quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Então

Sempre pensei que ao encontrar aquela pessoa, a certa, a do destino, saberia na hora e viraria o homem perfeito, sem vícios, sem erros e impecável, pronto para ele. Aquela coisa impossível, sabe? Pois é, foi quase isso.

Na informalidade daquela festa cheia, você de um lado da pista e eu, do outro, bang! Olhares cruzados e um sorriso discreto. Música alta, amigos nos arranjando, eu vou até você. "Não sou chileno, não", eu disse, respondendo a sua pergunta. E fui beijado. Lembro da intensidade até hoje. Mas depois de muito daquilo precisei ir, sabe como é, né?

Mas o contato, ah, o contato nós trocamos, e você passou a fazer parte do meu cotidiano. Mal percebemos o quanto estávamos nos unindo, mas sabíamos de algo, ali. De repente, você zomba da minha cara... Já era aquilo.

Nós cuidamos tão bem do caminho, estávamos indo acertadamente. Passei a perceber que a paixão durava e não tinha prazo. Fizemos escolhas fortes, arriscamos muito, mas pra mim valia a pena, e valeu. A atração por você era e, veja bem - tem sido - como uma tempestade que ao mesmo tempo que me constrange e me entorpece, me preenche, me faz ter certeza, me sacia... saciaria.

Cada abraço, cada beijo, cada carinho trocado, contado. Cada desespero meu, silêncio seu, tudo marcado. Será que estou sendo leviano? Tenho 23 e pareço menino de 16, descobrindo a dor e amor pela primeira vez, por que foi só com você que apareceram. E eu ainda fico te olhando, observando, e eu só consigo sentir muita emoção.

Enfim, o amor a primeira vista não foi totalmente como eu pensei. Eu soube na hora, mas não me tornei aquela pessoa que eu pensei que fosse me tornar. Longe de ser perfeito e acreditando que posso ao menos melhorar, "me curar", continuo por aí. Não espero mais a pessoa certa, até porque né... Já encontrei.

Só vou esperar, mesmo.

Estou preso nisso todo dia! Meu amor, Amor não se pede...

Mas posso pedir outras coisas, ao menos nos meus sonhos.

CARPE DIEM




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