domingo, 17 de outubro de 2010

Vendo sua maneira simples de encarar a vida, ela perguntou:

- O que é a felicidade para você?
Surpreendendo-a, ele a assustou, dizendo:
- A felicidade não existe, Anna...
Apreensiva, ela subitamente inquiriu:
- Você me amedronta! Qual é a esperança para os que vivem na miséria emocional? O que posso esperar da vida, se tive tanta riqueza exteriormente e tão pouco dentro de mim?
Marco Polo completou:
- A felicidade não existe pronta, não é uma herança genética, não é privilégio de uma casta ou camada social. A felicidade é uma eterna construção.
- Como construí-la? - respirando aliviada, ela indagou.
Como um contador de histórias que passeia pela psicologia, ele fitou seus olhos e discorreu:
- Reis procuraram aprisionar a felicidade com seu poder, mas ela não se deixou prender. Milionários tentaram comprá-la, mas ela não se deixou vender. Famosos tentaram seduzi-la, mas ela resistiu ao estrelato. Sorrindo, ela sussurrou aos ouvidos de cada ser humano: "Ei! Procure-me nas coisas anônimas da existência." Mas a maioria não ouviu a sua voz, e os que a ouviram deram pouco crédito.
- Que lindo! Falei mais sobre o que é ser feliz, meu imprevisível poeta.
- Ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei", é ter sensibilidade para falar "eu preciso de você", é ter ousadia para dizer "eu te amo".


Trecho do Livro "O futuro da humandade", Augusto Cury.  

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