sábado, 29 de novembro de 2014

Desdezembro

Chega a ser engraçado, como quando fica claro, que eu não sei de nada. Chega a doer no coração, uma dor que não tem cura, como quando o dia passa e eu sou enganado. Eu me perco, emburreço... Aqui eu me tonteio, não sinto que sei mais das coisas, como quando alguém diz que diz a verdade e, só depois que ela fica obsoleta, se mostra mentira inteira.

Fui traído, tanto pelo ego quanto pelo desejo. E depois, como sempre, começa um novo ritual, um mês novo nesse calendário romano, que acho tão banal. Mas que dia é hoje, na verdade? Que hora é essa? Que tempo é esse? E eu não sei responder.

Como também sou egoísta. Pra que falar tanto, né! Deixa pra lá, deixa te fazerem de casquilho. Leva um relacionamento nas coxas, por que não? É só uma alma a mais ou a menos nesse cemitério de sentimentos e lealdade.

Eu me abro e acabo comigo, mas a única coisa que não morre, clichê, é a esperança. Bom, o presente não poderia ter nome melhor para o agora, pois você ganha e nem sempre gosta. Mas todo dia, ou melhor, a todo efêmero momento você tem um, dado de mãos beijadas pelo destino, ou pelo que for.

Então faça, faça. Eu estou de pé dizendo: Eu estou onde deveria estar, fazendo o que deveria fazer e terei atitude para agir com o que foi me dado. E eu não vou desistir de mim. Que bom que eu não perco [tanto] tempo. Todo dia é sagrado.


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