segunda-feira, 9 de maio de 2016

Afinal, o que querem de mim?

Trago, segurando inseguro, na palma da mão
algo do mesmo tamanho, o meu coração
Hoje, não sei mais quais decisões tomar
É difícil prosseguir, fácil se desesperar

De um lado, pessoas que me querem bem
De outro, indiferença, frieza e desdém
E, no meio, não sei mais escolher quem

Envolvendo tudo isso, tive um parecer
De que romances não são mais interessantes
A falta que faziam, não parecem mais fazer
E, hoje, sinto querer algo que me leve adiante

Eu vou continuar escrevendo, apesar e ainda assim
Mas, minhas palavras, jamais mostrarão tudo de mim
E também não sei, afinal, o que querem de mim.

Vou deixar a rotina me levar, com receio, admito
Mas preciso construir carreira e juntar dinheiro
Me render ao sistema, elidir a utopia que transmito
E, se possível, desistir, por hora, de um companheiro

Eu preciso seguir ideais, resistir à dilemas sem fim
Eliminar pessoas e casos que não levam a nada
Por que eu não sei, afinal, o que querem de mim.


Sei que essa história não chegou ao final,
mas infelizmente eu já vivi, no mínimo,
um terço da minha vida, e isso é real.

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