segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As mesmas coisas no fim de janeiro

Finais de janeiros, desde os mais recentes que me lembro, é sempre isso, essa sensação de algo errado, de tomada de escolhas, fim de etapas. Lembro como se fosse ontem: janeiro de 2013, o mês em que eu decidi me mudar para Goiânia. "O que poderia haver de errado nisso?"eu pensei. As responsabilidades de um adulto eu já tinha. Trabalhar de segunda a sábado, lidando com pessoas difíceis em um emprego que exigia muito de mim, estudar a noite fazendo o possível para me formar em algo que eu realmente gosto, pagar contas e tudo mais.

Final de janeiro de 2013 foi uma confusão, voltamos ao oitavo semestre do curso de comunicação social, pois o calendário estava uma bagunça devido à greve e a falta de organização por sermos da primeira turma. No trabalho, eu projetava e vendia simultaneamente o interior da casa do prefeito de Barra do Garças e da vereadora mais querida de Querência, os dois maiores projetos que eu já havia feito na Todeschini. Ambas as coisas, faculdade e trabalho terminariam em breve, no que eu costumo chamar do verdadeiro início do ano: março.

Foram términos diferentes, durante o fim deste janeiro e o início de março, naturalmente, o curso iria acabar, pois eu tinha boas notas e conclui meu tcc. Já com o trabalho, acabou de forma difícil, com a conclusão da montagem do novo show room, que eu também havia projetado, senti que eu deveria sair e houve resistência de várias partes quanto a isso, mas foi uma escolha certa.

Voltando aos fins de janeiro. Essa sensação de que algo não está certo vem apenas do sentimento do fim de algum ciclo, que pode ou não ter durado mais que 365 dias. Até hoje não falhou, foi tradicional, não por que eu quis, mas por que foi e pronto. A sensação de que eu deveria estar tomando escolhas com mais cuidado, por que consequências sempre vêm. Isso tudo tem haver com sentimento, nada aconteceu ainda, efetivamente, é apenas a prévia.

Com certeza não faltaram motivos para isso, a minha mudança de apartamento, por exemplo, com certeza contribui para este sentimento, mas talvez haja mais algo. Vamos ver.

Eu concordo com a teoria de que o tempo é cíclico, e sei que sempre há exceções, mas gosto de pensar que comigo é dessa forma. De época em época coisas se repetem, vem melhores, com mais dificuldades, mas com melhores recompensas. 

Como quase tudo aqui, isso é sobre como estou me sentindo, as vezes não dá pra entender, as vezes fica claro até demais.

Carpe Diem

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