dá uma saudade boa, um passado onde não havia tantas obrigações e que a diversão reinava mais, muito mais.

É isso, daqui um mês é 31, e eu tô feliz demais, nossa. Eu tenho plena consciência de ser grato por tudo que consegui, tudo que fiz. Meu ser, dentro de mim, não tenho muitas frustrações, não. Afinal eu penso assim quando tem algo que me deixa mal: "tem algo que posso fazer a respeito pra isso mudar AGORA?", se tiver, eu faço, se não, eu tento me distrair, trabalhar, transar, comer, caminhar, sei lá, escrever, como estou fazendo neste exato minuto.

E outra, né?! 31 anos não sentença de morte, pelamor, ainda tem muita coisa pela vida e, tudo que eu não consegui até agora, eu vou correr atrás enquanto tenho vida e saúde.

Um beijo!

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